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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

ALÉM DA MORTE



Cumprida mais uma jornada na terra, seguem os espíritos para a pátria espiritual, conduzindo a bagagem dos feitos acumulados em suas existências físicas.
Aportam no plano espiritual, nem anjos, nem demônios.
São homens, almas em aprendizagem despojadas da carne.
São os mesmos homens que eram antes da morte.
A desencarnação não lhes modifica hábitos, nem costumes.
Não lhes outorga títulos, nem conquistas.
Não lhes retira méritos, nem realizações.
Cada um se apresenta após a morte como sempre viveu.
Não ocorre nenhum milagre de transformação para aqueles que atingem o grande porto.
Raros são aqueles que despertam com a consciência livre, após a inevitável travessia.
A grande maioria, vinculada de forma intensa às sensações da matéria, demora-se, infeliz, ignorando a nova realidade.
Muitos agem como turistas confusos em visita à grande cidade, buscando incessantemente endereços que não conseguem localizar.
Sentem a alma visitada por aflições e remorsos, receios e ansiedades.
Se refletissem um pouco perceberiam que a vida prossegue sem grandes modificações.
Os escravos do prazer prosseguem inquietos.
Os servos do ódio demoram-se em aflição.
Os companheiros da ilusão permanecem enganados.
Os aficionados da mentira dementam-se sob imagens desordenadas.
Os amigos da ignorância continuam perturbados.
Além disso, a maior parte dos seres não é capaz de perceber o apoio dispensado pelos espíritos superiores.
Sim, porque mesmo os seres mais infelizes e voltados ao mal não são esquecidos ou abandonados pelo auxílio divino.
Em toda parte e sem cessar, amigos espirituais amparam todos os seus irmãos, refletindo a paternal providência divina.
Morrer, longe de ser o descansar nas mansões celestes ou o expurgar sem remissão nas zonas infelizes, é, pura e simplesmente, recomeçar a viver.
A morte a todos aguarda.
Preparar-se para tal acontecimento é tarefa inadiável.
Apenas as almas esclarecidas e experimentadas na batalha redentora serão capazes de transpor a barreira do túmulo e caminhar em liberdade.
A reencarnação é uma bendita oportunidade de evolução.
A matéria em que nos encontramos imersos, por ora, é abençoado campo de luta e de aprimoramento pessoal.
Cada dia de que dispomos na carne é nova chance de recomeço.
Tal benefício deve ser aproveitado para aquisição dos verdadeiros valores que resistem à própria morte.
Na contabilidade divina a soma de ações nobres anula a coletânea equivalente de atos indignos.
Todo amor dedicado ao próximo, em serviço educativo à humanidade, é degrau de ascensão.
Quando o véu da morte fechar os nossos olhos nesta existência, continuaremos vivendo, em outro plano e em condições diversas.
Estaremos, no entanto, imbuídos dos mesmos defeitos e das mesmas qualidades que nos movimentavam antes do transe da morte.
A adaptação a essa nova realidade dependerá da forma como nos tivermos preparado para ela.
Semeamos a partir de hoje a colheita de venturas, ou de desdita, do amanhã.

Enviado por Roy Lacerda do blog MomentoBrasil (
http://momentobrasilcom.blogspot.com/)

16 comentários:

Amélia Ribeiro disse...

Olá Maria José,

é lindo o texto e faz-nos reflectir... há que semear para colher...

Um beijo e boa semana.

She disse...

Sensacional Maria, muito bom mesmo, principalmente para os que acreditam, como eu aqui... ;)
Beijo, beijo!
She

Bloguinho da Zizi disse...

Maria José, penso muito nisso, nessa passagem, pois é um momento certo para todos nós.
Mas enquanto não vem, façamos o nosso melhor, não só pelos outros, senão por nós mesmos, para o nosso crescimento.
Beijinho

Anônimo disse...

MARIA JOSÉ: Mais uma vez atrevo-me a complementar esta postagem. A irmã Otília Gonçaves, foi a responsavel durante 49 anos pelo orfanto e creche da "Mansão do Caminho", centro espírita mantido pelo irmão Divaldo Franco". Msm conhecendo a doutrina espirita como poucos, na hora do densencarne, revoltou-se. E isto custou-lhe cerca de 14 dias, presa ao túmulo, vendo o corpo decompor-se. Após mt choro, arrependeu-se verdadeiramente e foi qdo viu sua guardiã a lhe estendder os braços e leva-la para a colonia de refazimento.(o que relato, consta do livro escrito pela msm intitulado "Alem da Vida". Creio assim ter ajudado aos leitores do Arca. ok, AMOR de MINHA VIDA. Bjs.

Kelly Kobor Dias disse...

As vezes desanimo já planto há um bom tempo, quando será que chega a colheita???? Minha sobrinha me disse essa frase na véspera da sua morte, e me marcou muito. beijos

José Gonçalves disse...

Olá Maria José Rezende,

Uma abordagem da Morte sob um ponto de vista diferente, na primeira pessoa, algo confuso, algo difícil de entender, difícil de aceitar.

Mas a Morte está lá, presente em nossas Vidas a cada instante, consequência de cada gesto entretanto praticado.

Costumo dizer, com alguma convicção, que a Morte é a única certeza que temos ao Nascer.

Podemos escolher certos Caminhos e certas Atitudes, podemos Viver Felizes ou Infelizes, mas não podemos escolher a Morte porque esta faz parte integrante da Vida!

Estaria aqui...

Belo tema para Reflexão!

Um abraço e até sempre,

José Gonçalves

.... disse...

Olá! Ótimo texto para fazer uma reflexão mais complexa.

Abraço cheio de mimo!

http://mariasimagempessoal.blogspot.com/

José Sousa disse...

Olá querida amiga Maria José!
Belo tema para reflectir! Gostei.
Fico te esperando lá nos meus cantos.

Clica lá em meu perfil e logo encontrarás todos os meus blogues!

Um grande bjo.

Fernando Santos (Chana) disse...

Belo texto...Espectacular....
Cumprimentos

Anônimo disse...

Em sua exemplaridade para a Igreja, Maria é plenamente a Virgem do Advento na dupla dimensão que a liturgia tem sempre em sua memória: presença e exemplaridade. Presença litúrgica na palavra e na oração, para uma memória grata dAquela que transformou a espera em presença, a promessa em dom. Memória de exemplaridade para uma Igreja que quer viver como Maria a nova presença de Cristo, com o Advento e o Natal no mundo de hoje.

Anônimo disse...

Olá querida.
Excelente mensagem, realmente levamos para a Espiritualidade na hora do desencarne, todas as impressões que cultivamos aqui em vida.
Principalmente os minutos finais...
Um grande beijo em seu coração!
Lú.

Anônimo disse...

P.S.=Quando falei Espiritualidade, na verdade é mundo espiritual.

Carla Reichert disse...

Belo texto!!!
É hora de pensar o que estamos fazendo realmente em terra, no chão firme. Mas fazer tudo de coração e não com a intenção de somente nosso próprio benefício, Deus conhece nossas intenções. Cada um saberá quando chegar ao encontro Dele.

bjs querida!!!!!

ValériaC disse...

É minha querida...grande verdade esta aí... muda-se de plano, mas ainda cada um será o mesmo, com as qualidades e defeitos e que necessária se faz a continuidade da evolução...
Beijinhos
Valéria

Teresa Cristina disse...

Oiee....é a vida além da vida....lindo!!
bjs

Cadinho RoCo disse...

Pela fé cristã tenho visão outra da vida e, por consequência, da morte.
Cadinho RoCo