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domingo, 31 de julho de 2011

COMO ERA A PESSOA DE JESUS CRISTO



O Governador da Judéia, Públius Lentulus, ao César Romano:
Soube ó César, que desejavas informações acerca desse homem virtuoso que se chama Jesus, que o povo considera um profeta, e seus discípulos, o filho de Deus, criador do céu e da terra.
Com efeito, César, todos os dias se ouvem contar dele coisas maravilhosas.
Numa palavra, ele ressuscita os mortos e cura os enfermos. É um homem de estatura regular, em cuja fisionomia se reflete tal doçura e tal dignidade que a gente sente obrigado a amá-lo e temê-lo ao mesmo tempo.
A sua cabeleira tem até as orelhas, a cor das nozes maduras e, daí aos ombros tingem-se de um louro claro e brilhante; divide-se uma risca ao meio, à moda nazareno. A sua barba, da mesma cor da cabeleira, e encaracolada, não longa e também repartida ao meio.
Os seu olhos severos têm o brilho de um raio de sol; ninguém o pode olhar em face.
Quando ele acusa ou verbera, inspira o temor, mas logo se põe a chorar. Até nos rigores é afável e benévolo.
Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas muitas vezes foi visto chorando.
As suas mãos são belas como seus traços, toda gente acha sua conversação agradável e sedutora.
Não é visto amiúde em público e, quando aparece, apresenta-se modestamente vestido.
O seu porte é muito distinto. É belo.
Sua mãe, aliás, é a mais bela das mulheres que já se viu neste país.
Se o queres conhecer, ó César, como uma vez me escreveste, repete a tua ordem e eu te o mandarei. Se bem que nunca houvesse estudado, esse homem conhece todas as ciências.
Anda descalço e de cabeça descoberta. Muitos riem, quando ao longe o enxergam; desde que, porém, se encontram face a face com ele, tremem e admiram-no.
Dizem os hebreus que nunca viram um homem semelhante, nem doutrinas iguais às suas. Muitos crêem que ele seja Deus, outros afirmam que é teu inimigo, ó César.
Diz-se ainda que ele nunca desgostou ninguém, antes se esforça para fazer toda gente venturosa.
Obs 1. Esta descrição foi traduzida de uma carta de Públius Lentulus a César Augusto, imperador de Roma. Públius Lentulus foi predecessor de Pôncio Pilatos como governador da Judéia, na época em que Jesus Cristo iniciou seu ministério. O texto original encontra-se na biblioteca do Vaticano. Comprovada sua autenticidade, tornou-se, fora da Bíblia, o documento mais importante sobre a pessoa do Senhor Jesus.
Obs 2. Sabemos também que após a crucificação de Cristo, Públius Lentulus tornou-se seu seguidor e, juntamente com sua filha Lívia, levava a palavra de Deus aos povos da época.

sábado, 30 de julho de 2011

AMPARO EM MEU DESERTO




"Deus sempre levanta uma pessoa para ajudar você"
Cada um de nós tem a sua maneira de lidar com situações problemáticas.
Devido a nossa individualidade, podemos enxergar de modo diferente um mesmo momento ruim em nossas vidas.
Mas todos nós, sem exceção, já vivemos um período que muitos chamam de “deserto”, um termo comum que significa uma fase de solidão em um caminho de dor.
“Quando passamos por um deserto não temos ajuda, não temos conselho, não temos amigos”.
A maioria descreve esse mesmo quadro:
“Ficamos abandonados, amargando nossas tragédias pessoais”.
Mas por que o “deserto” de cada um de nós tem que ser assim?
Não somos uma família, a família na qual o cabeça é Cristo?
Por que não nos ampararmos mutuamente?
Penso que as pessoas fogem dos problemas alheios.
Quando a dor é muito grande, as pessoas não sabem o que dizer, como ajudar, como ficar perto.
A maioria de nós prefere não se envolver.
Pensamos que na vida isso faz parte, e que logo a pessoa sairá e ficará bem.
Mas esquecemos que muitos demoram a ficar bem, alguns de fato ficam mais ou menos bem, trazendo para dentro de si a dor de um trauma que persiste, um trauma que pode durar uma vida toda.
E tem aqueles que realmente saem do “deserto” sozinhos, mas sofrem em demasia, sofrem porque não foram ajudados, não foram consolados, não foram amparados.
Que tipo de gente nós somos quando enxergamos a dor de um irmão e ficamos alheios a isso?
Por que essa palavra “deserto” tem ainda que estar em nosso meio?
Será mesmo que Deus, que é o Senhor de nossas vidas, abandona alguém, deixando-a à mercê de um momento ruim?
Eu não creio em um Deus assim.
Isso é contra a sua natureza.
Ele se entristece com tanta falta de amor e quando não ajudamos ao nosso próximo.
Enquanto nos fartamos em nossos instantes plenos de alegria, de motivação, de êxito, o nosso companheiro ao lado está vivendo um momento profundo de dissabor.
Sabe por que o “deserto” ainda existe?
Porque somos ausentes no que diz respeito ao problema de nosso irmão!
Somos imperceptíveis e gostamos de ser assim!
E se gostamos, precisamos mudar isso de uma vez!
O deserto de alguém pode chegar ao fim quando estendermos nossa mão, quando intercedermos em uma oração que pode fazer a diferença, quando caminharmos juntos, quando entendermos as lágrimas de nosso próximo.
No deserto, quantos já se desesperaram e buscaram ajuda em pessoas que não possuem o poder do Reino dos Céus, e tiveram que tomar direções errantes, tiveram que escutar conselhos que não cabem a um filho de Deus.
Foram humilhados, massacrados porque foram iludidos e esperaram demais por uma solução que nunca chegou.
Para aqueles que estão vivendo um momento de deserto, posso assegurar que vocês não estão sozinhos.
Não fiquem decepcionados com palavras que vocês não ouviram, com atitudes que vocês não viram acontecer; não entrem em autocomiseração.
Algumas pessoas dizem que foram nesses instantes que mais aprenderam o poder da consolação que o Espírito Santo tem.
E sempre existe alguém que está sensível à voz de Deus.
No meio de tanta gente que está aquém do que está vivendo, Deus sempre levanta uma pessoa para erguer você, para fazer a diferença em sua dor, para falar coisas edificantes que fazem você seguir em frente.
Eu não acredito em deserto, eu acredito em um vale, um vale onde existe, sim, caminhos difíceis, mas que existem também planícies verdejantes, águas tranqüilas e o frescor de uma brisa de paz, que nos acalma e nos ampara.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

SER CRIANÇA



Os adultos não entendem mesmo as crianças, e isso é muito sério, como entender as crianças que brigam e pouco tempo depois estão brincando abraçadas, como se nada tivesse acontecido?
Adulto não tem essa sensibilidade, quando brigam é sempre por muito tempo.
Como entender as crianças que riem até quando dormem, que são incapazes de mentir, e quando mentem, é para defender um irmão ou amiguinho, dentro da maior inocência.
Adulto só ri quando está desarmado, relaxado, e cada vez mais os adultos estão tensos, vivendo sobre eterna pressão, e rir está cada vez mais difícil, mas mentir, virou questão de sobrevivência, que pena...
Não, definitivamente os adultos não entendem as crianças, não conseguem entender o abraço tão gostoso que elas dão, o beijo estalado na bochecha, e a risada frouxa que deixa até xixi no chão.
Adulto abraça só em momentos especiais, no consolo da dor, em festas, ou solenidades. O beijo às vezes é malicioso, ou tem terceiras intenções.
Ser como criança é libertar de dentro de cada adulto o ranço, o medo de ser feliz, de rir gostoso, de confiar, de amar sem esperar nada em troca.
Por isso que adulto não entende até hoje, as palavras de Jesus, que ensinou assim: “Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus”.
Enviado por Roy Lacerda do blog
Momento Brasil e foi aqui postado por ser pertinente à proposta do Arca.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

