Há muitos caminhos à nossa frente.
Qual deles devemos trilhar?
Um nos convida pela beleza da vegetação, pelo perfume que exala das suas flores coloridas.
Outro, com regatos mansos e arbustos verdejantes, onde os pássaros canoros gorjeiam amorosamente.
Outro nos oferece a planície infinda e ao longe, como se o horizonte fosse o fim, o repouso, a tranqüilidade.
E outros e outros, cada qual com seus atrativos naturais e encantadores.
Nossa mente se extasia e leva ao nosso coração essas miragens magníficas e o coração se enternece e os olhos choram.
Tanta beleza à nossa disposição! Tanta coisa sublime, encantadora, e nós, quantas vezes, choramos porque nossas posses não nos permitem assistir a espetáculos de diversões mundanas.
Tudo está à disposição de todos; à frente de todos: as criaturas ainda são como borboletas; não se satisfazem em percorrer um caminho que as leve a um fim determinado.
Querem adejar, ora aqui, ora ali, sempre ávidas de novidades que supram a sua falta de acuidade para aquilatar do que realmente vale a pena ser apreciado.
Almas desse calibre vivem aí, aos milhões, tontas, esvoaçantes, cheias de complexos, a se torturarem intimamente por não poderem encontrar a vereda que as liberte de suas deficiências.
Ter muito é saber viver com o que se tem e sentir-se feliz em qualquer situação e em qualquer ambiente.
Quantos caminhos abertos? Mas na realidade, só há um caminho... “EU SOU O CAMINHO”... tudo mais é miragem.
As flores perfumadas simbolizam a essência das almas puras: o regato manso; a serenidade; os arbustos; a força viva da natureza que brota, sem que a mão do homem semeie.
É a vontade que deve brotar com vigor, dentro do ser, para impulsioná-lo para a frente.
O céu constelado é o convite para que o homem, contemplando o firmamento, admirando tanta grandiosidade, deixe o orgulho e a vaidade e procure brilhar como as estrelas no céu da sua bondade e amor fraterno.
Enfim, tudo, todos os caminhos são simbólicos, porque o homem é o ser privilegiado que tem à sua frente, tudo que o possa fazer feliz.
Transmutemos, com vontade firme, tudo que seja contrário à evolução, em dons imperecíveis, e o caminho se apresentará iluminado dentro de nós, e poderemos dizer como disse o Mestre: “EU SOU O CAMINHO”.
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