Libertar-se dos seus tiranos mentais é livrar-se das suas reações
negativas, diante de julgamentos alheios desprovidos de amor, bondade e
compaixão.”
Se eu espero compaixão, mas quando chega a vez do outro esperar o mesmo,
eu não sinto a menor compaixão, então, estamos empatados.
Vejamos o tirano da forma física, por exemplo. Pode-se fazer plástica,
lipo, comer uma folha de alface e malhar. Ainda assim poderá estar insatisfeito
e sem noção de como funciona a própria mente nessa questão.
Quando se faz algo contrariado, sem vontade, como se fosse forçado, o
resultado não é bom. Isso vale para tudo, incluindo o casamento, a solidão, ou
ainda lidar com um idoso prepotente, lamuriento, desfilando o ego da vítima o
tempo todo. Vem o adversário com sua autoestima no rodapé e segreda: “Sou
fraco, feio, infeliz, minha vida tem tanto sofrimento, não consigo resolver
isso.”
Chispa, coisa ruim!
O nosso Observador Interno, atento às manobras mentais, sempre nos ensina
alguma coisa a partir de qualquer ação, positiva ou negativa. Ativá-lo é um dos
exercícios contínuos da Prática Humi. Ser mais observador e menos reativo não é
uma tarefa fácil. Bem, neste mundo, facinho, facinho, só tem mesmo o que a
mente acreditar que é fácil.
Nós temos algumas formas de iniciar o exercício de controle mental quanto
ao “adversário interior” da forma física, do casamento, da solidão, ou de
alguma assistência que prestamos e exerce muitas turbulências domésticas:
1. Não levar tudo tão a sério.
2. Brincar mais, ...tipo, a mente pode ser uma anta e o corpo um jumento
quando você não os controla.
3. Anta, jumento, jiló, maracujá, baleia – se for uma legítima e
engraçada brincadeira. Se for uma tirania disfarçada, pare com isso e não seja
você o tirano da sua vida.
4. Lembrar que acima da anta nós temos uma inteligência estratégica para
usar em tudo.
5. O nosso foco passa a ser resgatar a autoestima.
6. O que o outro diz, sente e pensa, isso é com ele. Não tome a carga
dele para si, porque a sua já é suficiente. E por falar em brincadeira, a carga
do jumento alheio é dele. Não vá você carregar tudo nas costas, inclusive
alguns jumentos bem pesados. Tire os jumentos das suas costas e faça-os andarem
com as suas próprias patas.
7. Quem se associa com alguém, por casamento, parceria, assistência ou
amizade, pode acabar se debatendo com os seus respectivos corvos. Veja se tem
sentido você carregar os corvos alheios, picando o lombo do seu jumento. Se
gostar, fique. Se estiver preso e sofrendo muito, não basta rezar para findar o
seu tormento. Assim como construiu sua cadeia, na mente, comece a construir sua
estrada livre. Tudo isso adoece e diminui os seus anos de vida. E no fim
engorda ou seca, e começa o desmonte físico, emocional e intelectual.
Quando a baixa autoestima interfere, esquecemos que a nossa vida interior
é a fonte que exerce a força de atração. Depois de qualquer luta com os
adversários, nossa imunidade cai, passamos por um estado de choque e depressão.
A máscara do rosto fica tensa, caída e feia. A anta domina e o jumento empaca.
Casais explosivos, infelizes e briguentos que o digam. Cuidadores de idosos
materializados em forma de vítima sabem o que é isso. Solteiras furiosas e
infelizes com sua gordura vão à lona, quando escutam: “Não quero ter uma amiga
gorda.”
Mas a verdade é que nenhuma pessoa linda escapa da baixa autoestima,
afetando alguma área da sua vida.
Libertar-se dos outros é libertar-se desse ego tirano que nos habita,
rindo mais de si mesmo do que se levando tão a sério nos melindres da tirania
interna ou externa.
Quanto mais você conhece a sua mente e seus aspectos psíquicos, tanto
mais tornará rica a sua vida interior. Depois de uma batalha, se levantará cada
vez mais rápido, até compreender a natureza que está por dentro de você e por
fora.
Uma parte boa, repito, é se livrar de pessoas que só nos acrescentam
padecimentos e ainda acham que estão no seu direito, cobertas pela prepotência.
A questão é quando a nossa vida interior é fonte de atração de prepotentes,
críticos ferinos e ogros explosivos. Os laços são amarrados com os substratos
psíquicos da baixa autoestima. O inconsciente deles e o nosso se estimulam e se
provocam mutuamente. Mas nenhum lado assume a responsabilidade, porque não
conhecem a mente, logo, sem autoconhecimento, não praticam exercícios de
controle mental sobre as emoções. Escondemos a baixa autoestima debaixo do
tapete e sequer temos a coragem de olhar para ela.
Um dia, entenderá também que a anta e o jumento são felizes, porque não
se preocupam com a forma física, e sua saúde e liderança decorrem de viver de
acordo com as leis naturais. Antas e jumentos não têm um tirano interior
chamado baixa autoestima.
E quando encontrar um amor tipo “pé quentinho” adote o lema interior: Se
eu não puder te fazer feliz, nem você a mim, isso simplesmente acabou. Cada
jumento de volta a sua trilha.
Claro, você é racional, jamais uma anta, jamais um jumento. Você é uma
Luz que anda no mundo. Façamos valer essa Luz e tomemos agora a decisão de
resgatar a nossa autoestima.
Como?
Através do autoconhecimento, sem desistência.
Você derrotará seus adversários.
Será um vencedor.
Comece por dentro.
Lá fora é reflexo, consequência, colheita.
Um comentário:
Maria Jose amei o que lí gostaria de aplicar em minha vida agora e para sempre mas nem tudo podemos e devemos pois o jumento fica sem pernas e braços e morre amiga,
forte abraço elisa
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