ESTAMOS OBCECADOS COM O MELHOR



Estamos obcecados com "o melhor".
Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".
Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.
Bom não basta.
O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor".
Isso até que outro "melhor" apareça e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer.
Novas marcas surgem a todo instante.
Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.
O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego.
Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter.
Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos.
Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários.
Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis.
Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos.
Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente.
Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência?
Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa?
E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto?
O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"?
Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro?
O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?
Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixados ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.
A casa que é pequena, mas nos acolhe.
O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria.
A TV que está velha, mas nunca deu defeito.
O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos".
As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo.
O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem.
O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.
Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso?
Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?
"Sofremos demais pelo pouco que nos falta e alegramo-nos pouco pelo muito que temos. " (Shakespeare)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

ACEITAÇÃO



Aceite as coisas e pessoas como elas são, para poder melhor ajudá-las. Ser-lhe-á de pouco proveito revoltar-se contra o mundo dentro do qual você mesmo vive. Você, em primeiro lugar, deverá ser justo e bom, sensato e humano, para então, poder exigir mais dos outros. A sabedoria, você sabe, consiste exatamente na aceitação dos fatos que não podem ser mudados e no esforço de transformação daqueles que não precisam forçosamente acontecer. O ideal da aceitação, no entanto, não inclui um "lavar as mãos" irresponsável diante da verdade. Não! Aceitação é virtude e não covardia e trêfega irresponsabilidade. A virtude da aceitação carrega dentro de si um "sim" e um "não" que doem.
Enviado por Jorge do Blog Nectan Reflexões e foi aqui postado por ser pertinente à proposta do Arca.

terça-feira, 26 de julho de 2011

VERDADEIROS ANJOS



Há pessoas (raríssimas) que entram na nossa vida de uma forma tão intensa quanto suave, há quem nunca, há quem tarde e há quem cedo as descubra.
O seu tempo físico entre nós pouco conta, pessoas assim são medidas pela intensidade.
Nesse espaço de tempo tudo quanto nos transmite, nem sequer um único reparo tivemos a apontar.
Quando algo de bom ou mau nos acontece, pensamos nela e mesmo a sorrir ou a chorar, o nosso pensamento envia-lhe um sorriso, pois damo-nos conta que sempre está do nosso lado, apoiando-nos na tristeza, dividindo a alegria, tomando para si a nossa dor, sorrindo feliz como se da sua própria alegria se tratasse.
Mesmo ausente, pressente quando precisamos dela e, nunca falha.
A sua presença conforta, o saber que ela vibra com o nosso triunfo motiva-nos a avançar pois que, se na hora da chegada formos vencedores ela lá estará para nos congratular e se chegarmos vencidos o seu é o primeiro ombro amigo que encontramos.
Assim como na mistura dos sorrisos, dela serão as nossas lágrimas.
Tenho para mim que esses são os verdadeiros seres de luz, a sua áurea emana tranquilidade, conforto, paz, segurança.
Esses sim são para mim os verdadeiros anjos.
Enviado por Zizi do
Bloguinho da Zizi e foi aqui postado por ser pertinente à proposta do Arca.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O SABER MASCULINO



A Vida me foi dada de graça e junto com ela o que eu realmente preciso para viver. (Geraldo Eustáquio de Souza)
Um maior grau de tranquilidade interior é fruto do crescimento do amor e da compaixão. (Dalai-Lama)
Não há maior riqueza que um corpo saudável e um coração feliz. (provérbio chinês)
Da desordem, encontro a simplicidade. Da discórdia, a harmonia. No centro da dificuldade repousa a oportunidade. (Einstein)
Quando todos os dias ficam iguais, é porque deixamos de perceber as coisas boas que aparecem em nossas vidas. (Paulo Coelho)
Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir. (Sêneca)
A arte de viver consiste em tirar o maior bem do maior mal. (Machado de Assis)
Poucas coisas libertam a alma do ser humano melhor que o riso. (Anônimo)
O pensamento é grande, livre e rápido; é a luz do mundo e a glória mais alta do ser humano. (Bertrand Russel)
Coisa boa ou má não existe; o pensamento humano é o que faz as coisas terem tal ou qual aparência. (Shakespeare)
Os pessimistas são meros espectadores; os otimistas são quem transformam este mundo. (François Guizot)
O espírito se enriquece com aquilo que recebe; o coração com aquilo que dá. (Victor Hugo)
Existem duas fontes perenes de alegria pura: o bem realizado e o dever cumprido. (Eduardo Girão)
Nossa vida chega ao fim quando paramos de dizer as coisas importantes. (Martin L. King)
As pessoas são solitárias porque constroem paredes ao invés de pontes. (Joseph Newton)
Quanto mais eu vivo, mais minha mente atenta para a beleza e as maravilhas do mundo. (John Burroughs)
Enviado por Roy Lacerda do blog Momento Brasil e foi aqui postado por ser pertinente à proposta do Arca.

domingo, 24 de julho de 2011

ABRA SEU CORAÇÃO...




Quando tua alma
Parecer pequena,
Mesmo quando achar
Que amar não mais vale a pena,
Abra teu coração!
E quando a noite chegar
E a solidão te alcançar,
Ainda assim, eu peço,
Abra teu coração!
Vou te contar um segredo:
Um coração
Só abre por dentro
E só o dono tem a chave!
E se ele se fecha ou se abre
Depende unicamente de ti.
Abra!
Tire as mágoas,
Jogue fora as tristezas,
Deixe somente doces lembranças
E faça um lugarzinho
Pra acolher as belezas
Que a vida te reserva.
Tenho certeza
Que a ternura vai fluir.
Teu coração renovado
Será fonte de alegria,
E será maravilhoso te ver sorrir...

sábado, 23 de julho de 2011

CÉU OU INFERNO — É SEMPRE VOCÊ



Jean-Paul Sartre tem uma frase muito famosa: "O inferno são os outros".
Essa é a idéia de quase todas as pessoas do mundo, exceto alguns budas: o inferno são os outros.
Não concordo com ele, embora essa seja a experiência de milhões de pessoas.
Parece absolutamente certa, mas não é, não há sequer um átomo de verdade na frase.
O inferno é sempre você. Você pode ser o inferno, pode ser o céu — é sempre você, é sua decisão.
O céu não é um lugar. Você tem de criá-lo, assim como cria o inferno.
É um estado psicológico. E, quando você sabe que é o criador, há uma grande liberdade.
Se o outro é responsável, você não está livre, está sempre amarrado, porque o outro sempre pode criar amargura ou felicidade para você.
Dos dois jeitos você é dependente, e ninguém gosta de dependência.
Texto enviado por Alzira do Bloguinho da Zizi e foi aqui postado por ser pertinente à proposta do Arca.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

PASSE ISSO ADIANTE



Lá estava eu com minha família, em férias, num acampamento isolado e com o carro enguiçado.
Isso aconteceu há 5 anos, mas lembro-me como se fosse ontem. Tentei dar a partida no carro. Nada.
Caminhei para fora do acampamento e, felizmente, meus palavrões foram abafados pelo barulho do riacho.
Concluí que era vítima de uma bateria arriada.
Sem alternativa, decidi ir a pé até a vila mais próxima e procurar ajuda.
Depois de uma hora e um tornozelo torcido, cheguei, finalmente, a um posto de gasolina.
Ao me aproximar do posto, lembrei que era domingo e, é claro, o lugar estava fechado.
Por sorte havia um telefone público e uma lista telefônica já com as folhas em frangalhos.
Consegui ligar para a única companhia de socorro que encontrei na lista, localizada a cerca de 30 km dali.
Não tem problema, disse a pessoa do outro lado da linha. Normalmente não trabalho aos domingos, mas posso chegar aí em mais ou menos meia hora.
Fiquei aliviado, mas, ao mesmo tempo, consciente das implicações financeiras que essa oferta de ajuda me causaria.
Logo seguimos, eu e o Zé, no seu reluzente caminhão-guincho, em direção ao acampamento.
Quando saí do caminhão, observei, com espanto, o Zé descer com a ajuda de muletas para se locomover.
Santo Deus! Ele era paraplégico!!!
Enquanto ele se movimentava, comecei, novamente, minha ginástica mental de calcular o preço da sua ajuda.
- É só a bateria descarregada, uma pequena carga elétrica e vocês poderão seguir viagem, disse-me ele.
O homem era impressionante. Enquanto a bateria carregava, ele distraiu meu filho com truques de mágica e chegou a tirar uma moeda da orelha, presenteando-a ao garoto.
Enquanto ele colocava os cabos de volta no caminhão, perguntei quanto lhe devia.
- Oh! nada - respondeu ele, para minha surpresa.
- Tenho que lhe pagar alguma coisa, insisti.
- Não, reiterou ele. Há muitos anos atrás, alguém me ajudou a sair de uma situação muito pior. Foi quando perdi minhas pernas e a pessoa que me socorreu, simplesmente disse:
- Quando tiver uma oportunidade “passe isso adiante.”
- Eis a minha chance. Você não me deve nada! Apenas lembre-se: quando tiver uma oportunidade semelhante, faça o mesmo.
“Somos todos anjos de uma asa só, precisamos nos abraçar para alçar vôo.”
Enviado por Roy Lacerda do blog Momento Brasil e foi aqui postado por ser pertinente à proposta do Arca.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A TRAVESSIA DO CAMINHO



