Ao ver Jerusalém desolada, Jesus chorou.
Ele poderia não ter se importado, ter olhado para outros lados. Mas Ele olhou,
se importou, chorou...
A desolação, a maldade, crueldade,
incredulidade, não podem deixar ninguém indiferente.
Com a velocidade com que as coisas
caminham, eu pensei já ter visto tudo. Mas ainda coisas acontecem que arrancam
meu coração do peito.
O desrespeito à vida tem tomado o lugar
do amor e tem enchido o mundo de trevas, dessas mesmas que tentamos tanto
fugir.
Poderíamos fazer como se nada tivesse
acontecido. Poderíamos, como se diz a boa regra, pensar apenas nas coisas boas
da vida. Mas isso não vai acalmar a dor das famílias ceifadas de um ente
querido.
Fechar os olhos e o coração não vai
resolver problemas, não vai acabar com a violência, não vai diminuir o mal e
nem impedi-lo de atingir um dos nossos.
Ignorar a dor alheia é endurecer o
coração. É se dar a si a falsa ideia de que tudo vai bem, quando na verdade há
corações despedaçados e que poderiam perfeitamente ser nossos. Não gostaríamos
que ignorassem nosso sofrimento e muitos carregando a mesma cruz a tornam mais
leve.
Se nos calamos, nos expomos, nos
despreparamos, tornamo-nos vulneráveis e acessíveis.
Sobretudo, se nos calamos,
aceitamos o horror do irreparável, do absurdo. Se nos calamos, acatamos. E não
temos esse direito... não podemos ter esse direito.
Uma só pessoa pode não fazer muito, mas
uma nação inteira pode fazer alguma coisa, se cada qual toma sua parte de
responsabilidade.
Não podemos devolver vidas, nem apagar
acontecidos. Podemos, porém, tentar impedir que outras coisas aconteçam.
Podemos continuar humanos, unidos na dor, mas, principalmente, unidos no amor.
Uma vela sozinha pode não acabar com a
escuridão, mas milhões de velas acesas podem iluminar qualquer noite de lua
minguante.
Um comentário:
Boa noite Maria José, como seria bom, se isso acontecesse, se todos fossemos solidários e nos uníssemos para o bem de todos...
Como seria bom ....
Texto para reflexão e compreensão de que só unidos venceremos. Obrigada, abraços carinhosos
Maria Teresa
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