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quinta-feira, 31 de maio de 2012

SE O AMOR PUDESSE GRITAR




Não sei dizer se é a falta do tempo, ou não querer perdê-lo, que nos leva a buscar coisas prontas ou pelo menos que nos deem o menor trabalho possível. É como se quiséssemos cortar caminho para chegar ao mesmo ponto que o coração visa.
No nosso relacionamento com outras pessoas temos também uma certa tendência a, ao invés de construir relações, querer encontrar coisas feitas, situações prontas e que nos deem segurança. Construir significa ter trabalho, empenhar-se, dar de si e, por que não, ceder e perder-se um pouco na busca de um encontro profundo.
Nos lamentamos pelo que não foi construído para nós e nos esquecemos do nosso poder de reparar, recuperar e reconstruir. Se temos um sonho, por que esperar que outros ponham as escadas no caminho para que subamos às nuvens? Colocando, nós, cada degrau, saberemos onde estaremos pisando.
Aquilo que exige de nós tempo e esforço merecerá uma alegria muito maior no dia da conquista.
Uma das histórias reais e mais bonitas que conheço é essa dessa filha que foi abandonada pela mãe quando criança. Ela cresceu com o sonho de ter uma mãe e já na idade adulta procurou pela mesma, colocando de lado todos os porquês de tanto abandono, de tantos anos de dor e solidão. Ela "decidiu" ter a mãe e tem. Cuida dela como se fosse a flor mais linda e preciosa do mundo, por que ela conhece o que é desejar e não ter e escolheu não viver a vida lamentando-se pelo tempo perdido. Constrói álbuns a partir do tempo que recuperou, vai acumulando lembranças para o dia do amanhã e saudade sincera para o possível dia da partida. Penso que abençoada é essa mãe e preciosa é essa filha. Precioso é esse ser humano.
Nossas razões nos colocam limitações. Os erros alheios nos parecem imperdoáveis e punidos somos nós pela rejeição da construção de uma vida diferente e nova, os quais seríamos o arquiteto, pedreiro e feliz proprietário.
Quando deixamos de falar com uma pessoa porque nosso coração ficou ferido, vamos colocando a felicidade num passo a frente e aquele momento de zanga fica perdido. Se tínhamos dez oportunidades de sermos felizes, teremos apenas nove porque nosso coração foi orgulhoso demais e isso falou mais alto.
Toda felicidade não é utopia. Utopia é pensar que permanecendo na nossa dureza e guardando nossas razões estaremos ganhando alguma coisa. Sonhos não são quimeras, são desejos que nosso coração pode realizar.
Se o amor pudesse sempre gritar, se ele pudesse segurar nosso rosto para a direção do sol e das flores, seríamos mais felizes, menos sérios, menos graves, mais leves, mais próximos do céu.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O AMOR NÃO MORRE




O amor não morre. Ele se cansa muitas vezes. Ele se refugia em algum recanto da alma tentando se esconder do tédio que mata os relacionamentos.
Não é preciso confundir fadiga com desamor. O amor ama. Quem ama, ama sempre. O que desaparece é a musicalidade do sentimento.
A causa? O cotidiano, o fazer as mesmas coisas, o fato de não haver mais mistérios, de não haver mais como surpreender o outro. São as mesmices: mesmos carinhos, mesmas palavras, mesmas horas... o outro já sabe!
Falta magia. Falta o inesperado. O fato de não se ter mais nada a conquistar mostra o fim do caminho. Nada mais a fazer.
Muitas pessoas se acomodam e tentam se concentrar em outras coisas, atividades que muitas vezes não têm nada a ver com relacionamentos. Outras procuram aventuras. Elas querem, a todo custo, se redescobrir vivas; querem reencontrar o que julgam perdido: o prazer da paixão, o susto do coração batendo apressado diante de alguém, o sono perdido em sonhos intermináveis e desejos infindos.
Não é possível uma vida sem amor. Ou com amor adormecido. Se você ama alguém, desperte o amor que dorme!
Vez ou outra, faça algo extraordinário. Faça loucuras, compre flores, ofereça um jantar, ponha um novo perfume.
Não permita que o amor durma enquanto você está acordado sem saber o que fazer da vida. Reconquiste!
Acredite: reconquistar é uma tarefa muito mais árdua do que conquistar, pois vai exigir um esforço muito maior. Mas... sabe de uma coisa? Vale a pena! Vale muito a pena!

terça-feira, 29 de maio de 2012

DOR DE PERDA




É um caminho inevitável. Temos todos, um dia ou outro, de uma forma ou de outra (e geralmente de várias formas mesmo), que viver isso. Não porque é uma fatalidade do destino, mas porque faz parte da vida.
E cada um de nós vive, mesmo se de maneira dolorosa igual, de um jeito diferente as diferentes perdas pelas quais temos que atravessar.
A pior de todas, é quando alguém que a gente ama morre. Esse é um sentimento de perda irreparável. Um amigo não vale pelo outro, um irmão não vale pelo outro e nada no mundo poderá substituir nossos pais. Tenho uma amiga sábia que diz que "nunca somos velhos o suficiente para ficarmos órfãos." E ela tem razão. E mesmo se o tempo aplaca essa dor, sempre vai ficar dentro da gente aquele sentimento indecifrável de vazio. É a ideia do "nunca mais ver" que dói mais. E quando esta se une à ideia de não termos feito algo mais, não termos dito algo mais, ainda é pior.
Outra dor de perda é quando a pessoa que se ama se vai. Nesse caso existe uma mistura de dor de orgulho e dor de medo de se ficar sozinho, muitas vezes porque o que existia não era realmente amor, mas uma dependência emocional do outro. Dor de orgulho, porque ninguém nessa vida foi feito pra perder. Dor de ter sido deixado, dor de rejeição, que chega a doer até fisicamente. Não adianta dizer nesse momento que "quando se perde um ônibus vem dez atrás", porque a pessoa vai te dizer que o que perdeu era justamente aquele que queria. Mas quando o tempo cura essa ferida (e o tempo cura todas as feridas!) e o coração começa a bater mais forte por outra pessoa, aí então a gente esquece. E ninguém precisa ter medo de ficar sozinho, pois só vai ficar sozinho quem não se abrir a novas possibilidades.
E com isso tudo, o que é preciso mesmo é que aprendamos o sentimento de aceitação. Não passiva, de se deixar levar. Mas aquela de quando se sabe que vai se viver o inevitável, de viver isso da melhor maneira possível. Nenhum de nós está preparado pra isso, mas sabemos que é a vida.
E não deixar que a dor do orgulho possa impedir que vivamos, isso é importante. Alguém me contou recentemente que sofreu dois anos por ter perdido um amor e depois é que reconheceu que o sofrimento não era realmente de amor, mas do orgulho de ter sido deixado. Uma vez reconhecido isso, ele deu um passo à frente e encontrou aquela que hoje em dia é sua esposa, que portanto já fazia parte do grupo que conhecia e frequentava. É preciso muita sabedoria para se tirar a venda do orgulho dos olhos.
Fazer com que os que amamos saibam disso é uma maneira de se preparar a viver diferente a perda, se esta se der. É preciso dar de si mesmo enquanto se pode. É preciso evitar o "ah, se eu soubesse" e "ah, se eu pudesse voltar" do futuro. É preciso oferecer flores enquanto se pode vê-las e senti-las.
Se você gosta de alguém, diga, demonstre. Nem todo mundo sabe adivinhar. Transforme em gestos e palavras tudo aquilo que se passa no seu coração.
Vive muito melhor dor de perda quem sabe que fez a sua parte. Ainda vai doer, mas de maneira bem diferente.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O VALIOSO TEMPO DOS MADUROS




Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana, que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade.
Só há que caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
O essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial!

domingo, 27 de maio de 2012

OS SUICIDAS




Há muitos anos, compadecido de um jovem que se jogara de um edifício devido a alguém que o deixara, iniciei um trabalho de preces pelos suicidas.
Para toda reunião mediúnica que eu dirigisse a partir daquele dia, o primeiro minuto seria para eles. A principio fiquei pensando o que dizer para alguém que, magoado, busca na morte a solução do seu problema e acorda enlouquecido de dor e de espanto com sua Indestrutibilidade.
Quais palavras seriam capazes de gerar esperança, amenizar a dor, minimizar a decepção, evitar a loucura total e o embrutecimento?
Intimamente perguntei ao meu guia espiritual sobre este minuto que se repetiria milhares de vezes na minha vida, posto que dirijo reuniões mediúnicas já fazem mais de quarenta anos.
Então ele fez soar em minha mente as palavras do salmo que, de tanto repetir, trago gravado na memória: o Senhor é meu Pastor. Nada me faltará. ...
Certa feita, no Natal, estava eu na reunião e preparava-me para a prece final quando uma jovem, utilizando-se da palavra de uma médium disse: Professor! Não se assuste com o meu gesto. Eu tenho permissão dos dirigentes da casa para agir.
Então a médium se levantou sob a influência da comunicante e beijou a mão de todos os componentes do grupo, dizendo a cada um: Deus lhe pague. Eu não tenho como.
Depois disso, ela contou que estivera internada em um hospital de amparo aos suicidas e que o seu nome estava escrito no livro, ali sobre a mesa, junto com outros sofredores.
Em seguida descreveu o que ocorre no hospital no minuto da prece: abre-se na parede um grande painel luminoso e nele surgem cenas e palavras do salmo, impregnadas de luz, que se desloca da parede encharcando o perispírito dos enfermos que esperavam ansiosos por aquele momento.
Disse-nos, também que muitos enfermos se recuperam e se alegram através daquele minuto e que alguns, sabendo que ela obtivera a permissão para nos visitar, lhe pediram que colocássemos seus nomes no referido livro.
Finalmente, agradeceu em nome de todos os desesperados, enfatizando: este minuto dedicado a nós é mais importante do que anos de conversa vã sobre o que fizemos.
E voltou, agora na condição de enfermeira, para junto dos seus irmãos internos, deixando-nos o agradecimento em nome e em louvor da Mãe dos Sofredores, Maria de Nazaré.
Aquilo, para nós, foi a confirmação do óbvio: o bem que fazemos hoje é nosso advogado em qualquer tempo ou lugar.

sábado, 26 de maio de 2012

OLHE!




Olhe para trás! Veja os obstáculos que você já superou”. Veja quanto você já aprendeu nesta vida e quanto já cresceu. 
Olhe para frente! Não fique parado. Levante-se quando tropeçar e cair. Estabeleça metas, tenha planos e prossiga com firmeza. 
Olhe para dentro! Conheça seu coração. Analise seus projetos; mantenha puros seus sentimentos. Não deixe que o orgulho, a vaidade e a inveja dominem seus pensamentos e seu coração. 
Olhe para o lado! Socorra quem precisa de você.
Ame o próximo e seja sensível para perceber as necessidades daqueles que o cercam.
Olhe para baixo!
Não pise em ninguém... perceba as pequenas coisas e aprenda a valorizá-las.
 
Olhe para cima! Há um Deus maior do que você... um Deus que te ama muito e tem todas as coisas sob seu controle.
Olhe para ELE!
Perceba a profundidade, a riqueza e o poder da bondade divina. Sinta esse Deus que olha por você em todos os dias da sua vida!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

HOJE E NÃO AMANHÃ




Prefiro que partilhes comigo uns poucos minutos, agora que estou vivo, e não uma noite inteira, quando eu morrrer.
Prefiro que apertes suavemente a minha mão agora que estou vivo, e não apoies o teu corpo sobre mim, quando eu morrer.
Prefiro que faças uma só chamada agora que estou vivo, e não faças uma inesperada viagem, quando eu morrer.
Prefiro que me ofereças uma só flor agora que estou vivo, e não me envies um formoso ramo, quando eu morrer.
Prefiro que elevemos ao céu uma oração agora que estou vivo, e não uma missa cantada e celebrada quando eu morrer.
Prefiro que me digas umas palavras de alento agora que estou vivo, e não um dilacerante poema, quando eu morrer
Prefiro escutar um só acorde de guitarra agora que estou vivo, e não uma comovedora serenata quando eu morrer.
Prefiro que me dediques uma leve prece agora que estou vivo, e não um político epitáfio sobre a minha tumba quando eu morrer.
Prefiro desfrutar de todos os mínimos detalhes agora que estou vivo, e não de grandes manifestações quando eu morrer.
Prefiro escutar-te um pouco nervosa dizendo o que sentes por mim agora que estou vivo, e não um grande lamento porque não o disseste a tempo, e agora estou morto.
Enviado por Roy Lacerda do blog
MomentoBrasil e foi aqui postado, por ser pertinente à proposta do Arca.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