Impossível atravessar a vida...
Sem que um trabalho saia mal feito, sem que uma amizade cause decepção, sem padecer com alguma doença.
Impossível atravessar a vida...
Sem que um amor nos abandone, sem perder um ente querido, sem se enganar em um negócio.
Esse é o custo de viver.
O importante não é o que acontece, mas, como você reage.
Você cresce...
Quando não perde a esperança, nem diminui a vontade, nem perde a fé.
Quando aceita a realidade e tem orgulho de vivê-la.
Você cresce...
Quando aceita seu destino, e mesmo assim, tem garra para mudá-lo.
Quando aceita o que ficou para trás, construindo o que tem pela frente e planejando o que está por vir.
Cresce quando se supera, se valoriza e sabe dar frutos.
Cresce quando abre caminho, assimila experiências, e semeia raízes.
Cresce quando se impõe metas sem se importar com comentários, nem julgamentos.
Cresce quando dá exemplos, sem se importar com o desdém, quando você cumpre com seu trabalho.
Cresce quando é forte de caráter, sustentado por sua formação, sensível por temperamento, e humano por natureza!
Cresce quando enfrenta o inverno mesmo que perca as folhas.
Cresce quando colhe flores mesmo que tenham espinhos.
Cresce quando marca o caminho mesmo que se levante o pó.
Cresce quando é capaz de lidar com resíduos de ilusões.
Cresce quando é capaz de perfumar-se com flores, e elevar-se por amor!
Cresce ajudando a seus semelhantes, conhecendo a si mesmo e dando à vida mais do que recebe.
E assim se cresce…

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A TRAVESSIA



Cada dia é um novo renascer.
Oportunidades e possibilidades que se descortinam.
Corpo, alma, consciência.
O desafio de conduzir os passos em direção ao resgate da leveza das asas.
Inteligência, sensibilidade e capacidade criativa.
Instrumentos para a contínua ascensão humana.
Viver é colher com mãos ávidas os frutos mais altos da árvore da existência.
Cativar a via do silêncio dentro de nós.
Cultivar a dimensão amorosa do coração.
Aquele que tem o coração desperto nunca está só, pois o seu coração permanece em comunhão com todos os seres, numa familiaridade amorosa.
“Se tiveres um coração, serás salvo”, os povos antigos já diziam.
“Aventurar-se causa ansiedade, mas deixar de arriscar-se é perder a si mesmo...”
“E aventurar-se no sentido mais elevado é, precisamente, tomar consciência de si próprio.” (Kierkegaard)
Buscar a terceira margem, – uma outra vida possível, um outro mundo possível.
Plantar sonhos, regar utopias.
Fazer da vida terrena uma experiência de significado.
Caridade e Compaixão. Justiça, Generosidade e Perdão. Pureza de Coração.
O que tais termos representam?
São somente letras mortas, ou são capazes de moldar atos e pensamentos?
“O único objetivo da vida no mundo material é a entrada no mundo da Realidade.” (‘Abdu’l-Bahá)
“O essencial é invisível aos olhos.” (Saint-Exupéry)
“Creio que a transcendência é, talvez, o desafio mais secreto e escondido do ser humano.” (Leonardo Boff)
Buscar a espiritualidade pura e primordial que se oculta sob a essência da realidade.
Sondar o coração, em busca das fontes de onde brotam as águas que explodem em transcendência e comunhão.
“Ó amigo, o coração é a morada de mistérios eternos; não o faças lar de fantasias fugazes.”
“Não dissipes o tesouro da tua vida preciosa com as ocupações deste mundo efêmero.”
“Vens do mundo da santidade, não prendas à terra teu coração.”
“És habitante da corte da proximidade, não escolhas o pó para tua pátria.” (Bahá’u’lláh)
“Bem aventurados os que aspiram tornar-se Filhos da Luz.” (Jesus Cristo)
“Bem aventurados os puros de coração”.

terça-feira, 19 de julho de 2011

O SOL DAS ALMAS



É pelo amor, sol das almas, que Deus mais eficazmente atua no mundo.
Você já notou como um belo dia de sol consegue nos fazer bem? A temperatura pode estar baixa, mostrando os prenúncios do inverno, mas mesmo assim o brilho intenso da estrela solar consegue nos trazer ânimo e esperança.
Algum poeta apaixonado poderia dizer que os raios solares são como um abraço do Criador, fazendo-nos acreditar que estamos seguros, que estamos protegidos.
Mas é através de um outro sol, um sol interior, que o pai mostra-se mais presente em nossas vidas: o amor.
O amor encontrado no coração do homem, manifestado em seus pensamentos e ações; o amor “condição indispensável” para que tudo na vida faça sentido e tenha valor.
Paulo de Tarso, em sua carta ao povo da cidade de Corinto, afirmava que se não houvesse amor em suas ações, elas não teriam validade, e que se não existisse amor em sua alma, ela nada seria.
O apóstolo ainda trazia a aplicação prática deste ensino, dizendo que “o amor é paciente”, mostrando-nos a virtude da paciência, esta disposição íntima que nos faz esperar com calma, que nos auxilia a evitar a precipitação, que não é passiva, mas é atuante e dinâmica.
“O amor é benigno”, isto é, ele deve irradiar de nossa casa interior, para iluminar outros lares através da caridade, da intenção de fazer feliz aqueles que estão ao nosso redor.
“O amor não arde em ciúmes”, não guarda o sentimento de posse sobre ninguém, pois sabe que não possuímos as pessoas, e que se as amamos, devemos libertá-las.
“O amor não se orgulha, nem se ensoberbece”, é humilde, e faz com que saibamos o nosso devido lugar, conhecendo nossas imperfeições e reconhecendo as dificuldades do próximo, e jamais nos proclamando melhores que alguém.
“O amor não se conduz inconvenientemente”, é delicado, sensível, e se expressa nas pequenas coisas, nas pequenas ações, que são invisíveis aos olhos do mundo, mas que para Deus demonstram nosso interesse e preocupação com as outras pessoas.
“O amor não procura seus interesses”, é espontâneo, não age visando a vantagem, a recompensa. Ele simplesmente ama, se doa, sem exigir retorno.
“O amor não se exaspera”, é tolerante, compreensivo, e sabe que necessitamos compreender as dificuldades alheias, pois todos, sem exceção, ainda as temos.
“O amor não se ressente do mal”, perdoa. Não permite que o veneno do ressentimento prejudique nossa saúde física e espiritual.
E, finalmente, Paulo nos ensina que “o amor não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade”, mostrando-nos que devemos ser defensores da verdade, da sinceridade, mas não desta sinceridade dura que atira as verdades no rosto dos outros – deixando assim de ser virtude.
A verdade deve ser revelada com psicologia, com cautela, visando construir, e não destruir o semelhante.
O amor decompõe-se em muitas cores, em muitas virtudes.
É esse sol das almas que buscamos, cada um de uma forma, cada um a seu tempo. Sempre amparados pelo Astro de primeira grandeza que é Jesus, que veio à Terra e permaneceu nestes ares para nos mostrar os caminhos que nos conduzirão ao Criador.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O SUBCONSCIENTE



