Pobre daquele que a
vida resolve brincar com seus sentimentos, traçando rabiscos que fazem cruzar
no seu caminho, pessoas que cruciam seu peito e o faz lacrimar, e se vão como
se para elas tivesse sido apenas um tangenciar. Culpa delas? Não! Mas de alguém
que coloca num peito, um coração “bobo” que, por amor, é capaz de sangrar. E o
pior, é que, quando aquele pensa ter se recomposto, ela, a vida, mais uma vez
rabisca e o faz pensar: agora é o lado a lado, não é mais um cruzar. E assim,
esse “gracejar” da vida vai machucando e fazendo murchar; vai esvaziando o
vigor e ressecando os condutores que fazem brotar a essência naquele que
necessita recomeçar. Em cada acordar da queda, o reconduzir-se é cambaleante;
pois neste ferir-se e cair, se foram pedaços, e para reconstituí-los é preciso
tropeçar em alguém, que seja andarilho da mesma estrada, e que ande no mesmo
sentido do seu caminhar.
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