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sábado, 28 de maio de 2011

JÓIAS QUE BRILHAM


Embora haja um grande esforço para se acabar com toda sorte de preconceito, ele não foi de todo escorraçado do mundo. Basta que se observe, em qualquer lugar, como as pessoas bem vestidas e de porte altivo são tratadas, em detrimento daquelas mais modestas, de roupas mais simples. Se andamos pela rua e alguém bem apessoado se aproxima, jamais cogitamos que ele possa ser um ladrão. Mas, se alguém que calce chinelos, use roupas não bem passadas e o cabelo em desalinho se aproxima, ficamos receosos. A reação é instintiva. Ficamos de sobreaviso. Colocamos a mão na bolsa ou na carteira, como querendo protegê-la. Tudo isso ocorre porque estamos acostumados a avaliar as pessoas pela aparência.
Em épocas recuadas, no tempo em que no Oriente eram abundantes os sultões, princesas e escravos, vivia uma rainha muito rica. Ela gostava de passear pelas ruas da cidade, todas as tardes, com sua escrava. Percorria os pontos mais movimentados de Bagdá chamando a atenção com o vistoso colar que usava sempre. Era uma jóia rara e preciosa de nada menos de duzentas e cinquenta e seis enormes e perfeitas pérolas. Interessante é que, ao seu lado, a escrava usava um enfeite idêntico ao da soberana. Todos admiravam as jóias da rainha e diziam: É claro que o colar da escrava é falso. Quem não percebe logo? A rainha assim procede para dar maior realce ao seu colar. Observem como as gemas verdadeiras têm mais brilho. Parecem ter luz própria, ter vida! E tornavam a olhar, a admirar e invejar as jóias da rainha. Os comentários eram tantos que o Vizir começou a se preocupar. Salteador ousado poderia se aventurar, em algum momento, e roubar a valiosa prenda. Por isso, compareceu frente à sua soberana e falou: Majestade, perdoai se ouso vir vos falar. É um perigo sair à rua com tão grande riqueza. A rainha sorriu e o sossegou, explicando: Não se preocupe, bom homem. Toda vez que saio, troco o colar com o da minha escrava. Ela leva em seu pescoço o verdadeiro e eu, o falso. Estranhamente, é sempre o meu que é admirado. Acredite, se eu saísse com simples vidrilhos, pedras falsas, todos continuariam a admirar o meu adorno. Isto somente porque eu sou a rainha.
As aparências enganam e devemos nos habituar a valorizar as pessoas por sua condição interior. Afinal, temos valor por nós mesmos, pelo nosso proceder e não pelas posses materiais. Na balança Divina, são iguais todos os homens. Só as virtudes os distinguem aos olhos de Deus. Os verdadeiros títulos de nobreza são as virtudes. Tudo o mais em nada contribui para a verdadeira felicidade.

12 comentários:

Isa Martins disse...

Oi amiga de alma, que bela reflexão, valorizar as pessoas pela sua condição interior e não pelos adornos externos.
Beijos pra ti e um ótimo fim de semana!

Maria Albertina disse...

O texto é engraçado e triste ao mesmo tempo!!
Infelizmente avaliamos as pessoas pelas suas condições materiais que pelo que a pessoa é interiormente. Não sou diferente.. como no início do texto fala que quando pessoas bem vestidas se aproximam não temos receio e quando uma com menos condição a nossa reação é realmente se proteger, como se a mais humilde fosse nos fazer algum mal. Me sinto envergonhada disso. Mas fomos criados pensando assim. Faço o possível para não agir assim, mas o sub consciente age assim.

Jorge Nectan disse...

Excelente texto. Incrível como valorizamos o que vemos externamente. Falta-nos a simplicidade de olharmos o que é belo que é a alma, do conteúdo do ser humano que é a parte moral.

Minha amiga, deixo um beijo em teu coração!

Viviane Moraes - Práticas Integrativas e Complementares disse...

Oi Má,

É isso aí... Somos aquilo que temos em nosso interior, não é mesmo.

Bjão

Anônimo disse...

Como se diz no velho ditado.. "quem vê cara, não vê coração".. e certamente o que mais vale e o que de mais precioso uma pessoa possui, é o que ela traz interiormente.

Beijocas super em seu coração Maria José e um ótimo fim de semana para vc!

Verinha

Catia Bosso disse...

Ensinamento riquíssimo!

Grata!

bj.

Catia

Tempestade disse...

Infelizmente vivemos num mundo onde as pessoas valem o que tem e não o que realmente são.
Já presenciei muito isso quando trabalhava em boutique. Era até ridículo a comportamento de algumas pessoas.

O texto nos faz refletir.

otimo fim de semana

bjinhos

Nina
www.devaneios-fragmentos.blogspot.com

Meire Oliveira disse...

Amiga Maria, o importante não é o que está no espelho, mas sim o que está dentro do que ele reflete. Mas infelizmente o mundo confia firmemente na aparência e ela na maioria das vezes engana sim.
Lindo post.
Tenha um domingo cheio de coisas boas. Bjo gigante com carinho!

AugustoCrowley disse...

Um texto super sábio, afinal, hoje o verdadeiro ladrão é super culto, bem vestido, e uma beleza que remete a astúcia do Arcano 15 do tarot.
Grande beijo!

ONG ALERTA disse...

Pena que muitos só vivem de aparëncia exterior...leva tempo para se olhar lá dentro da alma, beijo Lisette.

josenaide coelho disse...

as aparências enganam e enganam muito....valorizar não só os adornos externos,e sim o k mais de belo tem seja qualquer pessoa..sem querer ser hipócrita ,mais quem tem aparências interessantes é claro k bate aquele olhinho de pidona,seja na paquera é claro ou até por uma leve admiraçao.....
o k adianta ser tudo de bom,lindo e maravilhoso e não tem nenhum conteúdo,o k vale mesmo é o conteúdo completo..................................bjssss!!!!

ValériaC disse...

Lindo texto e lição...sem dúvida, ainda nos impressionamos muito com as aparências exteriores de modo geral; se faz urgente que entendamos que as aparências literalmente enganam.
Bom domingo...doce semana amiga...beijos...
Valéria