1 - Pense no bem, e o bem se seguirá! Pense no mal, e o mal se seguirá! Você é aquilo que pensa, no decorrer de todos os seus dias!
2- O seu subconsciente nunca discute com você se está correto ou não! Ele apenas aceita o que a sua mente consciente determinar!
3- Você sempre tem o poder de escolher o bom ou o mau! Você pode escolher a cordialidade, ou preferir ser antipático! Escolha saúde, felicidade, ser prestativo, alegre, cordial, e simpático que, todo o mundo lhe corresponderá!
4- A sua mente consciente é a sentinela no portão! E tem como principal função proteger o subconsciente das impressões falsas! Procure acreditar que algo de bom vai acontecer, e está acontecendo agora mesmo, neste exato momento! O seu maior poder é a sua capacidade de escolha, por isso escolha tudo que lhe faça sentir bem!
5- As sugestões e afirmações dos outros não têm qualquer poder para prejudicá-lo! O único poder é a ação do seu próprio pensamento em relação a isso e como reagirá!
6- Tome cuidado com o que você diz! Você terá que prestar contas por cada palavra irresponsável! Nunca diga “vou fracassar”; o seu subconsciente, não sabe identificar se isso é uma piada, ou realidade! Ele simplesmente faz com que todas essas coisas se tornem verdades!
7- A sua mente não é voltada para o mal! E nenhuma Força da Natureza o é! Tudo depende de como você usa os poderes da natureza!
8- Nunca diga que não pode fazer determinada coisa! Supere o seu medo, substituindo-o pela seguinte afirmação: “Posso fazer todas as coisas, através do poder da minha mente subconsciente!”
9- Você é o capitão da sua alma (subconsciente), é o senhor do seu destino! Lembre-se: “você tem a capacidade de escolher! Escolha a felicidade!”
10- O que quer que a sua mente consciente acredite ser verdade, o seu subconsciente aceitará, e fará com que se transforme em verdade mesmo! Acredite nas bênçãos da vida!

Enviado por Roy Lacerda do blog Momento Brasil e foi aqui postado, por ser pertinente à proposta do Arca.

domingo, 17 de julho de 2011

O QUE VALEU A PENA HOJE?



Sempre tem alguma coisa.
Um telefonema. Um filme… Paulo Mendes Campos, em uma de suas crônicas reunidas no livro “O Amor Acaba”, diz que devemos nos empenhar em não deixar o dia partir inutilmente. Eu tenho, há anos, isso como lema. É pieguice, mas antes de dormir, quando o dia que passou está dando o prefixo e saindo do ar, eu penso: o que valeu a pena hoje? Sempre tem alguma coisa. Uma proposta de trabalho. Um telefonema. Um filme. Um corte de cabelo que deu certo. Até uma briga pode ter sido útil, caso tenha iluminado o que andava escuro dentro da gente.
Já para algumas pessoas, ganhar o dia é ganhar mesmo: ganhar um aumento, ganhar na loteria, ganhar um pedido de casamento, ganhar uma licitação, ganhar uma partida. Mas para quem valoriza apenas as megavitórias, sobram centenas de outros dias em que, aparentemente, nada acontece, e geralmente são essas pessoas que vivem dizendo que a vida não é boa, e seguem cultivando sua angústia existencial com carinho e uísque, mesmo já tendo seu superapartamento, sua bela esposa, seu carro do ano e um salário aditivado.
Nas últimas semanas, meus dias foram salvos por detalhes. Uma segunda-feira valeu por um programa de rádio que fez um tributo aos Beatles e que me arrepiou, me transportou para uma época legal da vida, me fez querer dividir aquele momento com pessoas que são importantes pra mim. Na terça, meu dia não foi em vão porque uma pessoa que amo muito recebeu um diagnóstico positivo de uma doença que poderia ser mais séria. Na quarta, o dia foi ganho porque o aluno de uma escola me pediu para tirar uma foto com ele. Na quinta, uma amiga que eu não via há meses ligou me convidando para almoçar. Na sexta, o dia não partiu inutilmente, só por causa de um cachorro-quente. E assim correm os dias, presenteando a gente com uma música, um crepúsculo, um instante especial que acaba compensando 24 horas banais.
Claro que tem dias em que ninguém nos surpreende, o trabalho não rende e as horas se arrastam melancólicas, sem falar naqueles dias em que tudo dá errado: batemos o carro, perdemos um cliente e o encontro da noite é desmarcado. Pois estou pra dizer que até a tristeza pode tornar um dia especial, só que não ficaremos sabendo disso na hora, e sim lá adiante, naquele lugar chamado futuro, onde tudo se justifica.
É muita condescendência com o cotidiano, eu sei, mas não deixar o dia de hoje partir inutilmente é o único meio de a gente aguardar com entusiasmo o dia de amanhã.

sábado, 16 de julho de 2011

DERRAMANDO PÉTALAS



Dirijam vossas vidas, seja nas tristezas, seja nas alegrias, sempre derramando pétalas, assim como as flores.
As flores, seja dia, seja noite, haja chuva, haja sol, enviam para o ar que respiramos todo o perfume que contém...
Lembrando as pessoas que a vida perfumada segue mais além.
Espalhemos nossas essências de amor, perfumando a vida daqueles que nem sequer sabem admirar uma flor...
Ou nunca pararam para apreciar beleza gratuita feita pelo nosso Pai com amor, para que as pessoas se inspirassem na simplicidade e beleza de uma simples flor.
Se colhida e dedicada a alguém significa amor. Sejamos apenas simplesmente uma flor, atuemos em estado de graça.
Espalhemos beleza onde existe tristeza...
Colhamos as dores alheias e nos transformemos em buquê de flores, para oferecermos o nosso amor a todos, com a mesma graça, beleza e cor.
O exemplo da flor bastará para uma transformação de muito amor.
Não importa, jasmim, rosa, cravo, não importa a flor, o importante é que espalhemos as pétalas de nosso amor.
Sejamos Flor!!!
Sejamos Amor!!!


OFEREÇO UMA ROSAA quem me deu perfume, a quem me deu sentido, a quem só me fez bem, aqueles que sorriram comigo, aqueles que comigo partilharam lágrimas, aqueles que souberam de minha existência, aos nobres do sentir, aos ricos do viver, aos imperadores do amor, aqueles que simplesmente foram amigos, que ternamente fizeram do silêncio sair sons, que cantaram comigo, que me olharam e me sentiram, aqueles que realmente marcaram minha vida...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

VOCÊ ESCOLHE OU É ESCOLHIDO?




