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quarta-feira, 19 de março de 2014

O PAVÃO


Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.
Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.

5 comentários:

Jossara Bes disse...

Belo texto!
"Beleza sem pretensão"!
Felicidades para você!
Beijos!

Rô... disse...

oi minha amiga,

a verdadeira beleza está realmente em enxergar o amor com os olhos da simplicidade...
lindo texto!!!

beijinhos

Bell disse...

Como a natureza é sábia hein?
O pavão é belissimo, e eu pensava que o colorido das penas era dele mesmo.

bjokas =)

Anônimo disse...

Que texto lindo,Rubem Braga é demais.
É uma pensar....
Bjs

Guaraciaba Perides disse...

Oi, Maria José...linda mensagem...informação interessante e conclusão maravilhosamente romântica.
Um abraço