Quando a vida tirar de ti a razão de ser e
sentir, diga-lhe que já não te surpreende. Que há muito a mesma já não é sua
razão de viver; que ser ou está com o que ela te proporciona, não é atrativo
nem te causa lamento se a mesma tirar o resto que aparenta ter a te oferecer.
Com o amadurecer aprendi que, quando ela, de
forma alheia aos sentimentos, tira de mim quem mais estimo, prezo ou amo, eu,
para sobreviver, reviro e vasculho a fé onde, por falta de fertilidade, achava
ser improdutiva; quando ela, de forma apática, tira de mim meu xodó e
bem-querer, tento compensar me aliando ao tempo para refazer meu caminho. Sei
que vencê-la não posso e ser seu boneco de manipulação, feito um títere, é o
que lhe compraz, mas, mesmo tonto, busco lhe mostrar que enquanto aqui ela me
permitir, vou, aos trampos, tentando sair dos barrancos, os quais me ofertou,
sem me alienar aos seus preceitos, e lhe dizer que sou muito maior que sua
mesquinhez. Que mesmo me fazendo em cacos, serei inteiro e eterno na mente e no
coração daqueles que, ao contrário dela, aprenderam me amar.
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