Que a vida é feita de escolhas, não resta dúvida. Escolhemos a todo o momento, seja consciente ou inconscientemente. Inclusive, até a decisão, também consciente ou não, de não escolher, é uma escolha. E algumas vezes, uma das mais perigosas!
Acontece que, por falta de autoconhecimento ou até mesmo por medo de descobrir que o momento é de espera e de não saber lidar com a ansiedade que esta expectativa provoca, muitas pessoas se deixam escolher e depois simplesmente se lamentam pelas consequências, como se nada pudessem ter feito.
Quando se trata de relacionamentos amorosos, a preferência por se deixar escolher é mais frequente do que imaginamos. Talvez seja a razão por que tantas pessoas se dão conta, depois de algum tempo, do quanto poderiam ter evitado algumas catástrofes emocionais, se tivessem sido mais imperativos no momento da escolha, se tivessem dado ouvidos à sua intuição ou aos sinais que a vida mandou... Porque ela sempre manda!
Sim, é verdade que existe um dito popular avisando que "quem muito escolhe acaba escolhido". Entretanto, o lembrete serve para nos alertar sobre o excesso de críticas, o orgulho exagerado ou a análise que paralisa, que impede a tomada de decisão.
Ou seja, o ideal é aprender a calibrar o coração para que não haja nem negligência no ato de decidir se é hora de exercitar o amor ou de esperar, nem um medo sem sentido de tentar de novo. Pessoas carentes demais, que aceitam qualquer relacionamento para aplacar seu pavor de ficar só e ter de encarar a si mesmo e suas limitações, certamente, vão terminar e começar relações sem se questionarem qual o aprendizado, qual o amadurecimento para um futuro encontro que seja mais satisfatório e harmonioso.
Por outro lado, pessoas críticas demais, orgulhosas demais ou que morrem de medo de se entregar a uma relação e vir a sofrer, também pagarão um preço alto, muitas vezes amargando a solidão e se privando da alegria e do privilégio de vivenciar o amor.
Minha sugestão é para que você, em primeiro lugar, tenha muito claro para si o que realmente deseja viver quando o assunto é amor. O que tem para oferecer? Quanto se sente preparado para lidar com as dificuldades que vêm à tona num relacionamento, sejam elas ciúme, insegurança, falta de auto estima, ausência do outro, diferenças de ritmo, etc.? Quanto já aprimorou sua habilidade de se comunicar, de falar sobre o que sente, o que quer e, principalmente, de ouvir o outro e tentar uma conciliação sempre que necessário?
Depois, com um mínimo de autoconhecimento, sugiro que você se questione e reflita sobre sua noção de merecimento e crenças. Quanto você realmente acredita que merece viver um amor baseado na confiança, na lealdade e na intensidade? Quanto você realmente acredita que possa existir um amor assim? Pode apostar: se você não acredita nesta possibilidade, dificilmente vai viver uma relação que valha a pena, simplesmente porque esta opção não faz parte do seu universo, do seu campo de visão.
E, por último, mais do que ansioso ou distraído, mantenha-se tranquilo e seguro de que o amor acontecerá no momento certo. Nem antes e nem depois. Não é preciso que você busque desesperadamente. Apenas viva a partir do que existe de melhor em você e permaneça presente, atento ao que acontece ao seu redor. E todo o universo estará conspirando a seu favor, porque, afinal de contas, nascemos para amar e sermos amados.


Texto enviado por Roy Lacerda do blog
MomentoBrasil e foi aqui postado por ser pertinente à proposta do Arca.

quinta-feira, 14 de julho de 2011



Se você já percebeu, lá no seu íntimo, que a vida está chamando, parabéns...
Ouça a voz que vem de dentro de você.
Emocione-se, você existe.
Ouça, veja, sinta, pense, conheça, faça... Enfim, mais um dia para aproveitar com todos os meios que você puder, ou tiver.
Hoje é um novo dia! Mais um dia para aprender e ensinar, para dar e receber.
Há sempre o que trocar a todo o momento com todas as pessoas.
Todo mundo vale sua atenção. E você também merece todo respeito.
Não precisa ter vergonha por achar que não sabe o bastante, nem soberba por achar que sabe demais.
Hoje é um novo dia! Aproveite a oportunidade que o Universo te deu.
Você é a pessoa honesta, consciente, generosa, humilde e lutadora que vai fazer este dia valer a pena...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

PRA NUNCA MAIS CHORAR



Passava do meio dia, o cheiro de pão quente invadia aquela rua, um sol escaldante convidava a todos para um refresco. Ricardinho não agüentou o cheiro bom do pão e falou:
- Pai, to com fome!
O pai, “seu Agenor”, sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência…
-Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu to com muita fome pai!

Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Seu Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na Padaria a sua frente. Ao entrar dirige-se a um senhor no balcão:
- Meu Senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos ai na porta com muita fome, não tenho nenhum tostão pois sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei. Eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o Senhor precisar.

Amaro, o dono da Padaria estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho. Seu Agenor, pega o filho pela mão e apresenta-o ao Senhor Amaro, que imediatamente pede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida do famoso P.F (Prato Feito), arroz, feijão, bife e ovo. Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua, para o Seu Agenor, uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá, grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada. A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e a lembrança de sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades. Amaro se aproxima do Seu Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:

- O Maria, sua comida deve ta muito ruim, olha o meu amigo ta até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato…?

Imediatamente, Seu Agenor, sorri, e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer.

Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho.

Mais confiante Seu Agenor, enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas. Após o almoço, Amaro convida o Seu Agenor para uma conversa nos fundos da Padaria, onde havia um pequeno escritório. Seu Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo de pequenos “biscates aqui e acolá”, mas que há 2 meses não recebia nada.

Amaro, resolve então contratar o Seu Agenor para serviços gerais na Padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos 15 dias. Seu Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho.

Ao chegar em casa com toda aquela “fartura”, seu Agenor é um novo homem, sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso, Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma esperança de dias melhores.

No dia seguinte as 5 da manhã, Seu Agenor, estava na porta da Padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho. O Senhor Amaro, chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque estava ajudando. Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro dele chamava-o para ajudar aquela pessoa. E, ele não se enganou, durante um ano, Seu Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres.

Um dia, Amaro chama o Seu Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da Padaria, e que ele fazia questão que Seu Agenor fosse estudar. Seu Agenor até hoje não consegue esquecer seu primeiro dia de aula, a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta…

Doze anos se passaram desde aquele primeiro dia de aula, vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros, hoje advogado, abrindo seu escritório para seu cliente, e depois outro, e depois mais outro. Ao meio dia ele desce para um café na Padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o “antigo funcionário” tão elegante em seu primeiro terno.

Mais dez anos se passam e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço. Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho, o agora nutricionista Ricardo Baptista.

Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um, conta até que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que a mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido.

Conta-se no céu, que o próprio Mestre Jesus veio recebê-los com um sorriso e um coro de mil anjos entoando uma música que falava da vitória dos que sabem persistir.

Ricardinho, o filho mandou gravar na frente da “Casa do Caminho” que seu pai fundou com tanto carinho:
“Um dia eu tive fome, e você me alimentou.
Um dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho.
Um dia acordei sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço.
Que Deus habite em seu coração, alimente sua alma e te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar”

P.S. Esta é uma estória que os anjos me contaram, qualquer semelhança com a realidade, pessoas ou fatos, será mera coincidência (?)

terça-feira, 12 de julho de 2011

LEMBRE-SE DE QUE VOCÊ É A FONTE




Alguém insultou você — a raiva irrompe de repente e você fervilha de raiva. A raiva está fluindo na direção da pessoa que o insultou. Agora você projetará toda essa raiva sobre o outro.
Ele não fez nada. Se insultou você, o que ele fez de fato? Só lhe deu uma alfinetada, ajudou a sua raiva a aflorar — mas a raiva é sua.
O outro não é a fonte; a fonte está sempre dentro de você. O outro está atingindo a fonte, mas, se não houvesse raiva dentro de você, ela não poderia aflorar. Se você bater num buda, só provocará compaixão, porque só existe compaixão dentro dele. A raiva não vai aflorar porque não existe raiva.
Se você jogar um balde num poço vazio, ele voltará vazio. Se jogar um balde num poço cheio de água, ele sairá de lá cheio de água, mas a água será do poço. O balde só a ajudou a vir para fora.
Portanto, a pessoa que o insultou só está jogando um balde em você, e ele sairá de lá cheio de raiva, do ódio ou do fogo que existe em você. Você é a fonte, lembre-se.
Para praticar esta técnica, lembre-se de que você é a fonte de tudo o que projeta sobre os outros. E sempre que sentir uma disposição a favor ou contra, no mesmo instante volte-se para si e busque a fonte de onde o ódio está partindo.
Fique centrado ali; não dê atenção ao objeto. Alguém lhe deu a chance de tomar consciência da sua própria raiva; agradeça-o imediatamente e esqueça-o. Feche os olhos, volte-se para dentro e agora olhe a fonte de onde esse amor ou essa raiva está vindo.
De onde ela vem? Vá para dentro de si mesmo, volte-se para dentro. Você descobrirá ali a fonte, pois a raiva está vindo dali.
O ódio, o amor, ou seja o que for, tudo vem da sua fonte. E é fácil encontrar a fonte quando você está com raiva, ou sentindo amor, ou cheio de ódio, porque nesse momento você está quente. É fácil voltar-se para dentro nessa hora.
A fiação está quente e você pode senti-la dentro de você e se guiar pelo calor. E, quando atingir um ponto frio interior, descobrirá de repente uma outra dimensão, um mundo diferente abrindo-se para você. Use a raiva, use o ódio, use o amor para mergulhar em si mesmo.
Um dos maiores mestres zen, Lin Chi, costumava dizer: "Quando eu era jovem, adorava andar de barco. Eu tinha um barquinho e remava sozinho num lago. Eu ficava ali durante horas. Uma vez, eu estava no meu barco, de olhos fechados, meditando, numa noite esplêndida. Então um outro barco veio flutuando, trazido pela corrente, e bateu no meu. Meus olhos estavam fechados, então eu pensei. 'Alguém bateu o barco no meu'. Enchi-me de raiva. Abri os olhos e estava a ponto de vociferar algo para o homem, quando percebi que o barco estava vazio! Então não havia onde descarregar a minha raiva. Em quem eu iria extravasá-la? O barco estava vazio, à deriva no lago e tinha colidido com o meu. Então não havia nada a fazer. Não havia possibilidade de projetar a raiva num barco vazio."
Então Lin Chi continuou: "Eu fechei os olhos. A raiva estava ali. Mas não sabia como extravasar. Eu fechei os olhos simplesmente e flutuei de volta com a raiva. E esse barco vazio tornou-se a minha descoberta. Eu atingi um ponto dentro de mim naquela noite silenciosa. Esse barco vazio foi meu mestre. E, se agora alguém vem me insultar, eu rio e digo: 'Esse barco também está vazio'. Fecho os olhos e mergulho dentro de mim".

