A net fica triste quando você cai em si e percebe que nunca chegará a conhecer aquela pessoa que se tornou especial, marcando presença na sua telinha quase todos os dias.
A net fica triste quando você ouve o apelo de uma amiga precisando da sua presença e você não pode estar perto dela para consolá-la de forma efetiva.
A net fica triste quando, por mais que você escreva, você não pode apertar uma mão, enxugar uma lágrima.
A net fica triste quando você fica sabendo do falecimento de pessoas que já entraram para o lado esquerdo do seu peito e então vem a imensa saudade de que, em vida, você nunca pode abraçar e nem mesmo dizer um adeus!
A net fica triste aos fins de semana quando o correio fica vazio, as pessoas estão envolvidas com outras coisas e parece que só você fica ali, à espera daquela corrente gostosa de emails amigos, numa solidão de amargar!
A net fica triste quando você abre a sua caixa postal e verifica que há uns cem emails na sua caixa de recebimentos mas nenhum deles dirigido especificamente ou especialmente para você.
A net fica triste quando as pessoas somem da sua telinha sem explicação. Você sabe que elas estão por ai porque as linhas se cruzam, mas não sabe porque o amigo, a amiga de ontem deixaram de apreciar sua presença virtual... e bem sabemos que cobrar não é de bom tom.
A net fica triste quando não podemos ver nos olhos das pessoas queridas o brilho que somente a face a face permitiram conhecer.
A net fica triste quando você ouve alguém dizer: Ah... mais isto é virtual, não dá para levar a sério! Quer dizer então que a troca de sentimentos, as confidências, os desabafos não valem nada? Não são para serem levados a sério?
A net fica triste quando impera a lei do descompromisso, da neutralidade, do não misturar as estações, como se tivéssemos duas caras: uma voltada para o lado de fora, que é onde devemos fincar os pés, outra voltada para o lado de dentro da tela, vivenciada como uma segunda opção de importância questionável e relativa.
Bem, a net é assim e continuará sendo assim. É da natureza dela ser imensa, gigantesca, oceânica, excessiva. Nela nos diluímos como gotinhas perdidas em mar encapelado.
Jamais poderemos saber qual a onde mais forte que levará para longe de nós as gotinhas de amigos, amigas, amores, afetos que gostaríamos de manter sempre juntinhos de nós... mesmo sem nunca tê-los visto, mesmo sem nunca tê-los abraçado, mesmo sem nunca ter enxugado suas lágrimas, apertado suas mãos ou visto o brilho de seus olhos.
E no entanto, há milhares de pessoas para quem a net não é a segunda opção mas a única opção de alegria, aprendizagem, expressão, troca de afetos, porque suas realidades são por demais tristes e desbotadas.
Não queria ter aqui um milhão de amigos! Não pratique a lei do descomprometimento virtual. Tenha aqui poucos afetos mas que sejam cultivados e tornem-se as gotinhas que caminharão juntas e inseparáveis mesmo em face à dimensão oceânica deste que ainda é um milagre chamado net.
A net fica triste quando você ouve o apelo de uma amiga precisando da sua presença e você não pode estar perto dela para consolá-la de forma efetiva.
A net fica triste quando, por mais que você escreva, você não pode apertar uma mão, enxugar uma lágrima.
A net fica triste quando você fica sabendo do falecimento de pessoas que já entraram para o lado esquerdo do seu peito e então vem a imensa saudade de que, em vida, você nunca pode abraçar e nem mesmo dizer um adeus!
A net fica triste aos fins de semana quando o correio fica vazio, as pessoas estão envolvidas com outras coisas e parece que só você fica ali, à espera daquela corrente gostosa de emails amigos, numa solidão de amargar!
A net fica triste quando você abre a sua caixa postal e verifica que há uns cem emails na sua caixa de recebimentos mas nenhum deles dirigido especificamente ou especialmente para você.
A net fica triste quando as pessoas somem da sua telinha sem explicação. Você sabe que elas estão por ai porque as linhas se cruzam, mas não sabe porque o amigo, a amiga de ontem deixaram de apreciar sua presença virtual... e bem sabemos que cobrar não é de bom tom.
A net fica triste quando não podemos ver nos olhos das pessoas queridas o brilho que somente a face a face permitiram conhecer.
A net fica triste quando você ouve alguém dizer: Ah... mais isto é virtual, não dá para levar a sério! Quer dizer então que a troca de sentimentos, as confidências, os desabafos não valem nada? Não são para serem levados a sério?
A net fica triste quando impera a lei do descompromisso, da neutralidade, do não misturar as estações, como se tivéssemos duas caras: uma voltada para o lado de fora, que é onde devemos fincar os pés, outra voltada para o lado de dentro da tela, vivenciada como uma segunda opção de importância questionável e relativa.
Bem, a net é assim e continuará sendo assim. É da natureza dela ser imensa, gigantesca, oceânica, excessiva. Nela nos diluímos como gotinhas perdidas em mar encapelado.
Jamais poderemos saber qual a onde mais forte que levará para longe de nós as gotinhas de amigos, amigas, amores, afetos que gostaríamos de manter sempre juntinhos de nós... mesmo sem nunca tê-los visto, mesmo sem nunca tê-los abraçado, mesmo sem nunca ter enxugado suas lágrimas, apertado suas mãos ou visto o brilho de seus olhos.
E no entanto, há milhares de pessoas para quem a net não é a segunda opção mas a única opção de alegria, aprendizagem, expressão, troca de afetos, porque suas realidades são por demais tristes e desbotadas.
Não queria ter aqui um milhão de amigos! Não pratique a lei do descomprometimento virtual. Tenha aqui poucos afetos mas que sejam cultivados e tornem-se as gotinhas que caminharão juntas e inseparáveis mesmo em face à dimensão oceânica deste que ainda é um milagre chamado net.
7 comentários:
Olá Maria José
As vezes me pergunto, como podemos gostar de pessoas que nunca vimos e talvez nunca venhamos a conhecer. A Net tem esse poder de aproximar pessoas tão distantes, e que na maioria das vezes, continuarão assim.
Bjux
Muito reflexivo este texto. Obrigado pelo belo texto, Anjo!!!!!
Beijo
oi minha amiga,
é assim mesmo,
aprendemos a amar independente da distância territorial,
isso é tão maravilhoso,tão mágico,
alimenta minha alma...
beijinhos
Q lindo texto , amiga...me vi nele...em janeiro desse ano , uma amiga partiu...estava comigo , diariamente desde 2006...nossa maior vontade era nos vermos,jamais realizamos esse encontro...mas como a vida não acaba , veio em "sonho" e o abraço aconteceu...
Um beijo e um abraço em espírito...esse não tem limites de tempo e espaço!
Maria José,
Como diria meu amigo Roy: "QUEM PODE, PODE! alem dos inumeros fãs, tens tambem paixões e amores "platônicos" entre teus seguidores.PARABÉNS! BARBARIDADE, TCHÊ!pelo que tenho conhecimento, "ANJOS" estão no céu. Abraços dO INDIGNADO.
Gosto da net! Conhecemos tantas pessoas, que mesmo a distância a temos tão próximas.É algo mágico mesmo.
Vc, Maria José, é uma desssas amizades que, mesmo virtual, mas que sinto ser uma pessoa amiga maravilhosa.
Beijos e uma boa semana, querida.
Muito bons sentimentos podem ser cultivados mesmo somente atraves do computador e a amizade é um deles .Eu gosto de ter a sua .Beijocas querida.
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