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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

SIMPLESMENTE


Simplesmente olhe para a existência e sua abundância…
Qual a necessidade de tantas flores no mundo? Apenas rosas bastariam…
Mas a existência é farta – milhões e milhões de flores, milhões e milhões de pássaros, milhões de animais – tudo em abundância…
A natureza não é ascética, ela está dançando em toda a parte – no oceano, nas árvores.
Está cantando em toda parte – no vento passando através dos pinheiros, nos pássaros…
Qual a necessidade de milhões de sistemas solares, qual a necessidade de cada sistema solar ter milhões de estrelas?
Parece que não há necessidade, exceto que a abundância é a própria natureza da existência, que a riqueza é a sua própria essência… que a existência não acredita em pobreza.
Só o ser humano acredita em pobreza e por isso sofre…
Vive na inconsciência, completamente ignorante a respeito de sua origem divina…
Nasceu para viver na mesma abundância das flores, das plantas e dos pássaros…
É filho do Infinito, mas se comporta como mendigo, encoberto pela própria escuridão…
Você não existe separado da natureza, somos um só... uma única energia! Você é aceito por todo esse Universo. Deleite-se nele!
Você é aceito pelo sol, você é aceito pela lua, você é aceito pelas árvores, você é aceito pelo oceano, você é aceito pela terra. O que mais você quer?
Assim como tudo na natureza, você é um ser absolutamente sagrado!
Você nasceu para as grandes alturas. Voe sem medo, porque você é o INFINITO!

domingo, 29 de novembro de 2009

PARA LOS AMIGOS DE LA LENGUA ESPAÑOLA


Quiero dedicar este post a todos mis amigos, cuyo idioma es el español.

En estos días tan especiales…
cuando me paro a reflexionar…
siento que hay muchas personas
que sin estar a mi lado me acompañan siempre…
Otras, a las que quiero, viven inmersas, como yo, en la rutina diaria
…todas me han ayudado a ser YO.
A mi familia, a mis amigos, a mis compañeros de fatigas….
…a los que me quieren bien y me tienen en su pensamiento…
…a los que se alegran conmigo y a los que sufren mis penas…
…a los que tengo a mi favor y a los que me apoyan siempre…
…a los que me sostienen cuando desfallezco…
…a los que quiero sin que ellos lo sepan…
…a los que me quieren y yo no lo sé…
…a los que siento tan cerca aunque estén a kilómetros de distancia…
…a los que tengo cerca y no les dedico el tiempo que se merecen…
…a todos los que hacéis que sienta que mi vida tiene sentido…
…a todos, quiero dedicaros estos pensamientos...
Y a ti, que eres una de todas esas personas…
…quiero que la vida te sonría y que la felicidad te acompañe siempre…
Que en la vida seas dichoso y la paz reine en tu corazón…
Y que cada nuevo día sea un nuevo renacer
Y… si crees en Jesucristo, cree en Él con fuerza
Porque aunque no lo notes, Él siempre estará contigo.


No sé el autor del texto.

SEM ETIQUETA, SEM PREÇO


A nota é internacional e diz mais ou menos assim: Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer. Eis que o sujeito desce na estação do metrô de Nova York, vestindo jeans, camiseta e boné. Encosta-se próximo à entrada. Tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal. Mesmo assim, durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.
Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas, num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes, Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custaram a bagatela de mil dólares.
A experiência no metrô gravada em vídeo mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço. Indiferentes ao som do violino.
A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post, era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
A conclusão é de que estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto.
Bell, no metrô, era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife.
Esse é mais um exemplo daquelas tantas situações que acontecem em nossas vidas, que são únicas, singulares e que não damos importância, porque não vêm com a etiqueta de preço.
Afinal, o que tem valor real para nós, independentemente de marcas, preços e grifes?
É o que o mercado diz que podemos ter, sentir, vestir ou ser?
Será que os nossos sentimentos e a nossa apreciação de beleza são manipulados pelo mercado, pela mídia e pelas instituições que detém o poder financeiro?
Será que estamos valorizando somente aquilo que está com etiqueta e preço?
Uma empresa de cartão de crédito vem investindo, há muito tempo, em propaganda onde, depois de mostrar vários itens, com seus respectivos preços, apresenta uma cena de afeto, de alegria e informa: NÃO TEM PREÇO.
E é isso que precisamos aprender a valorizar. Aquilo que não tem preço, porque não se compra.
Não se compra a amizade, o amor, a afeição. Não se compra carinho, dedicação, abraços e beijos. Não se compra raio de sol, nem gotas de chuva. A canção do vento que passa sibilando pelo tronco oco de uma árvore é grátis. A criança que corre espontânea ao nosso encontro e se pendura em nosso pescoço, não tem preço. O colar que ela faz, contornando-nos o pescoço com os braços não está à venda em nenhuma joalheria. E o calor que transmite, dura o quanto durar a nossa lembrança.
O ar que respiramos, a brisa que embaraça nossos cabelos, o verde das árvores e o colorido das flores nos são dados por Deus, gratuitamente.
Pensemos nisso e aproveitemos mais, tudo que está ao nosso alcance, sem preço, sem patente registrada, sem etiqueta de grife.
Usufruamos dos momentos de ternura que os amores nos ofertam, intensamente, entendendo que sempre a manifestação do afeto é única, extraordinária, especial.
Fiquemos mais atentos ao que nos cerca, sejamos mais gratos pelo que nos é ofertado e sejamos felizes, desde hoje, enquanto o dia nos sorri e o sol despeja luz em nosso coração apaixonado pela vida.

sábado, 28 de novembro de 2009

RESPONSABILIDADE


Eu sou responsável pelo meu próximo à medida que o amo, mas a felicidade ou infelicidade dele não depende de mim.
O que quero dizer é que somos indivíduos, como tal, somos sempre os responsáveis pelas nossas próprias escolhas.
Costumamos culpar outros quando nos sentimos infelizes ou quando fracassamos em algo.
Li algo que me fez refletir:
“Quando formos culpar os outros pelos nossos fracassos, devemos tentar também dar a eles o mérito das nossas vitórias.”
Muitas vezes dizemos que as pessoas nos decepcionam e elas não estão nem aí. E sabem por quê? Porque elas não tinham a mínima idéia do que esperávamos delas. Nesse caso, elas não nos decepcionaram, fomos nós que nos decepcionamos, o que é bem diferente.
Talvez mudando essa visão das coisas e da vida, mudaremos também o número de pessoas que vivem nos decepcionando.
Isso deve abrir nossos olhos para que nos vejamos e para que vejamos o outro de uma outra maneira.
A nossa responsabilidade em relação às pessoas que amamos vai até o limite de dar a elas o melhor de nós mesmos, dentro do nosso possível. A maneira como elas recebem o que oferecemos já não é nossa responsabilidade. Se as deixamos plenas ou vazias, vai depender da maneira em como estão prontas para receber. E isso é muito individual.
E foi isso que aprendi hoje: sou responsável por mim mesma, pela minha felicidade e pela minha infelicidade. Escolho, eu mesma, meus caminhos. Meu próximo é uma parte desse caminho, mas depende de mim em como interpretar aquilo que recebo dele.

O SAL


O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
— Qual é o gosto? — perguntou o Mestre.
— Ruim – disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.
Então o velho disse:
— Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
— Qual é o gosto?
— Bom! disse o rapaz.
—Você sente o gosto do sal? perguntou o Mestre.
— Não, disse o jovem.
O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
— A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está à sua volta.
É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.
Em outras palavras: é deixar de ser copo para tornar-se um lago.