segunda-feira, 11 de julho de 2011

RECANTO DE LUZ



Quantas pessoas caminham desoladas e sós...
Andam, e sentem que seus passos as conduzem a lugar nenhum...
Perderam, há muito, o endereço da esperança...
Várias se debatem nas trevas da desilusão, do abandono, da desdita...
Sucedem-se os dias, as horas dobram-se umas sobre as outras, e os minutos passam como se trouxessem consigo uma soma cada vez maior de dissabores...
A vida lhe parece um eterno anoitecer, uma escuridão perpétua.
Milhares de criaturas estão à beira de um colapso nervoso.
Muitos corações estão quase sufocados de angústia, de saudade, de desespero, debruçados no passado, em busca de memórias perdidas.
Diante desse quadro, nós podemos ser um recanto de luz, convidando as criaturas a suave reconforto.
Podemos cultivar na intimidade um jardim de flores e luzes, a espalhar bênçãos de esperança.
Podemos ser a madrugada ridente, que traz consigo a melodia dos pássaros, anunciando o alvorecer.
Podemos ser o amanhecer daqueles que se debatem na escuridão, trazendo os primeiros raios de sol que vencem as trevas, irradiando claridade e conforto.
Podemos emitir uma frase de otimismo ou apenas uma palavra de fé que lhes restaure a confiança no futuro...
Incentivar-lhes a coragem de modo a que o desalento não se transforme em moléstia destruidora.
Ou então, estender a ponte do diálogo amigo, capaz de induzir ao reequilíbrio e à serenidade.
Sejamos um recanto tranqüilo. Mas para isso é preciso que o cultivemos portas adentro do coração.
É preciso que semeemos flores de compreensão, de afabilidade e doçura.
É tão triste caminhar na solidão! Mais triste ainda é ter como companhia a desesperança.
Vençamos, em definitivo, a indiferença, derrubando as muralhas do orgulho que nos impedem de vislumbrar as necessidades dos que caminham ao nosso lado.
Sejamos um recanto de luz, de paz, de esperança!
Agindo assim, sentiremos suave felicidade a invadir-nos a alma, penetrando-nos o coração e aliviando nossas carências e dores.
Na medida em que nos fazemos úteis a alguém, recebemos as bênçãos de que tanto precisamos. Esquecemos os pés feridos nos espinhos do caminho e sentimos nossas forças ampliadas.
Auxiliando-nos uns aos outros conseguiremos alcançar o topo da montanha escarpada de onde poderemos vislumbrar a ampla planície coberta de relva e flores, como prêmio pelos esforços realizados.
Não há noite que perdure para sempre.
O ponto mais alto da escuridão é também o início da madrugada que traz consigo a claridade, vencendo as trevas.
As nuvens, por mais densas que pareçam, são efêmeras e passageiras, mas o sol é perene.


Texto enviado por Roy Lacerda do blog MomentoBrasil e foi aqui postado por ser pertinente à proposta do Arca.

domingo, 10 de julho de 2011

A VIDA ENSINA



Se você pensa que sabe; que a vida lhe mostre o quanto não sabe.
Se você é muito simpático, mas leva meia hora para concluir seu pensamento; que a vida lhe ensine que explica melhor o seu problema, aquele que começa pelo fim.
Se você faz exames demais; que a vida lhe ensine que doença é como esposa ciumenta: se procurar demais, acaba achando.
Se você pensa que os outros é que sempre são isso ou aquilo; que a vida lhe ensine a olhar mais para você mesmo.
Se você pensa que viver é horizontal, unitário, definido, monobloco; que a vida lhe ensine a aceitar o conflito como condição lúdica da existência.
Tanto mais lúdica quanto mais complexa.
Tanto mais complexa quanto mais consciente.
Tanto mais consciente quanto mais difícil.
Tanto mais difícil quanto mais grandiosa.
Se você pensa que disponibilidade com paz não é felicidade; que a vida lhe ensine a aproveitar os raros momentos em que ela (a paz) surge.
Que a vida ensine a cada menino a seguir o cristal que leva dentro, sua bússola existencial não revelada, sua percepção não verbalizável das coisas, sua capacidade de prosseguir com o que lhe é peculiar e próprio, por mais que pareçam úteis e eficazes as coisas que a ele, no fundo, não soam como tais, embora façam aparente sentido e se apresentem tão sedutoras quanto enganosas.
Que a vida nos ensine, a todos, a nunca dizer as verdades na hora da raiva.
Que desta aproveitemos apenas a forma direta e lúcida pela qual as verdades se nos revelam por seu intermédio; mas para dizê-las depois.
Que a vida ensine que tão ou mais difícil do que ter razão, é saber tê-la.
Que aquele garoto que não come, coma.
Que aquele que mata, não mate.
Que aquela timidez do pobre passe.
Que a moça esforçada se forme.
Que o jovem jovie.
Que o velho velhe.
Que a moça moce.
Que a luz luza.
Que a paz paze.
Que o som soe.
Que a mãe manhe.
Que o pai paie.
Que o sol sole.
Que o filho filhe.
Que a árvore arvore.
Que o ninho aninhe.
Que o mar mare.
Que a cor core.
Que o abraço abrace.
Que o perdão perdoe.
Que tudo vire verbo e verbe.
Verde. Como a esperança.
Pois, do jeito que o mundo vai, dá vontade de apagar e começar tudo de novo.
A vida é substantiva, nós é que somos adjetivos.

sábado, 9 de julho de 2011

A VIDA É BELA



A cada dia, o sol ilumina um mundo novo.
Aquilo que chamamos rotina está repleto de novas propostas e oportunidades.
Hoje, em algum lugar, um tesouro o espera.
Pode ser um pequeno sorriso, pode ser uma grande conquista - não importa.
A vida é feita de pequenos e grandes milagres.
Ela está sempre nos testando, nos oferecendo combates que nos educam e glorificam.
Descubra a alegria de ser uma surpresa para você mesmo.
Afinal, a melhor maneira de servir a Deus é indo ao encontro de seus próprios sonhos.
Só quem é feliz pode espalhar felicidade.
Se sua asa quebrou, amarre-a ao seu corpo e arraste-a ao seu destino.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

AMO



Amo os campos verdejantes mesclados com as cores das mil e uma flores que a natureza semeou!
Amo o capim molhado que a noite enserenou.
Amo o rio de águas cantantes, amo a cascata murmurante véu de espuma que de cima despencou.
Amo o mistério das matas com os matizes do verde que Deus lhe ofertou.
Amo o ruído do vento que, balança os verdes ramos, num aceno de despedida a algo que além ficou.
Amo a chuva que despenca pra banhar a natureza, retirar as impurezas que a poluição deixou.
Amo o brilho do sol, amo as estrelas e a lua, amo o azul do céu, amo o verde do mar.
Amo as claras manhãs, amo as tardes ensolaradas.
Amo os ruídos da noite e o silêncio das madrugadas.
Amo o mundo, amo a vida porque viver é sonhar.
Amo tudo que da vida recebi.
Amo até mesmo a saudade, que traz de volta à memória um tempo que já vivi.

