“Quem quer a eternidade, olha o céu.
Quem quer o momento, olha a nuvem.” (Mia Couto)
No imenso
vazio cósmico, um minúsculo ponto azul a flutuar. E neste pequenino planeta, de
proporções insignificantes diante da vastidão do universo, a matéria fez-se
vida. E a vida ganhou consciência na forma humana.
Na sua
jornada terrena, os seres humanos se dividem basicamente em duas categorias: De
um lado, temos aqueles que vivem as suas vidas em duas dimensões. Vivem em duas
dimensões aqueles que sustentam que a experiência humana se resume ao nosso
corpo físico e à nossa consciência. Vive em duas dimensões aquele que acredita
que uma vez finda a jornada terrena, finda também o nosso existir.
Por sua
vez, existem aqueles que acolhem uma existência constituída de três dimensões.
Além do corpo e da mente, sustentam que somos constituídos por um componente
sutil, imaterial, etéreo.
Vivencia a
terceira dimensão do existir aquele dotado de olhos e ouvidos abertos à
transcendência. Os que têm fome de pão, de beleza, e de verdade.
Viver
talvez se resuma a isso: Escolher entre a bidimensionalidade ou a
tridimensionalidade. Uma escolha diária, pessoal e intransferível.
Os cuidados
com o corpo e a mente. Os cuidados com a alma, adicionalmente.
O que
significa cuidar do corpo, da mente, e da alma?
Como
podemos buscar a plenitude da experiência humana?
Eu, meu.
Egoísmo, e exacerbada individualidade.
Nós, nosso.
Reconhecimento da nossa origem única, e intrínseca fraternidade.
Viver é uma
singular oportunidade de despertar, de acordar aquilo que se encontra em
silêncio, adormecido, inerte.
Como
extrair o sublime da vida banal e ordinária? Como captar, nos detalhes
corriqueiros da rotina, a respiração e o fluxo vital da existência?
Permanecer
desperto para a inestimável oportunidade que esta jornada terrena nos oferece
de darmos um passo a mais para além do nosso conhecido, um passo iniciático a
nos conduzir para o nosso mistério, a nossa plenitude.
Ser fiel ao
mistério. De onde viemos, onde estão nossas raízes familiares, étnicas,
nacionais, culturais, espirituais?
Recordar
que esta vida terrena é uma aliança entre o relógio & o invisível, entre o
palpável & o inominável.
“É o sonho que confere sentido à vida.
O sonho é a parte mais decisiva da vida. Somos todos feitos dos materiais dos
sonhos pessoais e coletivos.” (Leonardo Boff)
“Ó Filho do Amor! Estás apenas um
passo distante das gloriosas alturas do além e da árvore celestial do amor. Que
dês esse passo e, com o próximo, avances para o reino imortal...” (Bahá’u’lláh)
2 comentários:
Querida amiga acho que é normal sentirmos este desanimo também ando assim, devagar quase parando....sem vontade de nada!
Viver com este aperto não é fácil, tenho trabalho bastante
Para não pensar muito, enfim um dia por vez,...
Beijo te cuida saudadessss Lisette.
Bom dia amiga! Que tudo esteja bém e permaneça bém com vc. Estou sem palavras diante da grandiosidade de desse texto! Tanto temos para aprender... belissimo Maria!! Na minha pequenes vejo tanta sabedoria e o caminho para que saibamos que não estamos sós e o caminho é o renascimento para Deus. Obrigada pelo carinho em partilhar! Um feliz fim de semana. Que a paz esteja sempre com vc!! Bjos.
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