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sábado, 15 de agosto de 2009

NEM TODO HOMEM É JARDINEIRO


Um dia as flores descobriram que podiam se deixar levar pelo vento.
Descobriram que eram fortes e que tinham direito de viver.
O mundo então mudou!
Antes, dominadas pela sociedade machista e convencidas que a melhor maneira de viver era seguir a maré, as mulheres calavam-se. Fingiam felicidade, fingiam prazer.
As que encontravam marido, deviam dar-se por satisfeitas. E davam-se!
O segredo de tantos casamentos durarem muitos anos antigamente, não é o amor que era mais puro e forte, mas a situação da mulher que, dependente financeira e emocionalmente do marido, não ousava.
Não dizia o que pensava realmente, não exteriorizava o que sentia.
As mulheres foram preparadas para servir, os homens para serem servidos.
Tanto que parte ou outra, aceitavam, o mundo caminhava e os casamentos iam adiante.
Mas, aos poucos, a sociedade foi mudando.
E as mulheres foram revelando-se.
Descobriram-se vivas.
Descobriram que podem dizer não e sim: não a uma vida monótona e que não realiza.
Descobriram que são capazes de produzir, criar.
Descobriram que podem escolher e escolhem. Escolhem mudar de vida, de caminho, de direção.
Jardineiros nem sempre cuidadosos, muitos homens não percebem que a mulher é uma flor.
Uma flor serena ficará para sempre no jardim onde foi plantada; somente as que encontram vazio diante de si, deixam-se cativar por diferentes horizontes.
Um bom jardineiro sabe que uma flor precisa de sol, atenção, cuidados especiais.
Um bom jardineiro cativa, cultiva, tem cuidado, poda quando preciso, mas sempre tendo atenção para não destruir, porque ele sabe que quando a primavera chegar, a flor dará o melhor de si.

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