NÃO PERMITAS QUE TE CHAMEM VELHO



Na juventude a beleza é um acidente da natureza. Na velhice, é uma obra de arte. [Lin Yu Tang. Escritor chinês. (1895-1976)] 
A arte de envelhecer consiste em conservar alguma esperança. [André Maurois. novelista e ensaista francês. (1885-1967)] 
A maturidade é a arte de viver em paz com que é impossível mudar. Quando envelhecemos a beleza se converte em qualidade interior. [Ralph Waldo Emerson. Clérigo (1803 – 1882)] 
Para o profano a terceira idade é inverno; para o sábio, é a estação da colheita. Nos olhos dos jovens vemos chamas mas, é nos olhos dos mais velhos onde vemos a luz. [Víctor Hugo. Escritor francês. (1802 - 1885)]
Não é velho aquele que perde os cabelos mas, sim , sua última esperança. Não é velho o que leva em seu coração o amor sempre ardente. Não é velho o que mantém sua fé em si mesmo, o que vive saudavelmente alegre, convencido de que para o coração não há idade. 
Pensando bem, não somos tão velhos, o que acontece é que temos muitas juventudes acumuladas. [Francisco Arámburo] 
Amamos as catedrais antigas, os móveis antigos, as moedas antigas, as pinturas antigas e os velhos livros, mas nos esquecemos por completo do enorme valor moral e espiritual dos anciãos. [Lin Yutang] 
Temos que agradecer a nossa idade pois, a velhice é o preço de estarmos vivos. Quando já completamos 80 anos —ou estamos perto— todo contemporâneo é um amigo. [Igor Stravinsky] 
Goethe concluiu o Fausto aos 82 anos.
Tiziano pintou obras valiosas aos 98.
Toscanini regeu orquestras aos 87.
Edison trabalhava em seu laboratório aos 83.
Benjamín Franklin contribuiu com o projeto da Constituição dos Estados Unidos aos 81.
O venezuelano Jacinto Convit está a ponto de realizar o desenvolvimento de uma vacina contra o câncer, aos 96 anos.
Então, avante !Não haverá força capaz de deter a quem sonha, quem ainda constroi sobre as cinzas, quem ama, quem espera da vida o momento mágico de uma ilusão, quem não esquece que o tempo passou; sim, mas, não levou consigo teu coração. Portanto, sonha, constroi, ama, espera, e não permitas que te chamem velho!!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

SER FELIZ




Não tenho tempo para mais nada. Ser feliz me consome muito.
Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania: depende de quando e como você me vê passar.
Eu acreditava em anjos. E, porque acreditava, eles existiam.
Perder-se também é caminho.
Já que se há de escrever, que, pelo menos, não se esmaguem - com palavras- as entrelinhas.
Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso.
Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.
Não se preocupe em entender.
Viver ultrapassa qualquer entendimento.
Todos os dias, quando acordo, vou correndo tirar a poeira da palavra “amor”.
Há a vida que é para ser intensamente vivida.
Há o amor, que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata.
Sempre conserve uma aspa à sua esquerda e outra à sua direita.
Que medo alegre o de te esperar!
Tenho medo de dizer quem sou: no momento em que tento falar, não exprimo o que sinto e o que sinto se transforma, lentamente, no que eu digo.
Quando se ama, não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós.
Eu nem entendo mais aquilo que entendo.
Pois, estou infinitamente maior do que eu mesma então, não me alcanço.
Ouve-me. Ouve o meu silêncio.
O que falo nunca é o que falo e, sim, outra coisa.
Capta a “outra coisa” porque eu mesma não posso.
Você pode, até, me empurrar de um penhasco. E daí? Eu adoro voar!
E ninguém é eu. E ninguém é você.
Esta é a solidão. Minha alma tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.
O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós.
Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas, minhas tristezas, absolutas.
Me entupo de ausências, me esvazio de excessos.
Eu não caibo no estreito. Eu só vivo nos extremos.

terça-feira, 22 de maio de 2012

FORÇA NA FRAQUEZA



Ninguém quer ser fraco, por isso encontramos maneiras de parecer fortes. Alguns de nós usamos a força das nossas emoções para manipular pessoas. Outros utilizam a força da personalidade para controlar pessoas e outros, ainda, usam o intelecto para intimidar.
Embora estas atitudes criem a ilusão de aparente força, na verdade são sinais de fraqueza.
Quando somos verdadeiramente fortes, temos a coragem de admitir nossas limitações e reconhecer que dependemos de Deus. Consequentemente, a verdadeira força muitas vezes se parece muito com a fraqueza.
Quando o apóstolo Paulo orou para que o espinho fosse retirado dele, Deus responde: ‘A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.’ (2 Coríntios 12:9). Paulo respondeu com palavras perturbadoras: ‘Quando sou fraco, então, é que sou forte’.
Ao final do ministério de Jesus na terra, alguns de seus discípulos brigavam por posições de destaque. Jesus usou seus argumentos como uma oportunidade para ensiná-los que em seu reino as coisas são diferentes: a grandeza surge quando estamos dispostos a assumir posições humildes (Mateus 20:26).
Esta é uma dura verdade. Preferimos a ilusão da força à realidade da fraqueza. Entretanto, Deus quer que percebamos que a verdadeira força vem quando paramos de tentar controlar as pessoas e, ao invés disso, começamos a servi-las.
Maior poder divino pode ser revelado em nossas maiores fraquezas.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

OBRIGADA



Costumamos pensar que nada nessa vida é gratuito e, portanto, quanta beleza não recebemos gratuitamente cada dia e acolhemos isso com uma naturalidade tão grande que até nos esquecemos de agradecer.
O céu não nos cobra nada para nos mostrar as estrelas; o nascer e o por do sol são espetáculos onde o número de lugares é ilimitado e acessível a todos.
Os pássaros nunca cobram pelas lindas canções; as flores se oferecem voluntariamente com todas as suas variantes, tamanhos e formas.
E quanto tempo gastamos da nossa vida para dizermos, nem que seja por uma vez, ‘graças, Senhor, por nos ter dado tanta beleza’?
A verdade é que pedimos muito e agradecemos pouco da vida. Somos capazes de gastar horas, mesmo dias, em lamentações, mas somos muitas vezes incapazes de gastar um minuto para agradecimento. Faz parte da natureza egoísta de todo ser humano de pensar que tudo deve ser dado a ele.
Isso é uma balança muito desigual nos ombros de Deus. As pessoas jogam pedras demais e flores de menos. É tremendamente injusto!
Talvez se pudéssemos achar mais equilíbrio entre aquilo que agradecemos por ter, teríamos muito mais para agradecer.
Deus deu ao homem a terra e tudo o que nela há; se não podemos desfrutar disso, é porque ao longo dos anos os homens se esqueceram que o que recebe de graça, de graça se dá. Tudo então ficou transformado e chegamos ao caos onde estamos.
Mas ainda é tempo de agradecer.
Se começarmos a fazer um exercício diário de agradecimento pelas inúmeras bênçãos que recebemos (e que passam quase sempre despercebidas!); se trocarmos isso por tudo o que queremos reclamar, tenho certeza que vamos ver a vida de uma outra maneira daqui pra frente.
Agradeço, Senhor, pelo dia de hoje! Agradeço porque mais um dia se passa e continuamos de pé.
Agradeço porque ainda resta um pouco do paraíso e que ainda podemos desfrutar disso. E agradeço porque meus amigos fazem parte desse resto de paraíso!

