É possível que de todas as parábolas,
seja a mais incompreendida, por que nos vemos sempre no lugar do filho que
ficou, nunca do que partiu.
Como um filho que abandonou tudo e
seguiu sua vida, cometeu seus erros e certamente pagou por eles, pode ser
recebido com festas, como se fosse o rei voltando ao trono?
Não, não poderemos compreender tanto que
nosso coração estiver focalizado na condição humana e nas supostas injustiças
da vida. Não poderemos compreender tanto que nos consideramos como seres
perfeitos, que nunca saíram da linha e nunca necessitaram de braços abertos que
o recebam e o perdão de um coração sincero.
Só a vida nos ensina certas coisas. Só
mais tarde, sendo pais, tendo filhos, diferentes, mas todos descendentes de
igual medida, é que podemos entender que desenvolvemos nosso cuidado segundo a
necessidade de cada filho.
Não é a criança doente que carece de
mais atenção? Não é ao lado dela que passamos a noite toda, verificando se tudo
vai bem? A possibilidade de perder o que quer que seja, nos aproxima dessa
mesma coisa, como uma tentativa de agarrá-la. Sabemos que o filho que dorme no outro
quarto e que vai bem não merece menos atenção e por ele nosso coração pede cada
dia ao Pai para que permaneça assim, que seja guardado das doenças e dos maus
caminhos.
Um filho que escolhe outros caminhos da
vida, não é um filho que se perde. É um filho que seguiu outra estrada. E cada
dia os pais pensam e esperam. E se ele volta, que seja festa sim, que se cante
e que se ria, por que o que estava perdido, finalmente foi achado.
Somos todos, sem exceção possível,
filhos pródigos de Deus. Escolhemos um caminho aqui, retomamos ali, voltamos,
Ele nos acolhe e no dia seguinte partimos de novo. E a cada retorno é uma nova
festa, por que Deus tem os braços abertos e Ele não pergunta por onde andamos e
nem o que fizemos, Ele pensa simplesmente: meu filho amado voltou!
Um comentário:
Muito lindo, amei, porque passei por isso e Deus me abraçou,
nada me perguntou e já me agraciou, eu me arrependi e me
entreguei em Seus Braços.
Obrigada, feliz e abençoada semana, abraços carinhosos
Maria Teresa
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