Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados naquele amor, que não conseguimos ver uma luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida...
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega.
Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a 'dor-de-cotovelo' propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra.
A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate, de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente...
E só então a gente poderá amar, de novo.
16 comentários:
Lindo texto!!!!
adorei Beijossss
A mais pura verdade!
Lindo texto!
Boa noite!
Querida amiga.
Nada a acrescentar a não ser os nossos
sentimentos.
O outro que parte leva tanto de nós.
Sonhos, desejos, inspirações...
Por isso partidas doem tanto,
e ficam para sempre registradas
no livro das nossas vidas.
Que o amor tome conta de ti.
Gosto de tudo que ela escreve.Por isso temos que ficar consciêntes que o amor é nosso. Nos pertence.Adorei! Montão de bjs e abraços
Seu texto já disse tudo.
beijooo.
Maria José.
Por isso o tempo é muito importante. Cura ou cicatriza qualquer ferida.
E o tempo também depende da nossa vontade para ser mais curto ou mais longo o sofrimento.
Meu Anjo, deixo um beijo em teu coração,
Jorge
Puxa, Maria José!!! Que coisa linda!!! Adoro a Martha, também... Ela mora pertinho da minha casa, aqui em Porto Alegre, e é comum vê-la passeando em uma praça próxima daqui de casa... Esse texto é de uma profundidade tamanha e dá para o leitor um grau de compreensão imensa sobre as coisas do coração... Mesmo sem você saber, você o publicou para mim, e conseguiu tocar profundamente meu coração...
Que Deus te abençoe, minha amiga, e que Ele continue te iluminando sempre...
Beijos...
Que profundidade!
vc sempre especial com seus textos que insiste em nos alegrar big beijo do gordo
Muito bom esse texto, são dois desapegos que temos que fazer.
beijos
fazendo mal como bem .,mas ele e sempre bom,.,.O Amor
Que texto exuberante. Você consegue traduzir em palavras os sentimentos mais profundos do ser humano.
Olá querida amiga
Não lido bem com despedidas, mas aceito.
Com muito carinho BJS.
Maria José,
Não ficou muito a comentar!
É isso!
Um beijo querida
Queridaaaaaa amei a fotinho nova, vc tá linda!
Bem, amei o texto, mas o que posso dizer é que da última vez que sofri por amor foi tão megadilacerante que qdo percebi que já não o amava mais, foi um alívio...ufa! rs
Beiooooooooooooooooo
Lindo texto... Sempre me encontro aqui! ;D
bjos!
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