domingo, 20 de maio de 2012

PEDAÇOS DE AMIZADE




Amizades são feitas de pedacinhos. Pedacinhos de tempo que vivemos com cada pessoa. Não importa a quantidade de tempo que passamos com cada amigo, mas a qualidade do tempo que vivemos com cada pessoa. Cinco minutos podem ter uma importância muito maior do que um dia inteiro.
Assim, há amizades que são feitas de risos e dores compartilhados; outras de escola; outras de saídas, cinemas, diversões; há ainda aquelas que nascem e a gente nem sabe de quê, mas que estão presentes. Talvez essas sejam feitas de silêncios compreendidos, ou de simpatia mútua sem explicação.
Hoje em dia, muitas amizades são feitas só de emails e essas não são menos importantes. São as famosas ‘amizades virtuais’. Diferentes até, mas não menos importantes.
Aprendemos a amar as pessoas sem que possamos julgá-las pela sua aparência ou modo de ser, sem que possamos (e fazemos isso inconscientemente às vezes) etiquetá-las. Há amizades profundas que são criadas assim.
Saint-Exupéry disse: ‘Foi o tempo que perdestes com tua rosa que fez tua rosa tão importante’. E eu digo que é o tempo que ganhamos com cada amigo que faz cada amigo tão importante. Porque tempo gasto com amigos é tempo ganho, aproveitado, vivido.
São lembranças para cinco minutos depois ou anos até. Um amigo se torna importante pra nós, e nós para ele, quando somos capazes, mesmo na sua ausência, de rir ou chorar, de sentir saudade e nesse instante trazer o outro bem pertinho da gente.
Dessa forma, podemos ter vários melhores amigos de diferentes maneiras. O importante é saber aproveitar o máximo cada minuto vivido e ter depois no baú das recordações horas para passar com os amigos, mesmo quando estes estiverem longe dos nossos olhos.

sábado, 19 de maio de 2012

SAUDADE



Saudade é reviver cada momento, sentir as mesmas emoções sem cogitar que tudo se passou há tanto tempo.
Saudade é acordar de manhã e ter para o ente amado, o primeiro pensamento e os demais, que vão invadindo a mente pelo resto do dia.
Saudade é envidar todos os esforços para esquecer, sem contudo, perder a mania de retornar os restos tangíveis que permaneceram, com os olhos marejados e descobrir que estes ‘restos tangíveis’ estão vivos e são ainda o nosso maior e melhor legado.
Saudade é ter a impressão de que nada aconteceu, que ele não partiu, não traiu ou morreu e que, a qualquer momento, não importa se daqui ou além, se nesta ou em outra vida, retomaremos o trajeto interrompido pelo veres inesperado e estaremos de novo caminhando lado a lado!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A SABEDORIA DO MENDIGO




Serapião era um velho mendigo que perambulava pelas ruas da cidade. Ao seu lado, o fiel escudeiro, um vira-lata que atendia pelo nome de Malhado.
Serapião não pedia dinheiro. Aceitava sempre um pão, uma banana, um pedaço de bolo ou um almoço feito com sobras de comida dos mais abastados.
Quando suas roupas estavam imprestáveis, logo era socorrido por alguma alma caridosa. Mudava a apresentação e era alvo de brincadeiras. Serapião era conhecido como um homem bom, que perdera a razão, a família, os amigos e até a identidade.
Não bebia bebida alcoólica, estava sempre tranquilo, mesmo quando não havia recebido nem um pouco de comida. Dizia sempre que Deus lhe daria um pouco na hora certa e, sempre na hora que Deus determinava, alguém lhe estendia uma porção de alimentos. Serapião agradecia com reverência e rogava a Deus pela pessoa que o ajudava.
Tudo que ganhava, dava primeiro para o Malhado, que, paciente, comia e ficava a esperar por mais um pouco. Não tinham onde dormir; onde anoiteciam, lá dormiam. Quando chovia, procuravam abrigo embaixo da ponte e, ali o mendigo ficava a meditar, com um olhar perdido no horizonte.
Aquela figura me deixava sempre pensativo, pois eu não entendia aquela vida vegetativa, sem progresso, sem esperança e sem um futuro promissor.
Certo dia, com a desculpa de lhe oferecer umas bananas, fui bater um papo com o velho Serapião. Iniciei a conversa falando do Malhado, perguntei pela idade dele, o que Serapião, não sabia. Dizia não ter ideia, pois se encontraram um certo dia quando ambos andavam pelas ruas e falou:
- Nossa amizade começou com um pedaço de pão. Ele parecia estar faminto e eu lhe ofereci um pouco do meu almoço; e ele agradeceu, abanando o rabo. Daí, não me largou mais. Ele me ajuda muito e eu retribuo essa ajuda sempre que posso.
Curioso perguntei: - Como vocês se ajudam?
- Ele me vigia quando estou dormindo; ninguém pode chegar perto que ele late e ataca. Também quando ele dorme, eu fico vigiando para que outro cachorro não o incomode.
Continuando a conversa, perguntei: - Serapião, você tem algum desejo na vida?
- Sim, respondeu ele - tenho vontade de comer um cachorro quente, daqueles que a Zezé vende ali na esquina.
- Só isso? Indaguei.
- É, no momento é só isso que eu desejo.
- Pois bem, vou satisfazer agora esse grande desejo.
Saí e comprei um cachorro quente para o mendigo. Voltei e lhe entreguei. Ele arregalou os olhos, deu um sorriso, agradeceu a dádiva e em seguida tirou a salsicha, deu para o Malhado, e comeu o pão com os temperos.
Não entendi aquele gesto do mendigo, pois imaginava ser a salsicha o melhor pedaço. Não me contive e perguntei, intrigado: - Por que você deu para ao Malhado, logo a salsicha?
Ele com a boca cheia respondeu: - Para o melhor amigo, o melhor pedaço! E continuou comendo, alegre e satisfeito.
Despedi-me do Serapião, passei a mão na cabeça do Malhado e sai pensando. Aprendi como é bom ter amigos. Pessoas em que possamos confiar. Por outro lado, é bom ser amigo de alguém e ter a satisfação de ser reconhecido como tal.
Jamais esquecerei a sabedoria daquele eremita: "PARA O MELHOR AMIGO O MELHOR PEDAÇO"
Enviado por Roy Lacerda do blog
MomentoBrasil e foi aqui postado, por ser pertinente à proposta do Arca.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

VIDA, UMA BÊNÇÃO!