O HOMEM TRISTE


Você passou por mim com simpatia, mas quando viu meus olhos parados, indagou em silêncio o porquê vagueio pelas ruas.
Talvez por isso apressou o passo, e ainda que eu quisesse chamar, a palavra desfaleceu na boca.
É possível que você suponha que eu desisti do trabalho, no entanto, ainda hoje bati de porta em porta em vão.
Muitos disseram que ultrapassei a idade para ganhar o pão, como se a madureza do corpo fosse condenação à inutilidade.
Outros, desconhecendo que vendi minha melhor roupa para aliviar a esposa enferma, me despediram apressados, crendo que fosse eu um vagabundo sem profissão.
Não sei se você notou quando o guarda me arrancou da frente da vitrine, a gritar palavras duras, como se eu fosse um malfeitor vulgar. Contudo, acredite, nem me passou pela mente a idéia de furto.
Apenas admirava os bolos expostos, recordando os filhinhos a me abraçar com fome, quando retorno à casa.
Talvez tenha observado as pessoas que me endereçavam gracejos, imaginando que eu fosse um bêbado, porque eu tremia, apoiado ao poste.
Afastaram-se todos com manifesto desprezo, mas não tive coragem de explicar que não tomo qualquer alimentação há três dias.
A você, todavia, que me olhou sem medo, ouso rogar apoio e cooperação. Agradeço a dádiva que me ofereça em nome do Cristo que dizemos amar, e peço para que me restitua a esperança, a fim de que eu possa honrar com alegria o dom de viver.
Para isso, basta que se aproxime de mim sem asco, para que eu saiba apesar de todo meu infortúnio, que ainda sou seu irmão.
Essa é a mensagem de um homem triste, quiçá como tantos que vemos perambulando pelas ruas.
É bem verdade que alguns são de fato pessoas que se comprazem na ociosidade.
Todavia, há os desafortunados que apesar de trabalhar a vida toda, não puderam juntar moedas para o sustento próprio e da família, e que chegada a madureza, são condenados pela sociedade a viver como réprobos, embora sejam pessoas dignas.
É comum observarmos homens e mulheres puxando um carrinho de papéis e outros objetos recicláveis, para prover o próprio sustento.
São nossos irmãos de caminhada evolutiva, que não têm coragem de viver na mendicância, por isso trabalham com dignidade.
Muitos de nós, no entanto, nos enfadamos com essas criaturas que atrapalham o trânsito com seus carrinhos indesejáveis.
O que não nos damos conta é que além do peso do carrinho, têm ainda que carregar sobre os ombros, o peso da humilhação e do desprezo impostos por uma sociedade indiferente.
É verdade que todos nós estamos colhendo o que plantamos, e que aqueles que passam por essas situações precisam dessas experiências para crescerem espiritualmente.
Entretanto, são nossos irmãos, filhos do mesmo Pai Criador, e merecedores, sem dúvida – no mínimo – do nosso respeito.
Se não os podemos ajudar, que não os atrapalhemos, jogando-lhes amargas, nem menosprezando-os, dificultando ainda mais a sua caminhada.

O NÓ DO AFETO


Em uma reunião de pais numa escola da periferia, a diretora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos; pedia-lhes também que se fizessem presentes o máximo de tempo possível...
Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhassem fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar e entender as crianças.
Mas a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou e explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo, durante a semana, porque quando ele saía para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava dormindo.
Quando voltava do serviço já era muito tarde e o garoto não estava mais acordado.
Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família, mas também contou que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava se redimir indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa.
E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo.
Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.
A diretora emocionou-se com aquela singela história e ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.
O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras das pessoas se fazerem presentes, de se comunicarem com os outros.
Aquele pai encontrou a sua, que era simples, mas eficiente.
E o mais importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.
Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento. Simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais do que presentes ou desculpas vazias.
É válido que nos preocupemos com as pessoas, mas é importante que elas saibam, que elas sintam isso.
Para que haja a comunicação é preciso que as pessoas "ouçam" a linguagem do nosso coração, pois, em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.
É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro.
As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem registrar um gesto de amor.
Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. . .
Pense nisso.

O HOMEM E A MULHER


O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher é o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono;
Para a mulher um altar.
O trono exalta; o altar santifica.
O homem é o cérebro; a mulher o coração.
O cérebro produz luz; o coração o amor.
A luz fecunda. O amor ressuscita.
O homem é um gênio; a mulher um anjo.
O gênio é imensurável; o anjo indefinível.
A aspiração do homem é a suprema glória;
a aspiração da mulher a virtude extrema.
A glória traduz grandeza;
a virtude traduz divindade.
O homem tem a supremacia;
a mulher a preferência.
A supremacia representa força;
a preferência, o direito.
O homem é forte pela razão;
a mulher invencível, pela lágrima.
A razão convence; a lágrima comove.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
a mulher de todos os martírios.
O heroísmo enobrece; o martírio sublima.
O homem é o código; a mulher o evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é um templo;
a mulher um sacrário.
Ante o templo, nós nos descobrimos;
ante o sacrário, ajoelhamo-nos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter cérebro;
sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher um lago.
O oceano tem pérola que o embeleza;
o lago tem a poesia que o deslumbra.
O homem é uma águia que voa;
a mulher um rouxinol que canta.
Voar é dominar os espaços;
cantar é conquistar a alma.
O homem tem um farol: a consciência.
A mulher tem uma estrela: a esperança.
O farol guia e a esperança salva.
Enfim,
O homem está colocado onde termina a terra;
A mulher onde começa o céu ...

IDOSO OU VELHO


Você se considera uma pessoa idosa ou velha?
E você que é jovem, como deseja chegar lá?
Acha que é a mesma coisa?
Pois então, ouça o depoimento de um idoso de 80 anos.
Idosa é uma pessoa que tem muita idade. Velha é a pessoa que perdeu a jovialidade.
Você é idoso quando sonha. É velho quando, apenas dorme.
Você é idoso quando ainda aprende. É velho quando já nem ensina.
Você é idoso quando pratica esportes, ou de alguma outra forma se exercita. É velho quando apenas descansa.
Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs. É velho quando seu calendário só tem ontens.
O idoso é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida, produtiva, de ter adquirido uma grande experiência. Ele é uma ponte entre o passado e o presente, como o jovem é uma ponte entre o presente e o futuro. E é no presente que os dois se encontram.
Velho é aquele que tem carregado o peso dos anos, que em vez de transmitir experiências às gerações vindouras, transmite pessimismo e desilusão.
Para ele não existe ponte entre o passado e o presente; existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado.
O idoso se renova a cada dia que começa; o velho se acaba a cada noite que termina.
O idoso tem seus olhos postos no horizonte de onde o sol desponta e a esperança se ilumina. O velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram.
O idoso tem planos. O velho tem saudades.
O idoso curte o que resta da vida. O velho sofre com o que o aproxima da morte.
O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos. O velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade.
O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos, de viagens e de esperanças. Para ele o temo passa rápido, mas a velhice nunca chega.
O velho cochila no vazio de sua vida e suas horas se arrastam destituídas de sentido. As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso. As rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura.
Em resumo, idoso e velho, são duas pessoas que até podem ter a mesma idade no cartório, mas têm idade bem diferente no coração.
Se você é idoso, guarde a esperança de nunca ficar velho.

