Ser poeta é ter a
capacidade de medir a alma humana, não em grandeza, mas em profundidade. É
ter a facilidade de dizer em poesia o que muitos sentem, mas não sabem
exprimir. É viver um pouquinho da vida de cada um, dos sonhos de cada um, das
felicidades e infelicidades de cada um.
Um poeta é um ser
múltiplo, mas solitário muitas vezes. É um ser só repleto de sonhos, dele e dos
outros. Um poeta dói sempre em si mesmo. Ele se desnuda, quando nem todos sabem
compreender a sua nudez e ele se entrega quando nem todos estão preparados para
recebê-lo.
Um poeta inventa
palavras, reinventa a vida. Cria sonhos que nem sempre vive.
Quando ele ama, ama
intensamente; quando sofre, sofre como ninguém. Ele não conhece mais a vida que
outras pessoas, mas talvez caminhe um pouquinho à frente nas adivinhações das
probabilidades dos sonhos, das possíveis dores e lágrimas. E nem por isso para
no meio do caminho... ele avança, vivendo por ele, vivendo pelos outros, com
todos os riscos que isso pode acarretar.
Um poeta é uma alma à
parte. Não melhor, nem pior. À parte, apenas. Ele é a coroa de si mesmo, de
glórias, mas também de espinhos. Ele sangra voluntariamente se a razão é o
amor.
Um poeta é uma multidão
em um único ser.
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