Vida, a maior bênção que um ser humano pode receber vinda do Criador, através de seus pais que o auxiliam a nascer, formando o seu corpo físico, para que ele possa se manifestar na matéria física.
Sejamos gratos aos nossos pais por nos terem aceitado como filhos, neste planeta Terra, e procuremos ampará-los na velhice para que Deus abençoe a nossa vida e a deles.
Lembre-se de que Deus é sábio e justo. Todos estamos no lugar em que necessitamos estar para a caminhada evolutiva que escolhemos fazer.
Não culpe ninguém pela vida que leva, mas a sua própria escolha e a si mesmo!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

QUEM É ESSE SER?



Quem é esse ser, que abrange o mundo, que manda o sol pela manhã para aquecer a terra e a lua para clarear a noite?
Quem é esse ser, que tira as pedras do meu caminho e me carrega quando estou vencida pelo cansaço?
Quem é esse ser, que me ouve calado, não me censura, não me critica e sopra meu rosto para enxugar as minhas lágrimas?
Quem é esse ser, que com um simples toque, faz desabrochar as flores para perfumar o ar?
Quem é esse ser, que planta sementes de bondade, que manda anjos e estrelas, para garantir amizades?
Quem é esse ser, que faz serenar as ondas e semeia frutos no mar?
Quem é esse ser, que não tem distinção de raça e cor e nos faz entender que somos todos irmãos?
Uns dizem que ele é uma luz resplandecente, outros, que é um pai amoroso, outros ainda dizem que ele cobra os erros por nós cometidos.
Ninguém ainda conseguiu definir direito quem é esse ser de tanta força, justiça e bondade. Uma coisa é certa, sem essa luz, não existiria paz, não existiria reciprocidade.

terça-feira, 15 de maio de 2012

AS DORES DE JÓ




Não entendo porque temos de maneira geral uma natureza tão negativa, independentemente da nossa personalidade.
Se para alguns tudo é sempre bonito, tudo é bom e se o sol desaparece ele vai voltar o que quer que aconteça, para outros, os dias se seguem uns depois dos outros, apenas com horas repetidas e cenas que se sucedem, numa monotonia muda e dolorida.
E para todo mundo, as infelicidades pesam cem vezes mais que os momentos de alegria que arrebataram nosso coração.
A dor é pesada e a felicidade é leve.
As lágrimas de tristeza apagam mais rápido o que de bom aconteceu e raros são os que têm a força e coragem de dizer: “perdi, mas tive”, “choro hoje mais ontem dei gargalhadas” ou “a vida vale a pena mesmo se sigo tropeçando”.
Não creio! Não posso acreditar em 24 horas por dia e 365 dias por ano de dor infinita sem que em algum momento uma alegria tenha tocado nosso coração, nem que seja de leve. Deve existir, como todo mundo de exceções, uma infelicidade assim grande e duradoura, mas prefiro acreditar que seja realmente uma exceção e não uma fatalidade.
Conheço alguém que colheu todas as mágoas e dores possíveis reunidas em um só ano, como não acreditamos que seja possível. Mas ainda assim, não de pode dizer que a vida seja uma sucessão de coisas ruins sem dia, sem raio de sol, sem primavera e sem as estrelas que nos olham do alto.
Quem planta dores colhe dez vezes mais as mágoas espalhadas pela vida, seja hoje ou seja amanhã. Isso é o reflexo natural das coisas que se faz aqui e ali. Mas duro mesmo é ver colher lágrimas quem com lágrimas semeia o bem e o bom. Duro é ver a injustiça para os que partem cedo demais, sofrem cedo demais, que não escolheram, mas tiveram suas cabeças apontadas. Insuportável!...
Portanto, a vida não escolhe e nos curvamos. Nos apegamos desesperadamente a uma esperança futura que encontramos quando olhamos para a cruz e compreendemos que Aquele que viveu a maior injustiça foi perseguido, cravado e coroado de espinhos.
Todos os dias do ano não são ruins ao todo. Jó teve, perdeu, chorou e foi recompensado pela paciência e perseverança.
Há um amanhã que nos aguarda e acolhe a todo aquele que não desespera. Há e haverá um amanhã a todo aquele que crê. Este verá e viverá.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

A VERDADEIRA BELEZA DE UMA MULHER



Pode-se dizer que a verdadeira beleza de uma mulher não está nas roupas que ela usa, na imagem que ela carrega, ou na maneira que ela penteia os cabelos... Na realidade, essa beleza vem do seu interior, do âmago de sua alma... Está no brilho de seu olhar, está no sorriso que vem de sua alma...
A principal porta de entrada para o interior de uma mulher são seus olhos, que são os autênticos guardiões da sua beleza, que pode ser vista a partir deles, porque essa é a porta para o seu coração, o lugar onde o amor reside.
É a porta de entrada para sua alma, que mostra a riqueza de seus sentimentos, que mostra a força de seu amor, está patenteada na radiosidade de seu sorriso...
É aí que está guardada a verdadeira beleza, que pode se irradiar, pode fluir por seus poros, quando ela sabe usar seus reais atributos.

domingo, 13 de maio de 2012

MÃE É SEMPRE PLURAL


Comparamos as mães às flores por que não existem flores de uma pétala só e mães são plurais e oferecem-se, pétala por pétala, aos seus filhos.
Toda mãe é costureira, nem que seja pra pregar botão.
Toda mãe é conselheira, mesmo se nem sempre é ouvida.
Toda mãe é enfermeira, é psicóloga, é cozinheira.
Toda mãe é professora, doutora, artista... é dona de casa, historiadora e florista...
Toda mãe é, mesmo que com todos os seus defeitos, um pouquinho de nós que chegou antes, preparou nosso caminho, sonhou nosso futuro, riu nossos risos e enxugou por nós algumas lágrimas.
Uma mãe é uma caixinha de emoções que nem sempre se manifesta... às vezes guarda pra si só o que poderia nos fazer mal ou causar medo.
Mas nos dias felizes seu coração se desabrocha e ela abre-se a nós como flores ao sereno da madrugada, inteiras e lindas.
Toda mãe é, sem dúvida, uma flor desdobrada e dividida entre a dor e a felicidade, espinho e doçura. Ela é, no fim de tudo, a flor que veio enfeitar nossa vida.
A todas as mães, o meu carinho e respeito. À minha mãe Lucy, o meu eterno amor.