AVE MARIA DAS MULHERES


Mãe,
Aqui, agora e a sós, quero lhe pedir por todas nós.
Por aquelas que foram escolhidas para dar a vida.
Mulheres de todas as espécies, de todos os credos, raças e nacionalidades.
Todas aquelas nas quais a vida está envolvida em sorrisos, lágrimas, tristezas e felicidades
Aquelas que sofrem por filhos que geraram e perderam.
As que trabalham o dia inteiro em casa ou em qualquer emprego.
Quero pedir pelas mães que penam por seus filhos doentes; quero pedir pelas meninas carentes, e pelas que ainda estão dentro de um ventre.
Pelas adolescentes inexperientes, pelas velhinhas esquecidas em asilos sem abrigo, sem família, carinho e amigos.
Peço também pelas mulheres enfermas que em algum hospital aguardam pela sua hora fatal.
Quero pedir pelas mulheres ricas, aquelas que apesar da fortuna, vivem aflitas e na amargura.
Peço por almas femininas mesquinhas, pequenas e sozinhas.
Por mulheres guerreiras a vida inteira.
Pelas que não têm como dar a seus filhos o pão e a educação.
Peço pelas mulheres deficientes, pelas inconseqüentes.
Rogo pelas condenadas, aquelas que vivem enclausuradas.
Por todas que foram obrigadas a crescer antes do tempo.
Que foram jogadas na lavoura, ou em alguma cama devastadora.
Rogo pelas que mendigando nas ruas sobrevivem apesar dessa tortura.
Pelas revoltadas, as excluídas e as sexualmente reprimidas.
Peço pela mulher dominadora e pela traidora.
Peço por aquela que sucumbiu sonhos dentro de si.
Por todas que eu já conheci.
Peço por mulheres solitárias e pelas ordinárias.
As mulheres de vida difícil e que fazem disso um ofício.
E pelas que se tornaram voluntárias por serem solidárias.
Rogo por aquelas que vivem acompanhadas, embora tristes e amarguradas.
E por todas que foram abandonadas.
As que tiveram que continuar sozinhas, sem um parceiro, um amigo, um ombro querido.
Peço pelas amigas, pelas companheiras, pelas inimigas, pelas irmãs e pelas freiras.
Suplico por aquelas que perderam a fé, que se distanciaram da esperança.
Quero pedir por todas que clamam por vingança, e com isso, se perdem em sua inútil andança.
Rogo pelas que correm atrás de justiça. Que a boa vontade dos homens as assista.
Peço pelas que lutam por causas perdidas.
Pelas escritoras e as doutoras. Pelas artistas e professoras. Pelas governantes e pelas menos importantes.
Suplico pelas mulheres que são obrigadas a esconder seus rostos, e amputadas do prazer vivem no desgosto.
Quero pedir também pelas ignorantes e por todas que no momento estão gestantes.
Por aquela mulher triste dentro do coração, que vive com a alma mergulhada na solidão.
Por aquela que busca um amor verdadeiro para se entregar de corpo inteiro.
E peço pela que perdeu a emoção, aquela que não tem mais paz dentro do coração.
E rogo, imploro , por aquela que ama e que não correspondida, vive uma vida sofrida.
Aquela que perdeu o seu amor e por isso, sua alma se fechou.
Por todas que a droga destruiu.
Por tantas que o vício denegriu.
Suplico por aquela que foi traída.
Por várias que são humilhadas.
E pelas que foram contaminadas.
Mãe, quero pedir por todas nós que somos o sorriso e a voz, que temos o sentimento mais profundo, porque fomos escolhidas tanto quanto você, para gerar, e apesar de qualquer coisa, amar...
Independente de quem forem nossos filhos, feios ou bonitos, amáveis ou rebeldes, perfeitos ou deficientes, tristes ou contentes, Mãe, ajuda-nos a continuar nessa batalha, nessa guerra diária, nessa luta sem fim.
Ajuda-nos a ser feliz como a gente sempre quis.
Dai-nos coragem para continuar; dai-nos saúde para ao menos tentar; resignação para tudo aceitar.
Dai-nos força para suportar nossas amarguras.
E apesar de tudo, continuarmos a ser sinônimo de ternura.
Mãe,
Perdoa-nos por nossos erros e por nossos insistentes apelos.
Perdoa-nos, também, por nossas revoltas, nossas lágrimas e nossas derrotas.
E não nos deixe nunca mãe, perdermos a fé.
E sempre que puder, peça por nós ao Pai de como, a despeito de tudo vencer ...
E mesmo assim, conseguirmos aprender.
Amém.

NA ESPERANÇA DE UMA NOVA AURORA


Solidificou-te as flores da alma estorvando a construção de um novo sonho? Caminhas vacilante sob a carga da inquietação?
Eleve o pensamento e medite, recorre à prece!
Tome fôlego e preste atenção!
Ainda há muito o que fazer. Atende o apelo de tua consciência, aceite suas boas sugestões e reflita: depois da noite vem o dia; depois da tempestade, o sol volta a brilhar.
São bem-aventurados os que sabem esperar e sublimes os que continuam na luta sem esmorecer.
Ainda que carregues um fardo pesado, prossegue avançando, nem que seja um metro por dia, ao destino chegarás e a tua missão cumprirás. Portanto, continue com ânimo!
Na noite tuas lágrimas se enxugarão, o sono virá e o repouso se fará.
Nos primeiros raios do sol matutino, a Esperança surgirá fortalecendo a tua Fé.
A resposta à tua oração chegará suave a balsamizar-te as feridas internas e a renovar-te as energias.
Novos sentimentos desabrocharão em teu espírito, e teus braços se abrirão para atender ao chamado de uma nova aurora.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

HOJE


Hoje levantei pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite.
É minha função escolher que tipo de dia terei hoje.
Posso reclamar que está chovendo ou agradecer as águas por levarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.
Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.
Se as coisas não saírem como planejei, posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente, esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar a forma.
Tudo depende de mim...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

ACORDAR


Você sabe o que significa a palavra “acordar”?
Vamos fazer uma brincadeira e separar em sílabas a palavra acordar?
A-COR-DAR.
Viu?
Significa dar a cor, colocar o coração em tudo que faz.
Existem pessoas que acordam às 6:h da tarde.
É isso mesmo!
Pela manhã caem da cama, são jogadas da cama, mas passam o dia todo dormindo.
E existem alguns, acredite, que passam a vida toda e não conseguem acordar.
Eu tive um amigo que acordou aos 54 anos de idade. Ele me disse: Descobri que estou na profissão errada! E ele já estava se aposentando...
Imagine o trauma que esse amigo criou para si, para os colegas de trabalho, para a sua família!
Foi infeliz durante toda a sua vida profissional porque simplesmente não “acordou”.
Eu, na época, era muito jovem, mas compreendi bem o que ele estava me ensinando naquele momento.
Por mais cinzento que possa estar sendo o dia de hoje, ele tem exatamente a cor que dou a ele. Sabe por quê?
Porque a vida tem a cor que “A GENTE PINTA”.
O engraçado é que os dias são todos exclusivos. Cada dia é um novo dia, ninguém o viveu. Ele está ali, esperando que eu e você façamos com que ele seja o melhor da nossa vida.
Os meus dias são os mais lindos da face da terra porque eu os faço os mais lindos da face da terra.
Dê a você a oportunidade de “a-cor-dar” todos os dias e compartilhar com os outros o que Deus nos dá de melhor: o privilégio de fazer os outros felizes.

A VERDADEIRA CORAGEM


Coragem é o poder de dominar e vencer o medo face aos vários desafios com que nos confrontamos.
Aquele que tem coragem não vira as costas, não vacila, permanece firme.
Sua meta elevada o faz mover-se em direção ao obstáculo e, como um leão, que não tem medo de caminhar sozinho, lança-se sobre a presa no momento certo.
A verdadeira coragem é aliada da inteligência e da ponderação. Ela nos faz encarar as dificuldades com determinação até as vencermos por completo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A ÁRVORE DOS AMIGOS


Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho.
Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro. A todas elas chamamos de amigo.
Há muitos tipos de amigos. Talvez cada folha de uma árvore caracterize um deles. O primeiro que nasce do broto é o amigo pai e a amiga mãe. Mostram o que é ter vida.
Depois vem o amigo irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós. Passamos a conhecer toda a família, a qual respeitamos e desejamos o bem.
Mas o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar o nosso caminho. Muitos desses são designados amigos do peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz...
Às vezes, um desses amigos do peito estala o nosso coração e então é chamado de amigo namorado. Esse dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, pulos aos nossos pés.

Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas férias ou mesmo um dia ou uma hora. Esses costumam colocar muitos sorrisos na nossa face, durante o tempo que estamos por perto.
Falando em perto, não podemos nos esquecer dos amigos distantes, que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento sopra, aparecem novamente entre uma folha e outra.
O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas. Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações. Mas o que nos deixa mais felizes é que as que caíram continuam por perto, continuam aumentando a nossa raiz com alegria. Lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzavam o nosso caminho.
Desejo a você, folha da minha árvore, paz, amor, saúde, sucesso, prosperidade... Hoje e Sempre...
Simplesmente porque... Cada pessoa que passa em nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada.
Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

PARA VOCÊ, MINHA FILHA

Quando você nasceu, minha filha, a minha vida mudou completamente. Os horários passaram a ter um caráter de responsabilidade. As horas de lazer passaram a ser dedicadas a você e todas as outras horas também. O meu sono ficou reduzido a 4 ou 5 horas por dia. Tive que aprender a trabalhar com metade do cérebro funcionando, devido o cansaço.
Percebi que não sabia nada sobre ser mãe, e cheguei até a lhe dar água numa chuquinha tampada por dentro. Mas fui aprendendo a lidar com xixis, cocos, hipoglós, mamadeiras, chupetas e mais um arsenal de material “indicado para bebês”.
Todo o meu salário era para você. Para os melhores médicos, as melhores escolas, aulas de natação, aulas particulares e, depois, mais à frente, as roupas e acessórios da moda, os shows, a gasolina do carro etc.
Aprendi a ser mãe. Amei ser mãe. E descobri que a vida sem você não tinha o menor sentido. Aprendi o verdadeiro sentido da palavra AMOR. Descobri que amor é o que sinto por você, que sou completa ao seu lado e que é possível amar sem esperar nada em troca.
Hoje, Marcela, pensando nestas palavras, digo-lhe com toda sinceridade, que faria tudo de novo. Pois hoje, minha filha, daria tudo para ver o seu sorriso e escutar a sua voz. Daria tudo para correr para seu abraço, acariciar suas mãos macias como pêssego, dar-lhe um beijo e sentir paz interior no aconchego de sua companhia.
Eu vivi por você, meu raio de sol...

AOS FILHOS... O QUE POSSO...


Eu lhe dei a vida...
Mas não posso vivê-la por você.
Eu posso mostrar-lhe caminhos...
Mas não posso estar neles para liderar você.
Eu posso levá-lo à Igreja...
Mas não posso fazer com que tenha Fé.
Eu posso mostrar-lhe a diferença entre o certo e o errado...
Mas não posso sempre decidir por você.
Eu posso lhe comprar roupas bonitas...
Mas não posso fazê-lo bonito por dentro.
Eu posso lhe dar conselho...
Mas não posso segui-lo com você.
Eu posso lhe dar amor...
Mas não posso impô-lo a você.

Eu posso ensiná-lo a compartilhar...
Mas não posso fazê-lo generoso.
Eu posso ensinar-lhe o respeito...
Mas não posso forçá-lo a ser respeitoso.
Eu posso aconselhá-lo sobre amigos...
Mas não posso escolhê-los por você.
Eu posso alertá-lo sobre sexo seguro...
Mas não posso mantê-lo puro.
Eu posso informá-lo sobre álcool e drogas...
Mas não posso dizer “NÃO” por você.
Eu posso falar-lhe sobre o sucesso...
Mas não posso alcançá-lo por você.
Eu posso ensiná-lo sobre a gentileza...
Mas não posso forçá-lo a ser gentil.
Eu posso orar por você...
Mas não posso impor-lhe DEUS.
Eu posso falar-lhe da vida...
Mas não posso dar-lhe vida eterna.
Eu posso dar-lhe amor incondicional por toda a minha existência...
E isso eu farei!!!

domingo, 22 de novembro de 2009

AONDE VOCÊ CHEGAR


Era uma vez um ancião que passava os dias sentado junto ao poço na entrada do povoado.
Um dia, um jovem se aproximou dele e perguntou:
- Nunca estive por aqui... Como são os habitantes desta cidade?
O ancião respondeu-lhe com outra pergunta:
- Como eram os habitantes da cidade de onde vens?
- Egoístas e maus, por isso fiquei feliz de ter saído de lá.
- Assim são os habitantes desta cidade, respondeu-lhe o ancião.
Pouco depois, outro jovem se aproximou e fez a mesma pergunta:
- Estou chegando a este lugar. Como são os habitantes desta cidade?
Como da vez anterior, o ancião devolveu a pergunta:
- Como eram os habitantes da cidade de onde vens?
- Eram bons, generosos, hospitaleiros, honestos e trabalhadores. Tinha tão bons amigos que me custou muito separar-me deles.
- Os habitantes desta cidade também são assim, respondeu o ancião.
Quando o jovem se afastou, um homem que levara seus animais para beber da água do poço e acabara por escutar a conversa, disse ao ancião:
- Por que respondeste assim para estas duas pessoas?
Veja - respondeu ele – cada pessoa carrega o universo em seu coração. Quem nada encontrou de bom em seu passado, tampouco encontrará aqui.
Ao contrário, aquele que tinha amigos em sua cidade, aqui também encontrará bons amigos.
As pessoas refletem o que existe em si mesmas; encontram, sempre, o que esperam encontrar.

A ÁGUIA E A GRALHA


Uma Águia, saindo do seu ninho no alto de um penhasco, capturou uma ovelha e a levou presa às suas fortes garras. Uma Gralha, que testemunhara a tudo, tomada de inveja, decidiu que poderia fazer a mesma coisa.
Ela então voou para o alto e tomou impulso, e com grande velocidade, atirou-se sobre uma ovelha, com a intenção de também carregá-la presa às suas garras.
Ocorre que estas acabaram por ficar embaraçadas no espesso manto de lã da Ovelha, e isso a impediu inclusive de soltar-se, embora o tentasse com todas as suas forças.
O Pastor das ovelhas, vendo o que estava acontecendo, capturou-a. Feito isso, cortou suas penas, de modo que não pudesse mais voar. À noite a levou para casa, e entregou como brinquedo para seus filhos.
“Que pássaro engraçado é esse?”, perguntou um deles.
“Ele é uma Gralha, meus filhos. Mas se você lhe perguntar, ele dirá que é uma Águia.”
Moral da História:
Não devemos permitir que a ambição nos conduza para além dos nossos limites.

O CAVALO E O LOBO


Um Lobo vindo de um campo de aveia encontrou no caminho um Cavalo, e assim falou para ele:
“Gostaria de dar uma sugestão ao senhor para ir até aquele campo. Ele está cheio de grãos de aveia selecionados, que eu guardei com cuidado apenas para lhe servir, pois sendo meu amigo, terei o maior prazer ao vê-lo mastigando.”
Ao que o cavalo lhe responde:
“Se aveia tem sido alimento para os Lobos, você jamais poderia alimentar sua barriga, apenas satisfazendo os seus ouvidos.”
Moral da História:
Homens de má reputação, quando se prestam a fazer uma boa ação, não conseguem ter crédito.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

