Coisas más não acontecem
só a pessoas más. As catástrofes naturais quando chegam não contam, não
escolhem, elas saem arrasando tudo o que está pela frente.
Compreender o mal, a
injustiça, a miséria, as dores, as quase insuportáveis perdas, o desabrigo, a
gente não compreende. Não nos ensinaram tal ciência de ter o coração assim tão
perfeito e a alma tão aberta. Por isso choramos tanto. E clamamos misericórdia
ao Pai.
Tomamos consciência da
nossa pequenez e dependência de uma força superior e ilimitada e nos curvamos.
Os sofrimentos e as dores
nos aproximam de Deus e tocam os corações de outras pessoas, que não podem e
nem devem ficar indiferentes, por que a verdade é que estamos todos navegando
nesse mesmo barco, que ora balança, ora se aquieta, sempre independente da
nossa vontade.
Mas obstáculos não são
pontos finais, nem muros sem saída. Quando se perde tudo, mas que a vida não se
perde, é que alguma coisa ainda há pela frente. As coisas que não podemos
evitar, vamos recebê-las e aprenderemos a reconstruir com o que nos sobra.
Colamos um pedaço aqui e
outro ali, refazemos a vida e refazemos o mundo, afinal, se ele existe é por
que existimos e nossa cruz não será assim tão pesada, se sabemos que temos
Alguém que nos ajuda a carregá-la.
Nenhum comentário:
Postar um comentário