sábado, 12 de maio de 2012

CÉU E INFERNO ÍNTIMOS




Conta-se que um dia um samurai, grande e forte, conhecido pela sua índole violenta foi procurar um sábio monge em busca de respostas para suas dúvidas.
- Monge, disse o samurai com desejo sincero de aprender, ensina-me sobre o céu e o inferno.
O monge, de pequena estatura e muito franzino, olhou para o bravo guerreiro e,simulando desprezo, lhe disse:
- Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma, você está imundo. Seu mau cheiro é insuportável.
- Ademais, a lâmina da sua espada está enferrujada. Você é uma vergonha para a sua classe.
O samurai ficou enfurecido. O sangue lhe subiu ao rosto e ele não conseguiu dizer nenhuma palavra, tamanha era sua raiva. Empunhou a espada,ergueu-a sobre a cabeça e se preparou para decapitar o monge.
- "Aí começa o inferno", disse-lhe o sábio mansamente.
O samurai ficou imóvel. A sabedoria daquele pequeno homem o impressionara. Afinal, arriscou a própria vida para lhe ensinar sobre o inferno.
O bravo guerreiro abaixou lentamente a espada e agradeceu ao monge pelo valioso ensinamento.
O velho sábio continuou em silêncio.
Passado algum tempo o samurai, já com a intimidade pacificada, pediu humildemente ao monge que lhe perdoasse o gesto infeliz.
Percebendo que seu pedido era sincero, o monge lhe falou:
- "Aí começa o céu".
Para nós, resta a importante lição sobre o céu e o inferno que podemos construir na própria intimidade. Tanto o céu quanto o inferno, são estados de alma que nós próprios elegemos no nosso dia-a-dia.
A cada instante somos convidados a tomar decisões que definirão o início do céu ou o começo do inferno.
É como se todos fôssemos portadores de uma caixa invisível, onde houvesse ferramentas e materiais de primeiros socorros.
Diante de uma situação inesperada, podemos abri-la e lançar mão de qualquer objeto do seu interior.
Assim, quando alguém nos ofende, podemos erguer o martelo da ira ou usar o bálsamo da tolerância.
Visitados pela calúnia, podemos usar o machado do revide ou a gaze da autoconfiança.
Quando injúria bater em nossa porta, podemos usar o aguilhão da vingança ou o óleo do perdão.
Diante da enfermidade inesperada, podemos lançar mão do ácido dissolvente da revolta ou empunhar o escudo da fé.
Ante a partida de um ente caro, nos braços da morte inevitável, podemos optar pelo punhal do desespero ou pela chave da aceitação.
Enfim, surpreendidos pelas mais diversas e infelizes situações, poderemos sempre optar por abrir abismos de incompreensão ou estender a ponte do diálogo que nos possibilite uma solução feliz.
A decisão depende sempre de nós mesmos. Somente da nossa vontade dependerá o nosso estado íntimo.
Portanto, criar céus ou infernos, portas lá dentro da nossa alma, é algo que ninguém poderá fazer por nós.
Sua vontade é soberana.
Sua intimidade é um santuário do qual só você possui a chave.
Preservá-la das investidas das sombras e abri-la para que o sol possa iluminá-la só depende de você.
Pense nisso!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

GRAVANDO NA PEDRA




Conta uma historia que dois amigos iam pelo deserto. Em determinada altura da viagem começaram a discutir, e um deles deu uma bofetada no outro. Ferido na sua dignidade, mas sem dizer nada, escreveu na areia: O MEU MELHOR AMIGO DEU-ME HOJE UMA BOFETADA.
Continuaram a caminhada até que encontraram um oásis, onde decidiram tomar banho.
O amigo que tinha sido esbofeteado começou a afogar-se, mas o seu amigo salvou-o.
Depois de se ter recuperado escreveu numa pedra: O MEU MELHOR AMIGO SALVOU-ME HOJE A VIDA.
O amigo que tinha esbofeteado e salvo o seu melhor amigo preguntou: Quando te feri a dignidade escreveste na areia e agora fizeste-lo numa pedra. Porquê?
O outro amigo respondeu-lhe: Quando alguém nos molesta devemos escrevê-lo na areia para que os ventos do perdão a possam dissipar. Mas quando alguém nos faz alguma coisa de bom, devemos gravá-lo em pedra para que nenhum vento possa dissipá-lo.
Aprende a escrever as tuas feridas na areia e a gravar em pedra tudo o que te aconteça de bom.
Dizem que leva um minuto para se encontrar uma pessoa especial, uma hora para apreciá-la, um dia para amá-la, mas uma vida inteira para esquecê-la.
Enviado por Roy Lacerda do blog
MomentoBrasil e foi aqui postado, por ser pertinente à proposta do Arca.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