ANTIGA BÊNÇÃO CELTA


Que o caminho venha ao teu encontro.
Que o vento sempre sopre às tuas costas, e a chuva caia suave sobre teus campos.
E até que voltemos a nos encontrar, que Deus te sustente suavemente na palma de sua mão.
Que vivas todo o tempo que quiseres. Que sempre possas viver plenamente.
Lembra sempre de esquecer as coisas que te entristeceram, porém nunca te esqueças de lembrar aquelas que te alegraram.
Lembra sempre de esquecer os amigos que se revelaram falsos, porém nunca te esqueças de lembrar aqueles que permaneceram fiéis.
Lembra sempre de esquecer os problemas que já passaram, porém nunca te esqueças de
lembrar as bênçãos de cada dia.
Que o dia mais triste de teu futuro não seja pior que o dia mais feliz de teu passado.
Que o teto nunca caia sobre ti e que os amigos reunidos debaixo dele nunca partam.
Que sempre tenhas palavras cálidas em um anoitecer frio, uma lua cheia em uma noite escura, e que o caminho sempre se abra à tua porta.
Que vivas cem anos, com um ano extra para arrepender-te.
Que o Senhor te guarde em sua mão, e não aperte muito seus dedos.
Que teus vizinhos te respeitem, os problemas te abandonem, os anjos te protejam, e o céu te acolha.
E que a sorte das colinas Celtas te abrace.
Que as bênçãos de São Patrício te contemplem.
Que teus bolsos estejam pesados e teu coração leve.
Que a boa sorte te persiga, e a cada dia e cada noite tenhas muros contra o vento, um teto para a chuva, bebidas junto ao fogo, risadas que consolem aqueles a quem amas, e que teu coração se preencha com tudo o que desejas.
Que Deus esteja contigo e te abençoe, que vejas os filhos de teus filhos, que o infortúnio te seja breve e te deixe rico de bênçãos.
Que não conheças nada além da felicidade, deste dia em diante.
Que Deus te conceda muitos anos de vida; com certeza Ele sabe que a terra não tem anjos suficientes, e assim seja a cada ano, para sempre!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A GRANDE TRANSIÇÃO


Opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo.
O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral.
Isto porque, os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade.
Os espíritos renitentes na perversidade, nos desmandos, na sensualidade e vileza, estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as conseqüências dos seus atos ignóbeis, assim renovando-se e predispondo-se ao retorno planetário, quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.
Por outro lado, aqueles que permaneceram nas regiões inferiores estão sendo trazidos à reencarnação de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado, modificando os hábitos infelizes a que se têm submetido, podendo avançar sob a governança de Deus.
Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo temporário para regiões primárias entre as raças atrasadas, tendo o ensejo de ser úteis e de sofrer os efeitos danosos da sua rebeldia.
Concomitantemente, espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que os retinham na retaguarda, estarão chegando, a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade, então fiel aos desígnios divinos.
Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de outras Esferas estarão revestindo-se da indumentária carnal, para tornar essa fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições dignificantes, que estimulem ao avanço e à felicidade.
Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultado da lei de destruição geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores, a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana, que assinalarão os dias tormentosos, que já se vivem.
Os combates apresentam-se individuais e coletivos, ameaçando de destruição a vida com hecatombes inimagináveis.
A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os nos abismos da violência e da insensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direções.
Esfacelam-se os lares, desorganizam-se os relacionamentos afetivos, desestruturam-se as instituições, as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de competição desleal, as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas, levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de amor e de caridade.
A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade.
Mas essas ocorrências são apenas o começo da grande transição.
A fatalidade da existência humana é a conquista do amor que proporciona plenitude.
Há, em toda parte, uma destinação inevitável, que expressa a ordem universal e a presença de uma Consciência Cósmica atuante.
A rebeldia que predomina no comportamento humano elegeu a violência como instrumento para conseguir o prazer que lhe não chega da maneira espontânea, gerando lamentáveis conseqüências, que se avolumam em desaires contínuos.
É inevitável a colheita da sementeira por aquele que a fez, tornando-se rico de grãos abençoados ou de espículos venenosos.
Como as leis da vida não podem ser derrogadas, toda objeção que se lhes faz converte-se em aflição, impedindo a conquista do bem-estar.
Da mesma forma, como o progresso é inevitável, o que não seja conquistado através do dever, sê-lo-á pelos impositivos estruturais de que o mesmo se constitui.
A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.
Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos. Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis, portanto, propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional.
Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança.
Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a atos dignos.
O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.
Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.
Dispondo das ferramentas morais do enobrecimento, torna-se cooperador eficiente, em razão de trabalhar junto ao seu próximo pela mudança de convicção em torno dos objetivos existenciais, ao tempo em que se transforma num exemplo de alegria e de felicidade para todos.
O bem fascina todos aqueles que o observam e atrai quantos se encontram distantes da sua ação, o mesmo ocorrendo com a alegria e a saúde.
São eles que proporcionam o maior contágio de que se tem notícia e não as manifestações aberrantes e afligentes que parecem arrastar as multidões.
Como escasseiam os exemplos de júbilo, multiplicam-se os de desespero, logo ultrapassados pelos programas de sensibilização emocional para a plenitude.
A grande transição prossegue, e porque se faz necessária, a única alternativa é examinar-lhe a maneira como se apresenta e cooperar para que as sombras que se adensam no mundo sejam diminuídas pelo Sol da imortalidade.
Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a morte, esse fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão.
A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas.
As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra.
Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano torna-se-lhe a vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição especial.
A dor momentânea que o fere, convida-o, por outro lado, à observância das necessidades imperiosas de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz.
Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia.
Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A ARTE DE CALAR


Calar sobre sua própria pessoa,
É humildade!
Calar sobre os defeitos dos outros,
É caridade!
Calar quando a gente está sofrendo,
É heroísmo!
Calar diante do sofrimento alheio,
É covardia!
Calar diante da injustiça,
É fraqueza!
Calar quando o outro está falando,
É delicadeza!
Calar, quando o outro espera uma palavra,
É omissão!
Calar, e não falar palavras inúteis,
É penitência!
Calar, quando não há necessidade de falar,
É prudência!
Calar, quando Deus nos fala no coração,
É silêncio!
Calar diante do mistério que não entendemos,
É sabedoria!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

SABER VIVER

Tudo chega a tempo àqueles que sabem viver.
Viver significa engrenar no ritmo do amor que pulsa em teu ser, deixando-te levar pelas águas mansas que tudo banha com sua compreensão, fidelidade e quietude.
O teu dia de hoje muito te trouxe.
Talvez hoje, talvez amanhã, perceberás quanto aprendeste com ele.
A cada dia aprendes algo que contigo fica, consciente ou não, a iluminar teus passos rumo à tua verdade, à tua evolução espiritual.
Dá oportunidade para que este dia te traga o que precisas aprender, o que precisas provar e sentir.
Dá oportunidade para que estejas no lugar certo e na hora exata quando a ti chegar a brisa que te revelará frente a ti mesmo.
Viver significa crescer, construir!
Cada passo, cada palavra, cada ato produz um efeito.
Aprende a dar amor, a dar alegria, a dar compreensão, e teus dias espelharão a tua fronte doce e risonha, trazendo-te o que necessitas para estar tranqüilo e fluindo no mais profundo amor.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

VIVA EM PAZ


- Sonhe –
Mas não deseje ser o que você não é. Isso é pesadelo.
- Almeje –
Mas não queira uma vida igual a de outrem. Isso é morte.
- Imagine –
Mas não fantasie com o que não pode ter. Isso é loucura.
- Dispute –
Mas não tente vencer o invencível. Isso é suicídio.
- Fale –
Mas não apenas de si próprio. Isso é egoísmo.
- Apareça –
Mas não se mostre com orgulho. Isso é exibicionismo.
- Admire –
Mas não se machuque com inveja. Isso é falta de auto-apoio.
- Avalie –
Mas não se coloque como modelo de conduta. Isso é egocentrismo.
- Alegre-se –
Mas não com exagero e com alarde. Isso é desequilíbrio.
- Elogie –
Mas não se desmanche em bajulações. Isso é hipocrisia.
- Observe –
Mas não faça julgamentos. Isso é baixa auto-avaliação.
- Chore –
Mas não se declare um ser infeliz. Isso é auto-piedade.
- Importe-se –
Mas não cuide da vida do próximo. Isso é abandonar sua própria vida.
- Ande –
Mas não atravesse o caminho alheio. Isso é invasão.
- Viva –
Feliz com o que pode ter. Feliz com o que dá para ser. Isso é paz.