E amo você, Roy Lacerda.
Texto enviado por Roy Lacerda do blog MomentoBrasil e foi aqui postado por ser pertinente à proposta do Arca.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A URGÊNCIA DE VIVER



"O que você fez HOJE é muito importante, porque você está trocando um dia de sua vida por isso."
Esperamos demais para fazer o que precisa ser feito, num mundo que só nos dá um dia de cada vez, sem nenhuma garantia do amanhã.
Enquanto lamentamos que a vida é curta, agimos como se tivéssemos à nossa disposição um estoque inesgotável de tempo.
Esperamos demais para dizer as palavras de perdão que devem ser ditas; para pôr de lado os rancores que devem ser expulsos; para expressar gratidão; para dar ânimo; para oferecer consolo.
Esperamos demais para sermos generosos, deixando que a demora diminuia a alegria de dar espontaneamente.
Esperamos demais para sermos pais de nossos filhos pequenos, esquecendo quão curto é o tempo em que eles são pequenos, quão depressa a vida os faz crescer e ir embora.
Esperamos demais para dar carinho aos nossos pais, irmãos e amigos.
Quem sabe quão logo será tarde demais?
Esperamos demais para ler os livros, ouvir as músicas, ver os quadros que estão esperando para alargar nossa mente, enriquecer nosso espírito e expandir nossa alma.
Esperamos demais para enunciar as preces que estão esperando para atravessar nossos lábios, para executar as tarefas que estão esperando para serem cumpridas, para demonstrar o amor que talvez não seja mais necessário amanhã.
Esperamos demais nos bastidores, quando a vida tem um papel para desempenhar no palco.
Deus também está esperando nós pararmos de esperar.
Esperando que comecemos a fazer agora tudo aquilo para o qual este dia e esta vida nos foram dados.
É hora de VIVER!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A SUPERFÍCIE DO LAGO



E o lago era de uma beleza sem par. Suas águas aos raios do sol ou ao clarão do luar, brilhavam e, ao toque suave da brisa, se movimentavam com tanta cadência, obrigando aquele que por ali passasse, a parar, extasiado, ante tanta grandiosidade.
Mas a tempestade se avizinha, um tufão assustador remove tudo por onde passa e das montanhas rolam pedras que, num barulho ensurdecedor, caem ao fundo desse lago. Então ficamos decepcionados com a sua transformação. À penetração violenta de corpos estranhos e ao açoite do vento, aquelas águas cristalinas, brilhantes, convidando-nos a que nelas nos refletíssemos, transformaram-se num amontoado de detritos e lama, vindo à tona o que se ocultava no seu fundo. Dormitavam essas águas tão maravilhosas, sobre um leito de imundícies. Mas a sua superfície era tão bela, tão magnífica...
Que desencanto!...
Assim como esse lago são muitas criaturas; de aparência tão cativante, belas, cultas, serenas, enfim, levando consigo todos os dotes capazes de atrair todos que passarem no seu caminho. Sua fineza, seu requinte convidam a que delas nos acerquemos para desfrutar de sua companhia tão agradável...
Mas, algo acontece que as desgostam, uma nuvem mais escura ensombra o seu céu azul. São convidadas pela vida a uma experiência difícil, então aquela mesma desilusão que tivemos com a transformação do lago, teremos diante de sua reação. Aquele verniz de educação, aquela bondade estampada na sua fisionomia, aquela serenidade se diluem e vemos os desmandos dessas almas, ainda tão superficiais.
Mas assim como um lago pode ser dragado e suas águas ficarem limpas e transparentes desde a sua superfície até o seu leito, assim essas almas poderão, se o desejarem, também se deixarem dragar para que sua presença não seja apenas agradável e bela por fora, mas que o seu interior, seja igualmente límpido e capaz de, mesmo atingido pelas tempestades das circunstâncias da vida, permanecerem serenas.
A beleza física, os dotes intelectuais são acessórios agradáveis, mas não indispensáveis. A verdadeira beleza, aquela que não fenece com o tempo e deixa sempre o suave aroma de sua passagem, é a da alma que se libertou das ilusões do mundo, conservando a serenidade das águas tranquilas de um lago, exterior e sobretudo, interiormente.
Enviado por Jorge do blog
Nectan Reflexões

terça-feira, 5 de julho de 2011

SÓ O RISO, O AMOR E O PRAZER, MERECEM REVANCHE



O resto, mais que perda de tempo, é perda de vida... Nesta época, gosto de tratar da vida. Dou a roupa que não uso mais. Livros que não pretendo reler. Envio caixas para bibliotecas. Ou abandono um volume em um shopping ou café, com uma mensagem: "Leia e passe para frente!". Tento avaliar meus atos através de uma perspectiva maior. Penso na história dos Três Porquinhos. Cada um construiu sua casa. Duas, o Lobo derrubou facilmente. Mas a terceira resistiu porque era sólida. Em minha opinião, contos infantis possuem grande sabedoria, além da história propriamente dita. Gosto desse especialmente. Imagino que a vida de cada um seja semelhante a uma casa. Frágil ou sólida, depende de como é construída. Muita gente se aproxima de mim e diz: – Eu tenho um sonho, quero torná-lo realidade! Estremeço. Freqüentemente, o sonho é bonito, tanto como uma casa bem pintada. Mas sem alicerces. As paredes racham, a casa cai repentinamente, e a pessoa fica só com entulho. Lamenta-se. Na minha área profissional, isso é muito comum. Diariamente sou procurado por alguém que sonha em ser ator ou atriz sem nunca ter estudado ou feito teatro. Como é possível jogar todas as fichas em uma profissão que nem se conhece? Há quem largue tudo por uma paixão. Um amigo abandonou mulher e filho recém-nascido. A nova paixão durou até a noite na qual, no apartamento do 10º andar, a moça afirmou que podia voar. – Deixa de brincadeira – ele respondeu. – Eu sei voar, sim! – rebateu ela. Abriu os braços, pronta para saltar da janela. Ele a segurou. Gritou por socorro. Quase despencaram. Foi viver sozinho com um gato, lembrando-se dos bons tempos da vida doméstica, do filho, da harmonia perdida! Algumas pessoas se preocupam só com os alicerces. Dedicam-se à vida material. Quando venta, não têm paredes para se proteger. Outras não colocam portas. Qualquer um entra na vida delas. Tenho um amigo que não sabe dizer não (a palavra não é tão mágica quanto uma porta blindada). Empresta seu dinheiro e nunca recebe. Namora mulheres problemáticas. Vive cercado de pessoas que sugam suas energias como autênticos vampiros emocionais. Outro dia lhe perguntei: – Por que deixa tanta gente ruim se aproximar de você? Garante que no próximo ano será diferente. Nada mudará enquanto não consertar a casa de sua vida. São comuns as pessoas que não pensam no telhado. Vivem como se os dias de tempestade jamais chegassem. Quando chove, a casa delas se alaga. Ao contrário das que só cuidam dos alicerces, não se preocupam com o dia de amanhã. Certa vez uma amiga conseguiu vender um terreno valioso recebido em herança. Comentei: – Agora você pode comprar um apartamento para morar. Preferiu alugar uma mansão. Mobiliou. Durante meses morou como uma rainha. Quase um ano depois, já não tinha dinheiro para botar um bife na mesa! Aproveito as festas de fim de ano para examinar a casa que construí. Alguma parede rachou porque tomei uma atitude contra meus princípios? Deixei alguma telha quebrada? Há um assunto pendente me incomodando como uma goteira? Minha porta tem uma chave para ser bem fechada quando preciso, mas também para ser aberta quando vierem as pessoas que amo? É um bom momento para decidir o que consertar. Para mudar alguma coisa e tornar a casa mais agradável. Sou envolvido por um sentimento muito especial. Ao longo dos anos, cada pessoa constrói sua casa. O bom é que sempre se pode reformar, arrumar, decorar! E na eterna oportunidade de recomeçar reside a grande beleza de ser o arquiteto da própria vida! Enviado por Jorge do blog Nectan Reflexões e foi aqui postado por ser pertinente à proposta do Arca.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