AUTO PERDÃO




Perdoai aos inimigos é pedir perdão para si mesmo, porque se sois duros, exigentes, inflexíveis, se tendes rigor mesmo por uma ofensa leve, como quereis que Deus esqueça que, cada dia, tendes maior necessidade de indulgência? (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. X, item 15)
Nossas reações frente à vida não acontecem em função dos estímulos ou dos acontecimentos exteriores mas sim, em função de como nós percebemos e julgamos interiormente esses mesmos estímulos e acontecimentos.
Em verdade, captamos a realidade dos fatos com nossas mais íntimas percepções, desencadeando consequentemente peculiares emoções, que serão as bases de nossas condutas e reações comportamentais no futuro.
Portanto, nossa forma de avaliar e reagir frente aos nossos atos e atitudes e, frente aos outros, conceituando-os como bons ou maus, é determinada por um sistema de autocensura que se encontra estruturado nos “níveis de consciência” da criatura humana.
Toda e qualquer postura que assumimos na vida se prende à maneira de como olhamos o mundo fora e dentro de nós, podendo nos levar a ter uma sensação íntima de realização ou de frustração, de contentamento ou de culpa, de perdão ou de punição, pois são baseados em nosso “código-moral” modelado na intimidade de nosso psiquismo.
Nosso “julgador interno” foi formado sobre as bases de nossos conceitos acumulados nos tempos passados das vidas incontáveis, também com os pais atuais, com os ensinos de professores, com líderes religiosos, com médico da família, com as autoridades políticas de expressão, com a sociedade enfim.
Também de uma forma sutil e quase inconsciente, no contato com informações, ordens, estórias, superstições, preconceitos e tradições, assimiladas dos adultos com quem convivemos em longos períodos de nossa vida, portanto, ela nem sempre condiz com a realidade perfeita das coisas.
Essa “consciência crítica” que julga e cataloga nosso feitos, autocensurando ou autoaprovando, influencia a criatura a agir da mesma maneira que os adultos agiram sobre ela quando criança, punindo-a, quando não se comportava da maneira como aprendeu ser justa e correta, ou dando toda uma sensação de aprovação e reconforto, quando ela agia dentro das propostas que assimilou como sendo certas e decentes.
A gênese do não perdão a si mesmo está baseado no tipo de informações e mensagens que acumulamos através das diversas fases de evolução de nossa existência de almas imortais.
Podemos experimentar culpa e condenação, perdão e liberdade de acordo com nossos valores, crenças, normas e regras vigentes, podendo variar de indivíduo para indivíduo, conforme sexo, raça, classe social, formação familiar e fé religiosa.
Entendemos assim que, para atingirmos o autoperdão, é necessário que a criatura reexamine suas crenças profundas, sob a natureza do seu próprio ser, estudando as leis da Vida Maior, bem como as raízes de sua educação na informação atual.
Uma das grandes fontes de autoagressão vem da busca apressada de uma perfeição absoluta, como se todos devêssemos ser deuses ou deusas de um momento para outro.
Aliás, a exigência da perfeição é considerada a pior inimiga da criatura, pois a leva a uma constante hostilidade contra si mesma exigindo-lhe capacidade e habilidades ainda não adquirida por ela.
Se padrões muito severos de censura foram estabelecidos por pais perfeccionistas à criança, ou se lhe foi imposto um senso de justiça implacável, entre regulamentos disciplinadores e rígidos, provavelmente ela se tornará um adulto inflexível e irredutível para com os outros e para consigo mesmo.
Quando sempre esperamos perfeição em tudo e confrontamos o lado “inadequado” de nossa natureza humana, sentir-nos-emos fatalmente diminuídos e envolvidos por uma aura de fracasso.
Não tomar consciência de nossas limitações é como se admitíssemos que os outros e nós mesmos devêssemos ser oniscientes e todo-poderosos.
Afirmam as criaturas: “Recrimino-me por ter sido tão ingênuo naquela situação...”; “Tenho raiva de mim mesmo, por ter aceitado tão facilmente aquelas mentiras...”; “Deveria ter previsto estes problemas atuais...”;”Não consigo perdoar-me, pois pensei que ele mudaria...”. São maneiras de expressarmos nossa culpa e o não perdão a nós mesmos – exigências desmedidas atribuídas às pessoas perfeccionistas.
Os viciados em perfeição acham que podem fazer tudo sempre melhor e portanto, rejeitam quase tudo o que fazem e o que fizeram. Não aceitam suas limitações e não enxergam a “perfeição em potencial”, que existe dentro deles mesmos, perdendo assim a oportunidade de crescimento pessoal e de desenvolvimento natural, gradativo e constante que é a técnica das leis do universo.
A desestima a nós próprios nasce quando nós não nos aceitamos como somos. Somente a autoaceitação leva a criatura a sentir uma plena segurança frente aos fatos e às ocorrências do seu cotidiano, ainda que os indivíduos, a seu redor, não a aceitem e nem entendam suas melhores intenções.
O perdão concede a paz de espírito, mas essa concessão escapará da alma se estivermos presos ao desejo de dirigir os passos de alguém não aceitando o seu propósito de viver.
Deveremos compreender que cada um de nós está cumprindo um destino só seu, e que as atividades e modos das outras pessoas ajustam-se somente a elas mesmas.
Estabelecer padrões de comportamento e modelos idealizados para os nossos semelhantes é puro desrespeito e incompreensão frente ao mecanismo da evolução espiritual. Admitir e aceitar os outros como eles são nos permitem que eles nos admitam e nos aceitem como somos.
Perdoar-nos resulta no amor a nós mesmos – o pré-requisito para alcançarmos a plenitude do “bom viver”.
Perdoar-nos é não importar-nos com o que fomos, pois a renovação está no instante presente e o que importa é como somos agora e quais são as determinações atuais para o nosso progresso espiritual.
Perdoar-nos é conviver com a mais nítida realidade, não distraindo com as ilusões de que os outros e nós mesmos “deveríamos ser” algo que imaginamos ou fantasiamos.
Perdoar-nos é compreender que os que nos cercam são reflexos de nós mesmos, criações nossas que materializamos com nossos pensamentos e convicções íntimas.
O texto em estudo – “Perdoar aos inimigos é pedir perdão a si mesmo” – quer dizer, enquanto nós não nos libertarmos da necessidade de castigar e punir ao próximo, não estaremos recebendo a dádiva da compreensão para o autoperdão.
“...porque se sois duros, exigentes, inflexíveis, se tendes rigor mesmo por uma ofensa leve...”, como haveremos de criar oportunidades novas para que o “Divino Processo da Vida” nos fecunde a alma com a plenitude do Amor, a fim de que possamos perdoar-nos?

quarta-feira, 9 de maio de 2012

EU TIVE QUE ACEITAR




Eu tive que aceitar que o meu corpo nunca fora imortal, que ele envelheceria e que um dia se acabaria.
Eu tive que aceitar que eu viera ao mundo para fazer algo por ele, para tentar dar-lhe o melhor de mim, deixar rastros positivos da minha passagem e, em dado momento, partir.
Eu tive que aceitar que meus pais não durariam para sempre e que meus filhos, pouco a pouco, escolheriam seus caminhos e prosseguiriam sua caminhada sem mim.
Eu tive que aceitar que eles não eram meus como eu supunha, e que a liberdade de ir e vir era um direito deles também.
Eu tive que aceitar que todos os meus bens me foram confiados por empréstimo, que não me pertenciam e que eram tão fugazes como fugaz era a minha própria existência na Terra.
Eu tive que aceitar que eu iria e que os bens ficariam para uso de outras pessoas quando eu já não estivesse por aqui.
Eu tive que aceitar que varrer minha calçada todos os dias não me dava nenhuma garantia de que ela era propriedade minha, e que varrê-la com tanta constância era apenas um fútil alimento que eu dava à minha ilusão de posse.
Eu tive que aceitar que o que eu chamava de “minha casa” era só um teto temporário que dia mais, dia menos, seria o abrigo terreno de uma outra família.
Eu tive que aceitar que o meu apego às coisas só apressaria ainda mais a minha despedida e a minha partida.
Eu tive que aceitar que meus animais de estimação, minhas plantas, a árvore que eu plantara, minhas flores e minhas aves eram mortais. Eles não me pertenciam! Foi difícil, mas eu tive que aceitar.
Eu tive que aceitar as minhas fragilidades, os meus limites, a minha condição de ser mortal, de ser atingível, de ser perecível. Eu tive que aceitar para não perecer!
Eu tive que aceitar que a Vida sempre continuaria com ou sem mim, e que o mundo em pouco tempo me esqueceria. Eu me rendi e aceitei que eu tinha que aceitar.
Aceitei para deixar de sofrer, para lançar fora o meu orgulho, a minha prepotência, e para voltar à simplicidade da Natureza, que trata a todos da mesma maneira e sem favoritismos.
Humildemente agora lhe confesso que foi preciso eu fazer cessar uma guerra dentro de mim.
Eu tive que me desarmar e abrir meus braços para receber e aceitar a minha tão sonhada Paz!