NINGUÉM SE CRUZA POR ACASO


Pessoas entram na sua vida, por uma razão, por uma estação ou por uma vida inteira.
Quando perceber qual motivo é, você vai saber o que fazer com cada pessoa.
Quando alguém está em sua vida por uma razão é, geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou.
Elas vêm para auxiliar em uma dificuldade, fornecer apoio e orientação, ajudar física, emocional ou espiritualmente.
Elas poderão parecer dádivas de Deus, e são!!!
Elas estão lá pela razão que você precisa que estejam lá.
Então, sem nenhuma atitude errada de sua parte ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim.
Às vezes, essas pessoas morrem.
Às vezes, elas simplesmente se vão.
Às vezes, elas agem e te forçam a tomar uma posição.
O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e os trabalhos delas feitos.
As suas orações foram atendidas.
E agora, é tempo de ir.
Quando pessoas entram em nossas vidas por uma estação, é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender.
Elas trazem para você a experiência da paz, ou fazem você rir.
Elas poderão ensinar algo que você nunca fez.
Elas, geralmente, dão uma quantidade enorme de prazer.
Acredite!!! É real!!! Mas, somente, por uma estação.
Relacionamentos de uma vida inteira ensinam lições para a vida inteira. Coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida.
Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa e colocar o que você aprendeu em uso, em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida.
É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente.

sábado, 14 de novembro de 2009

A ÚLTIMA PEDRA


“Gosto de uma música que Franck Sinatra costumava cantar, My way. O curioso é que só fui prestar atenção na letra dessa canção quando escrevia este texto. Ela diz mais ou menos assim: "se eu acertei ou se errei, fiz isso da minha maneira".Quando olho para trás, percebo que fiz muitas bobagens. Acertei bastante, mas também errei bastante.
Quando olho para diante, tenho certeza de que vou acertar e errar bastante também.
É impossível acertar sempre.
Mas o importante é que não gastemos nosso tempo nem nossa energia nos torturando.
A autocrítica pelo que não deu certo, além de ser nociva para a saúde, faz com que a gente perca os passarinhos que a vida nos oferece de presente.
Um dia destes, um dos meus filhos me perguntou por que eu tomei determinada decisão estúpida tempos atrás. Respondi que me arrependia do que tinha feito, mas expliquei que, naquele momento, minha atitude me parecia lógica. Se eu tivesse o conhecimento e a maturidade de hoje, certamente a decisão seria diferente.
Por isso é que lhe digo: não se torture por algo que não deu certo no passado.
Talvez você tenha escolhido a pessoa errada para casar.
Talvez tenha saído da melhor empresa onde poderia trabalhar.
Talvez tenha mandado uma filha grávida embora de casa.
Não importa o que você fez, não se torture.
Apenas perceba o que é possível fazer para consertar essa situação e faça.
Se você sente culpa, perdoe-se.
E principalmente, compreenda que agiu assim porque, na ocasião, era o que achava melhor fazer.
Há uma história de que gosto muito: um pescador chegou à praia de madrugada para o trabalho e encontrou um saquinho cheio de pedras. Ainda no escuro começou a jogar as pedras no mar. Enquanto fazia isso o dia foi clareando até que, ao se preparar para jogar a última pedra, percebeu que era preciosa!
Ficou arrependido e comentou o incidente com um amigo que lhe disse:
- Realmente, seria melhor se você prestasse mais atenção no que faz, mas ainda bem que sobrou a última pedra!
Existem pessoas que não prestam atenção no que fazem e depois passam a vida inteira arrependidas pelo que não fizeram, mas poderiam ter feito, e se martirizam por seus erros.
Se você está agindo assim, deixo-lhe uma mensagem especial: não gaste seu tempo com remorsos nem arrependimentos. Reconheça o erro que cometeu, peça desculpas e continue sua vida.
Você ainda tem muitas pedras preciosas no coração: muitos momentos lindos para viver e muitos erros para cometer.
Aproveite as oportunidades e curta plenamente a vida.
Curta os passarinhos. Eles são os presentes do universo para você!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

POR QUE AS FOLHAS CAEM


A cada outono, certas plantas e árvores preparam-se para um repouso necessário e vital à sua vida e continuação.
Algumas espécies de árvores matizam-se de várias cores, num maravilhoso contraste entre a melancolia e a beleza extrema. Depois, uma a uma, as folhas caem, como lágrimas, até que as árvores, nuas e tristes, abram os braços ao inverno e esperam, pacientemente, a primavera, que restaurará cada folha caída.
Por que para nós seria diferente? Por que não perder antes de reencontrar, por que não as lágrimas, por que não dias áridos, frios e secos? E por que não a esperança de que a primavera volte? Porque, creiam, ela volta sempre!
Talvez nos julguemos bons demais para receber o sofrimento, como se ele fosse sempre símbolo de castigo e não algo necessário ao nosso crescimento.
As folhas caem e as árvores parecem assim tão desprotegidas, tão solitárias! ... e eu me pergunto o que faz com que sobrevivam.
Elas entendem que esse período é necessário à sua renovação. Elas aceitam, doam-se e esperam e recebem de volta, no tempo oportuno.
Assim somos nós com todas as perdas que sofremos, com as lágrimas que escorrem e salgam nossa boca, com o tempo que parece interminável ou as noites longas demais.
Tanto que não entendemos e não aceitamos o sofrimento, ele se prolongará. Tanto que não vemos isso como uma fase, apenas uma fase, a ferida estará aberta e sangrará.
Não aceitar o outono e negar o inverno não faz com que não existam. Apenas nos deixam fora de uma realidade que chega pra todo mundo.
Não somos maus demais para recebê-los como um castigo e nem bons demais para que possamos não acolhê-los.
As árvores perdem as folhas e perdemos os nossos. Elas choram e choramos também. Elas esperam e nada há que nos impeça de esperar.
E elas recebem, a seu tempo determinado, novos galhos e novas folhas, novas flores e novos frutos. Sentem-se assim completas.
Somos assim o que somos e o mesmo Deus que sustenta as árvores, nos sustenta a nós!

NA VIDA


Na vida, existem momentos em que você sente tanto a falta de alguém, que somente realizaria seus sonhos envolvendo esse alguém firmemente em seus braços.
Quando uma porta de felicidade é fechada, outra é aberta; mas insistimos em olhar para a porta fechada, e não percebemos aquela que acabou de se abrir.
Não confie nas aparências; frequentemente elas são falsas.
Não se preocupe com a abundância; ela desaparecerá.
Procure alguém que se comunique com você com sorrisos; um sorriso transforma seu dia triste.
Sonhe o que quer que você queira sonhar.
Vá aonde você quiser.
Procure aquilo que deseja.
Porque sua vida é aquilo que você faz dela.
Os que têm mais sorte, inevitavelmente não conseguem o melhor dos melhores.
Eles simplesmente buscam o melhor do que vêem na sua jornada.
O mais lindo futuro sempre dependerá da necessidade de se esquecer o passado. Você não conseguirá se livrar dele se não conseguir superar os erros cometidos e tudo aquilo que te machucou.
Viva a vida plenamente, e sempre sorria, apesar dos momentos de dificuldade.

