Que as lágrimas não nos impeçam de nos
lembrar que uma pessoa que chega na nossa vida é um presente que nos foi
oferto.
Há presentes assim valiosos que não
duram muito, quando nossos corações desejariam que durassem eternamente e
ignoramos por que eles se vão quando a vida parece apenas começar.
Mas se nos perdemos nesse mundo de
questões sem respostas, a dor será muito maior que as lembranças de tudo o que
a vida nos permitiu juntos enquanto durou a caminhada na terra.
Se tivéssemos que voltar atrás, teríamos
preferido não ter encontrado, não ter conhecido, somente por que não pudemos
guardá-lo no nosso seio mais tempo?
Não...
O vento passa, mas nos refresca; a chuva
vem e vai, mas sacia a terra. O importante mesmo não é a quantidade de tempo
que as coisas ou pessoas duram, mas a riqueza que elas trazem à nossa alma, o
amor que nos permitimos dar e o que aceitamos receber.
As dores das partidas definitivas são
indizíveis, indefiníveis, mas que elas nunca nos impeçam de nos lembrar da vida
compartilhada.
Que as lágrimas não nos impeçam de
sorrir novamente um dia quando a dor for mais amena e as lembranças felizes
começarem a voltar, como as flores no jardim a cada primavera.
A eternidade existe para que esperemos
por ela, para que tenhamos o consolo de saber que um dia, se o Deus-Pai
permitir, Ele que nos ama de amor infinito, poderemos novamente nos encontrar.
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