NÃO TE RENDAS



Ainda estás a tempo de alcançar e começar de novo, aceitar as tuas sombras, enterrar os teus medos, largar o lastro, retomar o vôo.
Não te rendas que a vida é isso, continuar a viagem, perseguir os teus sonhos, destravar os tempos, arrumar os escombros, e destapar o céu.
Não te rendas, por favor, não cedas, ainda que o frio queime, ainda que o medo morda, ainda que o sol se esconda, e se cale o vento: ainda há fogo na tua alma, ainda existe vida nos teus sonhos.
Porque a vida é tua, e teu é também o desejo, porque o quiseste e Deus te ama, porque existe o amor, porque não existem feridas que o tempo não cure.
Abrir as portas, tirar os ferrolhos, abandonar as muralhas que te protegeram, viver a vida e aceitar o desafio, recuperar o riso, ensaiar um canto, baixar a guarda e estender as mãos, abrir as asas e tentar de novo celebrar a vida e relançar-se no infinito.
Não te rendas, por favor, não cedas: mesmo que o frio queime, mesmo que o medo morda, mesmo que o sol se ponha e se cale o vento, ainda há fogo na tua alma, ainda existe vida nos teus sonhos.
Porque cada dia é um novo início, porque esta é a hora e o melhor momento.
Porque não estás só, por que Deus te ama.
Texto enviado por Roy Lacerda do blog MomentoBrasil e foi aqui postado por ser pertinente à proposta do Arca.

domingo, 3 de julho de 2011

PENSAMENTOS



Tenha cuidado com teus pensamentos; podem se tornar palavras.
O começo é a metade de toda ação.
Cuidado com tuas palavras; podem se tornar atos.
Cuidado com teus atos; podem se tornar hábitos.
Cuidado com teus hábitos; eles formarão o seu caráter.
Cuida de teu caráter, dele depende teu destino, tua vida.
A vida é um jardim. Na vida, tudo o que semeares, irás colher. Asim escolha boas sementes e lembre de regá-las, e com certeza terás as flores mais belas.
Cada ato, palavra, sorriso ou olhar, é uma semente. Faça com que tuas sementes caiam em covas abertas nos corações dos homens e cuide para que germinem.
Cuide para que seja como o trigo, que alimenta as pessoas, e não produzem espinhos e ervas daninhas que tornam as almas estéreis.
Muitas vezes semearás na dor, mas esta semeadura trará frutos de alegria. Algumas vezes semearás chorando, mas, quem sabe se tua semente não necessita ser regada por tuas lágrimas para que germinem?
Não tome as tormentas como castigo. Pense que os ventos fortes fazem com que as raízes se tornem mais profundas, para que a roseira suporte melhor o que virá. E, quando tuas folhas cairem, não te lamentes; serão teu próprio adubo, para que vicejas e tenhas flores novas.
Cada ato, cada palavra, cada sorriso, cada olhar é uma semente. Procure sempre: uma semente de amor.
Somos o fruto do que pensamos e sentimos. Assim, muito do que nos ocorre em nossa vida cotidiana, tem influência direta de nossa própria força interior.
O antídoto contra a má sorte, está em cada pessoa, em sua forma de ser e de viver, na maneira como canaliza as energias que estão dentro de si mesmo, e sobretudo, na forma como trasmite essas energias para as pessoas que estão à sua volta.
Se afirmamos permanentemente e com absoluta fé, coisas positivas, isto será o que teremos para a nossa saúde, trabalho, família, amigos, e tudo quanto com bons propósitos queiramos que Deus nos conceda.
O poder da fé que depositamos em tudo quanto pedimos será determinante na hora de receber suas graças e bençãos.
Viva hoje, esqueça o que passou.

sábado, 2 de julho de 2011

UM DIA VAI ACONTECER



Um dia vai acontecer,
não sei quando
e nem é importante,
mas não quero que esse momento
seja disforme sem sintonia,
meu corpo vai estar gélido
e de olhos fechados
vou divisar a eternidade,
vou ver mais além
do que em vida vi
mas gostava,
sim, gostava muito
que quando o cordão de prata
os céus cortarem
e a minha alma se libertar
o corpo inerte tenha ajudado
pela sintonia do amor
a elevar a essência do Ser.
Poema de Luna do blog “As Três Pirâmides", a quem agradeço a autorização para essa publicação.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A ÁRVORE GENEROSA


A gratidão é uma rara virtude. É comum as pessoas guardarem mágoas por muitos anos de coisas desagradáveis que vivenciaram. Mas se esquecem, com rapidez, das dádivas que lhes foram ofertadas, ao longo da vida. Isso nos recorda de uma história simples e fantasiosa, que chegou a ser tema de um filme de curta-metragem, chamado “A árvore generosa”.
É a história de uma árvore que se apaixona por um garoto. Moleque, ele se balançava nos seus galhos. Colocou um balanço e imaginava voar, balançando-se sempre mais alto, mais alto. Subia nela, até o topo, para ver à distância, imaginando que a árvore era um navio e ele estava em alto mar, à busca de terras a serem descobertas. Na temporada das frutas, ele se servia das maçãs, deliciando-se com elas. Cansado, dormia à sua sombra. Eram dias felizes e sem preocupações. A árvore gostava muito dessa época. O menino cresceu e se tornou um rapaz. Agora, por mais que a árvore o convidasse para brincar, ele não ouvia. Seu interesse era angariar dinheiro, muito dinheiro. A árvore generosa lhe disse um dia: - Apanhe minhas maçãs e as venda. O jovem aceitou a sugestão e a árvore ficou feliz. Por um longo tempo, ela não o viu. Ele se transferiu para outros lugares, viajou, angariou fama e fortuna. Quando ela o viu, outra vez, sorriu feliz e o convidou para brincar. Contudo, ele agora era um homem maduro. Estava cansado do mundo. Preocupações lhe enrugavam a testa. Tantos eram os problemas que nem ouviu o coração da árvore bater mais forte quando ele se encostou, de corpo inteiro, à sua sombra, para pensar. Queria sumir, desaparecer, desejando em verdade fugir dos problemas. A árvore generosa lhe sussurrou aos ouvidos e agora ele ouviu: - Derrube-me ao chão, pegue me tronco e faça um barco para você. Faça uma viagem, navegando nele. Ele aceitou a sugestão e a árvore tornou a se sentir feliz. Muitos anos se passaram. Verões de intenso calor, primaveras de flores, invernos de ventos e noites solitárias. Finalmente, o homem retornou. Estava velho e cansado demais para brincar, para sair em busca de riqueza ou para navegar pelos mares. A árvore lhe sugeriu: - Amigo, fui cortada, já não tenho sombra. Sou somente um toco. Que tal sentar e descansar? O velho aceitou a sugestão e a árvore ficou feliz.
Fazendo uma retrospectiva de nossas vidas, comparando-as com a da árvore e do menino, é possível que nos identifiquemos em alguns pontos. Quantas árvores generosas tivemos na vida? Quantas nos deram parte delas para que crescêssemos e pudéssemos alcançar nossos objetivos? Se as fôssemos enumerar todas, talvez não coubessem seus nomes em uma só folha de papel: pais, amigos, irmãos, vizinhos, colegas. Por isso, essa é uma homenagem de gratidão a todas as árvores generosas dos nossos caminhos. A todos os que foram sustento, abrigo, aconchego, fortaleza. Obrigado, amigos. Obrigado, Senhor da Vida.
Texto enviado por Roy Lacerda do blog MomentoBrasil e foi aqui postado por ser pertinente à proposta do Arca.