VENCENDO AS DIFICULDADES


Meu maior defeito, nos tranqüilos dias da infância, consistia em desanimar com demasiada facilidade quando uma tarefa qualquer me parecia difícil. Eu podia ser tudo, menos um menino persistente.
Foi quando, numa noite, meu pai entregou-me uma tabuazinha de pequena espessura e um canivete, e me pediu que, com este, riscasse uma linha a toda largura da tábua. Obedeci às suas instruções, e, em seguida, tábua e canivete foram trancados na escrivaninha de papai.
A mesma coisa foi repetida todas as noites seguintes; ao fim de uma semana eu não agüentava mais de curiosidade.
A história continuava. Toda noite eu tinha que riscar com o canivete, uma vez, pelo sulco que se aprofundava.
Chegou afinal um dia em que não havia mais sulco. Meu último e leve esforço cortara a tábua em duas.
Papai olhou longamente para mim, e depois disse:
- Você nunca acreditaria que isto fosse possível, com tão pouco esforço, não é verdade? Pois o êxito ou fracasso de sua vida não depende tanto de quanta força você põe numa tentativa, mas da persistência no que faz.
Foi essa uma lição de coisas, impossível de esquecer, e que mesmo um garoto de dez anos podia aproveitar.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

VIDA DENTRO DO CORAÇÃO


A passagem da vida fora do coração para a vida dentro do coração é realmente um novo nascimento.
Quando a consciência se estabiliza no coração o mundo muda, o seu olhar para o mundo muda, a sua percepção do mundo muda e o mundo realmente muda pra você.
A vida dentro do coração é uma vida nova, uma vida onde a distância e a separação são abolidas; uma vida onde o mental não pode mais lhe enganar.
Chegando nesse nível, a maior parte dos véus da ilusão e da separação se dissolvem.
É a descoberta de um estado que faz com que você descubra de maneira verdadeira,
além da alegria, a serenidade, a pureza e a ausência de conflitos interiores.
A vida se desenrola com novas normas, o mundo externo muda, porque seu olhar muda, porque você percebe no outro/nos outros, os jogos da ilusão, e então todo julgamento desaparece.
Uma nova vida começa então para você. Vida onde não há lugar para dúvidas, para interrogações.
Você se dá conta da vaidade, da inutilidade das construções mentais, dos jogos de poder, de domínio, dos próprios jogos de sedução. Nenhum dos jogos do ego, da personalidade, lhe interessa mais.
Os questionamentos se calam, o sentido da vida lhe aparece na sua majestosa simplicidade.
Você não tem mais nada a defender, você não tem mais nada a provar, você não tem mais nada a demonstrar, você simplesmente É.
Sai da ilusão de pertencer a esta realidade para entrar na sua própria Divindade.
A visão torna-se penetrante.
O tempo que flui lhe parece como a suprema ilusão que ele é.
Tornam-se capazes de viver múltiplas realidades de uma só vez.
Os véus da separatividade lhes foram irremediavelmente retirados.
Percebem a multiplicidade e o jogo das dimensões que participam todas da mesma Unidade.
Estar no coração não é uma palavra em vão.
Estar no coração não é mais definir o coração com a cabeça; é definir o coração com o coração.
Vive-se a Unidade e também um sentimento de profunda unificação com a Divindade.
Vive-se na humildade, agradecendo à Fonte reencontrada.
Esse estado precisa que algumas crenças sejam abandonadas.
Precisa de uma neutralidade bondosa e produz uma serenidade permanente.
Assim, instala-se a Paz.
que é Beleza,
que é LUZ,
que é AMOR.
Um estado vibratório no meio do peito assinala a abertura do seu Templo Interior. E o contato do seu Interior com a Fonte.
Toda alma se direciona para esse objetivo, não por uma vontade, mas por uma tensão de serviço em direção à Luz.
Nestes tempos e nesta época, as circunstâncias de vida na terra facilitam o acesso a esse nível, à realidade da sua divindade e do seu coração.
Não basta acreditar no coração para se colocar vivendo nele.
Isso necessita de um impulso, uma tensão total da consciência em sua direção.
A tensão vem junto com o soltar-se.
Não se trata também de uma resistência a ser vencida, mas muito mais de um estado de aceitação, de submissão e fidelidade à verdade da Luz.
A esse nível a vida é gratuita.
A abundância da vida, a abundância da Luz.
Um Servir espontâneo e não criado.
Amor espontâneo e não ditado.
Viver no coração não é uma idéia nem um conceito, nem um comportamento, mas uma vibração da consciência que está nascendo no meio do seu peito.
A vida no coração manifesta-se por uma vibração.
Somente você pode penetrar no santuário!!!

A IDADE MADURA


Uma das vantagens da idade madura não é, creiam, a maturidade.
É que nossos olhos já viram muito mais e quando olhamos para trás, os caminhos parecem muito mais longos, mesmo se temos a impressão que os anos se passaram na velocidade da luz.
Temos em nós as experiências que se foram agarrando às nossas células, moldando nossa personalidade, nos fazendo rir de nós mesmos e de nossas certezas de antes, hoje não tão certas assim.
Há quem pense, com o passar dos anos, estar velho para muita coisa. Mas essas pessoas se esqueceram de aprender algo: nunca se é velho para a vida!
Ninguém vive demais, as pessoas simplesmente vivem, jovens ou idosas.

Na idade madura, percebemos claramente o quanto mudamos, as fotos não negam e nossas reações diante de fatos similares nos ensinam muita coisa.
Eu, por exemplo, aprecio hoje o silêncio e a calmaria, quando antes isso não tinha tanta importância. Gosto de terra, de mato, flores, cidades antigas e velhas histórias.
Aprendi com os anos a beber o silêncio e beneficiar dele nas minhas meditações, a entrar dentro de mim mesma e ver o que as barreiras do som me impedem em outras ocasiões. Sorrio comigo e a paz me oferece suas mãos.
Não sei que medida de vida Deus me dará, se ainda dez, vinte, trinta anos ou mais. Mas eu sei que o proveito para minha vida eu tiro no dia de hoje, que os anos podem trazer marcas, rugas e cicatrizes, mas não envelhecerão minha alma.
Sei que posso dançar ao ritmo do meu coração, que posso amar e ser amada, que posso sonhar e voar bem alto e, quando necessário, pousar em algum lugar.
Sei que ainda vou chorar algumas vezes e rir muito em outras e que ambas as coisas fazem parte do caminho que Deus preparou para mim.
Sei que se amanhã ou depois eu não tiver ainda chegado ao meu lugar sonhado, meus sonhos me terão feito viver duas vezes mais, terão tirado meus pés da terra quando caminhar me fazia mal e que sonhar não vale somente a pena, vale todas as penas do mundo!

A LIÇÃO DO JARDINEIRO


Um dia, o executivo de uma grande empresa contratou, pelo telefone, um jardineiro autônomo para fazer a manutenção do seu jardim
Chegando em casa, o executivo viu que estava contratando um garoto de apenas 15 ou 16 anos de idade. Contudo, como já estava contratado, ele pediu para que o garoto executasse o serviço.
Quando terminou, o garoto solicitou ao dono da casa permissão para utilizar o telefone e o executivo não pôde deixar de ouvir a conversa.
O garoto ligou para uma mulher e perguntou:
“A senhora está precisando de um jardineiro?”
“Não. Eu já tenho um”, foi a resposta.
“Mas, além de aparar a grama, frisou o garoto, eu também tiro o lixo.”
“Nada demais, retrucou a senhora, do outro lado da linha. O meu jardineiro também faz isso.”
O garoto insistiu: “eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço.”
“O meu jardineiro também”, tornou a falar a senhora.
“Eu faço a programação de atendimento, o mais rápido possível.”
“Bom, o meu jardineiro também me atende prontamente. Nunca me deixa esperando. Nunca se atrasa.”
Numa última tentativa, o menino arriscou: “o meu preço é um dos melhores.”
“Não”, disse firme a voz ao telefone. “Muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom.”
Desligando o telefone, o executivo disse ao jardineiro:
“Meu rapaz, você perdeu um cliente.”
“Claro que não”, respondeu rápido. “Eu sou o jardineiro dela. Fiz isto apenas para medir o quanto ela estava satisfeita comigo.”
Em se falando do jardim das afeições, quantos de nós teríamos a coragem de fazer a pesquisa deste jardineiro? E, se fizéssemos, qual seria o resultado? Será que alcançaríamos o grau de satisfação da cliente do pequeno jardineiro? Será que temos, sempre em tempo oportuno e preciso, aparado as arestas dos azedumes e dos pequenos mal-entendidos?
Estamos permitindo que se acumule o lixo das mágoas e da indiferença nos canteiros onde deveriam se concentrar as flores da afeição mais pura?
Temos lubrificado, diariamente, as ferramentas da gentileza, da simpatia entre os nossos amores, atendendo as suas necessidades e carências, com presteza?
E, por fim, qual tem sido o nosso preço? Temos usado chantagem ou, como o jardineiro sábio, cuidamos das mudinhas das afeições com carinho e as deixamos florescer, sem sufocá-las?

