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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A LIÇÃO DO JARDINEIRO


Um dia, o executivo de uma grande empresa contratou, pelo telefone, um jardineiro autônomo para fazer a manutenção do seu jardim
Chegando em casa, o executivo viu que estava contratando um garoto de apenas 15 ou 16 anos de idade. Contudo, como já estava contratado, ele pediu para que o garoto executasse o serviço.
Quando terminou, o garoto solicitou ao dono da casa permissão para utilizar o telefone e o executivo não pôde deixar de ouvir a conversa.
O garoto ligou para uma mulher e perguntou:
“A senhora está precisando de um jardineiro?”
“Não. Eu já tenho um”, foi a resposta.
“Mas, além de aparar a grama, frisou o garoto, eu também tiro o lixo.”
“Nada demais, retrucou a senhora, do outro lado da linha. O meu jardineiro também faz isso.”
O garoto insistiu: “eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço.”
“O meu jardineiro também”, tornou a falar a senhora.
“Eu faço a programação de atendimento, o mais rápido possível.”
“Bom, o meu jardineiro também me atende prontamente. Nunca me deixa esperando. Nunca se atrasa.”
Numa última tentativa, o menino arriscou: “o meu preço é um dos melhores.”
“Não”, disse firme a voz ao telefone. “Muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom.”
Desligando o telefone, o executivo disse ao jardineiro:
“Meu rapaz, você perdeu um cliente.”
“Claro que não”, respondeu rápido. “Eu sou o jardineiro dela. Fiz isto apenas para medir o quanto ela estava satisfeita comigo.”
Em se falando do jardim das afeições, quantos de nós teríamos a coragem de fazer a pesquisa deste jardineiro? E, se fizéssemos, qual seria o resultado? Será que alcançaríamos o grau de satisfação da cliente do pequeno jardineiro? Será que temos, sempre em tempo oportuno e preciso, aparado as arestas dos azedumes e dos pequenos mal-entendidos?
Estamos permitindo que se acumule o lixo das mágoas e da indiferença nos canteiros onde deveriam se concentrar as flores da afeição mais pura?
Temos lubrificado, diariamente, as ferramentas da gentileza, da simpatia entre os nossos amores, atendendo as suas necessidades e carências, com presteza?
E, por fim, qual tem sido o nosso preço? Temos usado chantagem ou, como o jardineiro sábio, cuidamos das mudinhas das afeições com carinho e as deixamos florescer, sem sufocá-las?

8 comentários:

Fernando disse...

Hola Maria José,
Eu amei a sua história.
Esse fato é tudo o que você diz isso.
Te dejo un beso.

Elizabeth disse...

Olá Maria José,
Que texto lindo, me emocionou.
Abraços.

Cris Tarcia disse...

Olá Maria José!

Lindo texto, obrigada pelo mimo adorei, estou levando. E la no meu cantinho tem um selinho para você o amigo do coração, esta do lado direito embaixo, espero que goste.

Um abraço e um lindo dia

Anônimo disse...

Excelente aprendizado!!! Sabemos disso e em alguns segundos de nossas vidas esquecemos essa bélíssima lição de Vida!! Sem querer sufocamos a nossa mais béla paisagem!! Aquela,que nos traz Paz ao coração e Mente!!! Estou procurando exercitar isso!! Através da yoga e leitura. Um gde abço.

Pelos caminhos da vida. disse...

É muito bom voltar aqui amiga e ler seus textos.

Obrigada pelo seu carinho deixado no meu espaço.

Seria muito bom se eu conseguisse fazer o que vc me falou, não depende só de mim, todos os dias pergunto a Deus: o porque disso?

Uma tarde de muitas bençãos pra vc amiga.

beijooo.

Jorge disse...

Maria José
Somos os jardineiros, então, na realidade, cada um cultiva o que quer.
E se cultivar o jardim do trigo se faz necessário também dominar o crescimento do joio.

Ah! Estou levando o selo tá bom?
Obrigado, mais uma vez pelo carinho!

Minha doce amiga,
Um beijo,
Jorge

António Valério,sj disse...

História mesmo bonita, as metáforas fazem-nos pensar na qualidade do que fazemos. obrigado!

alegria de viver disse...

Querida
Que mensagem linda, adorei. Se todos doarmos um tempo para fazer como o jardineiro, o Mundo seria um jardim de amor.
Com muito carinho BJS.