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quarta-feira, 24 de junho de 2015

O CORDÃO UMBILICAL



Deus é perfeito e faz tudo com perfeição!
Costumo dizer que todas as lições que precisamos aprender para bem viver estão nas coisas simples da vida. É suficiente abrirmos os olhos, quer sejam físicos, quer sejam do coração.
Uma criança está ligada à mãe pelo cordão umbilical em um tempo normal de nove meses. Passado esse período, essa ligação já não é mais benefício, mas, ao contrário, representa um perigo de vida para os dois.
É maravilhoso perceber que Deus estabeleceu um tempo para que um novo ser humano possa começar sua independência.
Há pais que vivem a vida inteira e não se dão conta disso. Eles querem carregar seus filhos nas costas, a fim de evitar sofrimentos e pensam fazer isso por amor. Mas o que é amar?
Amar é saber a hora certa de cortar o cordão umbilical. Fazendo tudo por nossos filhos, nós os sufocamos e os deixamos despreparados para a vida. Nosso medo é que eles sofram. E daí? Quem não sofre? Quem pode evitar esse caminho?
Amar não é correr o tempo todo atrás das nossas crianças para evitar que caiam, mas estar ao lado delas cada vez que caírem para sanar os ferimentos e dar apoio, um abraço, um beijo, uma simples presença.
Deus, que é nosso Pai maior e conhecedor de todas as coisas, também permite que passemos por caminhos difíceis, às vezes mesmo quase insuportáveis e Ele não nos ama menos por isso. Nós damos muito mais valor às coisas que obtemos com dificuldade e o Senhor sabe disso. Mesmo Jesus conheceu a fome, sede, dor e angústia. E Ele é o Filho do Rei, ele é perfeito...
Amar não é construir no lugar dos nossos filhos, é ensiná-los o valor de construir e o prazer de ver o resultado. É ensiná-los que a vida não nos oferece tudo e que na maioria das vezes precisamos lutar para alcançar as coisas, precisamos passar por sacrifícios, nos resignar e aceitar que não somos perfeitos, mas que dentro da nossa imperfeição, podemos dar o melhor de nós.
Não podemos criar nossos filhos numa redoma de vidro, por que não somos eternos e por que isso seria injusto para eles. Crianças superprotegidas serão adultos mancos para a vida toda e correm o risco de sofrer muito mais do que aqueles que cedo aprenderam que não importa se a gente cai e se machuca, a gente se levanta sempre e pode recomeçar cada vez.
Às vezes o maior presente que podemos dar aos nossos filhos é deixar que caminhem sozinhos, que façam suas experiências, que experimentem as lágrimas e o gosto do sal, as decepções das derrotas e o grandioso sabor das vitórias.
Amar é libertar. Mesmo se isso dói em nós...

3 comentários:

Bell disse...

De tanto proteger as vezes os pais prejudicam.

bjokas =)

Ángel-Isidro disse...

Gracia Maria José por tenerte en la relación de mis amigos,
cada día te leo y te veo con admiració y cariño. Un verdadero placer
saludarte, Un abazo.

Ghost e Bindi disse...

Sim, é preciso retirar as couraças protetoras paternas para que os filhos desenvolvam sua própria imunidade contra os problemas do mundo...e criem liames afetivos com as mais variadas pessoas, sem que isso signifique deixarem de amar os pais...
Desejamos um ótimo final de semana!

Bíndi e Ghost