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

RESSENTIMENTO


SIM,
Você recebeu um tratamento péssimo daquele cliente, daquele namorado, do professor, do seu marido, dos seus pais, dos seus filhos, dos vizinhos, do seu chefe, dos seus colegas, dos amigos, dos críticos, do cachorro...
Você tem toda razão em ter sentido mágoa, tristeza e desapontamento quando isso aconteceu.
Mas sentir tais coisas só tem lógica se for naquele momento.
NUNCA MAIS.
Se você está, ainda hoje, sentindo essa decepção, essa tristeza, essa mágoa com outra pessoa, então você está ressentido, com ela. Veja com atenção o significado da palavra ressentimento:
RE-SENTIMENTO
Sentir novamente; Sentir infinitamente, para alguns.
Qual a razão de usar sua mente para sentir novamente coisas ruins, fragilidades e decepções?
Sentir coisas ruins novamente não tem absolutamente nenhuma função, exceto prender você ao passado e tornar você uma eterna vítima de alguém que nem mesmo está tentando prejudicar mais você.
Ao guardar qualquer ressentimento você está se acorrentando a alguém que lhe fez mal, mesmo que essa pessoa não queira mais isso.
Você está re-sentindo a dor que só existe em sua memória.
A outra pessoa, por pior que tenha sido, não será prejudicada por seu ressentimento.
MAS VOCÊ SERÁ!
Você desperdiçará momentos únicos das suas vinte e quatro horas para pegar o punhal que alguém usou contra você há semanas, meses, anos ou décadas atrás e, acredite ou não, você mesmo estará se apunhalando dia-após-dia, com seu re-sentimento.
Se o caso for tão grave que tenha que ser resolvido em tribunais, deixe advogados cuidando disso e se concentre em sua vida e sua felicidade.
Não caia na armadilha do ressentimento.
Viva o momento que estiver vivendo.
Esqueça as coisas ruins do passado.
Ele não existe mais.
E, se mesmo com toda a lógica do mundo, você ainda estiver "sentindo re-sentimento" e mágoa de alguém, lembre-se do que disse William Shakespeare:
"Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra.“

terça-feira, 10 de novembro de 2009

ABRINDO OS OLHOS


Quando não há mais nada a ser dito, silencia.
Quando não há mais nada a ser feito, permitas apenas ser, apenas estar e fica na companhia do teu coração e este indicará o momento apropriado para agires.
Quando a lentidão dos dias acomodar tua vontade, enlaçando-te com os nós da intranqüilidade, descansa e refaz tua energia.
Não há pressa, a prioridade é que tu encontres novamente a tua essência para que tenhas presente em ti a alegria de ser e estar.
Quando o vazio instalar-se em teu peito, dando-te a sensação de angústia e esgotamento, repara tua atenção e encontra em ti mesmo a compreensão para este estado.
É necessário nos descobrirmos em tais estados, para que estes não se transformem no desconhecido, no incontrolável.
Tudo pode ser mudado, existe sempre uma nova escolha para qualquer opção errada que tenhas feito.
Quando ouvires do teu coração que não há nenhuma necessidade em te preocupares com a vida, saibas que ele apenas quer que compreendas que nada é tão sério a ponto de te perderes para sempre da tua divindade, ficando condenado a não ver mais a luz que é tua por natureza.
Não te preocupes, se estiveres atento a ti mesmo, verás que a sabedoria milenar está contigo, conduzindo-te momento a momento àquilo que necessitas viver.
Confia e vai em teu caminho de paz. Nada é mais gratificante que ver alguém submergindo da escuridão apenas por haver acreditado na existência da luz. Ela sempre esteve presente... Era só abrir os olhos...

SEMENTES DE VIRTUDES


Não podemos controlar todas as situações que vivemos, algumas não dependem da nossa vontade. E não podemos mudar tudo também, mesmo se somos fortes, decididos e positivos. Mas podemos colocar um pouco de sol e de luz.
Podemos aprender a gerenciar essas situações de maneira que não nos afetem completamente ou profundamente, que não nos destruam ou acabem com nossos relacionamentos de amor e de amizade.
Quando perdemos o controle de nós, perdemos o controle de tudo. É como um motorista que, ao sentir o perigo, larga o volante: o acidente é inevitável.
Por mais desesperadoras que pareçam as situações, temos que segurar o volante. Guardar a calma nos momentos mais críticos é uma atitude preciosa, não só para nós, mas para os outros também.
Ah, sim, podemos explodir e às vezes até precisamos! Todavia há maneiras de exteriorizar o que nos atormenta sem que os pedaços da nossa ira afetem tudo ao nosso redor.

Podemos chorar até que nossa alma se sinta lavada, podemos falar com alguém em quem tenhamos confiança, podemos pintar, desenhar, construir, correr ou apenas nos entregar à dor até que o peito se esvazie dela.
Há pessoas, como eu, que escrevem longas cartas que nunca enviam, mas que aliviam.
Somos humanos, eu sei e não podemos ficar indiferentes a tudo o que acontece, não podemos nos esconder atrás de escudos que nunca defenderão nossa sensibilidade, pois no inevitável encontro com nosso eu, precisamos ainda encontrar forças e coragem para nos olhar nos olhos.
Temos todos em nós sementes de virtudes plantadas. Devemos dar a elas condições para que floresçam, para que dêem frutos, para que as pessoas possam, uma vez que nos encontram, carregar-nos nos corações para o restante das suas vidas.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

É PRECISO SABER DIZER ADEUS


Há coisas que ninguém nos ensina; há coisas que nunca queremos aprender. Recebemos de bom ou mau grado o que a vida nos impõe e depois nos apegamos a essas coisas, pessoas ou sentimentos, como se para existirmos precisássemos deles.
Dizer adeus é como deixar um pedaço de si e se impedir de olhar para trás.
Sim... confesso que é difícil dizer adeus, aquele sem retorno, às pessoas que amamos e aceitar isso como parte natural da vida.
É amargo aceitar o adeus dos sonhos, dos que começaram e jamais foram terminados.
Mas o que é incompreensível no ser humano é a rejeição do adeus total e definitivo às feridas e mágoas que consomem nossas entranhas.
É a dificuldade em livrar-se do passado, das manchas da alma, do que nos impede de ter uma vida normal e possivelmente feliz.
Há pessoas que guardam tudo e saem carregando nos ombros o que recolheram da vida. Isso faz com que caminhem com passos mais lentos, faz com que nunca cheguem a um lugar definido.
Para alcançarmos libertação e cura, deveríamos possuir a arte de saber deixar definitivamente para trás o que nos impede de avançar.
Quem cultiva a dor, colhe a dor; quem cultiva ódio, colhe ódio; quem cultiva ressentimentos, colhe ressentimentos.
Se nosso coração é um jardim, devemos saber o que estamos plantando nele e o que estamos arrancando. Se com lágrimas regamos o mal que nos fizeram, com lágrimas colheremos o mal que nos fazemos a nós.
É preciso aprender a dizer adeus a todas as mágoas, custe o que custar, se quisermos alcançar a misericórdia prometida, a graça eterna... se quisermos ser, nem que seja um pouquinho, parecidos com Jesus.