terça-feira, 8 de maio de 2012



Que eu faça um mendigo sentar-se à minha mesa,
que eu perdoe aquele que me ofende e
me esforce por amar,
inclusive
o meu inimigo,
em nome de Cristo,
tudo isso,
naturalmente,
não deixa de ser uma grande virtude.
O que faço ao menor dos meus irmãos
é ao próprio Cristo que faço.
Mas o que acontecerá,
se descubro,
porventura,
que o menor,
o mais miserável de todos,
o mais pobre dos mendigos,
o mais insolente dos meus caluniadores,
o meu inimigo,
reside dentro de mim,
sou eu mesmo,
e precisa da esmola da minha bondade,
e que eu mesmo sou o inimigo
que é necessário amar?

segunda-feira, 7 de maio de 2012

TODOS TEMOS FOME




Todos temos fome. Fome de pão, fome de amor, fome de conhecimentos, de paz e de amizade.
A fome de pão que tanto aparece é a que mais comove e, contudo, existem outros tipos de fome.
A fome de amor, dentre todas, é a mais difícil de ser saciada. Muitos passam a vida inteira sem que ninguém lhes estenda uma migalha de carinho.
Aprendamos a reconhecer a fome de quem nos fala, de quem conosco convive, entendendo que quanto maior a fome, mais escondida se encontra e a busquemos saciar.
Recordemos os versos da oração franciscana: Senhor, que eu ame mais do que pretenda ser amado...

domingo, 6 de maio de 2012

SOMENTE UMA ILUSÃO




Quão preciosa é a mão do amigo que se dirige a nós quando não sabemos o que fazer ou como reagir!
Quão preciosas são as palavras que não sabíamos que existiam, mas que nosso coração exigia para continuar inteiro e manter-se vivo!
Nunca poderemos negar a importância daquilo que chegou na hora exata em que estávamos precisando e, portanto, o que é fundamental ao nosso bem-estar e à nossa felicidade encontra-se dentro de nós e não vem de fora.
A voz que nos chama é apenas a brisa que acende uma brasa já existente. Nossa força existe em nós, escrita em cada célula de um corpo que já nasceu vitorioso.
A base, o fundamento e princípio das nossas vitórias estão ancoradas no mais profundo do nosso ser e se assim não fosse, nenhuma voz teria sentido e nenhum resultado alcançaríamos.
Temos a terra e a semente e o poder de fazê-la germinar ou deixá-la morrer.
Amigo é aquele que abre a porta, traz o sol e a chuva e o sereno das madrugadas intermináveis. São os instrumentos que nos trabalham, mas não inventam o que não existe em nós. Eles nos acordam, sacodem, abrem-nos os olhos e nos empurram. Mas são nossas pernas que andam, é nossa força que nos leva adiante.
Amigo é aquele que nos diz: “Levanta-te e anda!” porque sabe que somos capazes. É o que não duvida e não nos deixa duvidar.
A ideia de que nossa felicidade e nossas vitórias dependem de outras pessoas ou fatores é apenas uma ilusão. Damos o que possuímos e possuímos o que damos. Se nada temos, nada podemos oferecer.
Benditas são as pessoas que ao nosso lado ofertam um sorriso, apontam, mesmo sem saber, um pedacinho do paraíso.
Benditos somos nós, donos de uma força que ignoramos e herdeiros de um Pai que nos recebe de braços abertos cada vez que decidimos voltar pra casa.

sábado, 5 de maio de 2012

DIGO QUE NÃO VOU CHORAR




Digo que não vou chorar, mas choro.
Choro quando meu limite de sentir dor extravasa, quando minha capacidade de suportar vai além das minhas forças, quando a garganta sufoca com gritos e se fecha com muitos nós.
Digo que não vou chorar, mas choro, porque sou impotente perante as dores do mundo, porque não consigo o ruim melhorar.
Choro para aliviar meu peito, para nos outros acreditar.
Choro porque às vezes me entrego e perco a garra para lutar.
Choro pelas saudades que não consigo matar.
Choro porque não me entendem e não me deixam explicar.
Digo que não vou chorar, mas choro, pelas injustiças que vejo, pelas dores de todos os peitos, pela fome, pelas guerras, pelas doenças de nossa terra.
Digo então que não vou chorar, mas choro, por não concordar, não aceitar, não me conformar, que algumas pessoas preferem se odiar a se amar!
Enviado por Carlos Varoli do Blog
Carlos Espírita e foi aqui postado, por ser pertinente à proposta do Arca.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A VISITA



Ruth, olhou em sua caixa de correio, mas só havia uma carta.
Pegou-a e olhou-a antes de abri-la.
Mas logo parou, para observar com mais atenção.
Não havia selo nem marcas do correio, somente seu nome e endereço.
Ela decidiu ler a carta:
"Querida Ruth. Estarei próximo de sua casa, no sábado à tarde, e passarei para visitá-la. Com amor, Jesus."
As mãos da mulher tremiam quando colocou a carta sobre a mesa.
“Por que o Senhor vai querer visitar-me? Não sou ninguém especial, não tenho nada para oferecer-lhe..." - pensou.
Preocupada, Ruth recordou o vazio reinante nas estantes de sua cozinha.
"Ai, não! não tenho nada para oferecer-lhe. Terei que ir ao mercado e comprar alguma coisa para o jantar. Conteúdo sobre a mesa: US 5,40. Bom, comprarei pão e alguma outra coisa, pelo menos."
Ruth colocou um abrigo e se apressou em sair.
Um pão francês, um pouco de peru e uma caixa de leite...
Ruth ficou somente com US 0,12 que deveriam durar até a segunda-feira.
Mesmo assim,sentiu-se bem e saiu a caminho de casa, com sua humilde compra debaixo de um dos braços.
- Olá, senhora, pode nos ajudar?
Ruth estava tão distraída pensando no jantar, que não viu as duas pessoas que estavam em pé no corredor.
Um homem e uma mulher, os dois vestidos com pouco mais que farrapos.
- Olhe, senhora, não tenho emprego. Minha mulher e eu temos vivido ali fora na rua. Bom, esta fazendo frio e estamos sentindo fome. Se a senhora pudesse nos ajudar, ficaríamos muito agradecidos...
Ruth olhou para eles com mais cuidado. Estavam sujos e tinham mal cheiro e, francamente, ela estava segura de que eles poderiam conseguir algum emprego se realmente quisessem.
- Senhor, eu queria ajudar, mas eu mesma sou uma mulher pobre.
Tudo que tenho são umas fatias de pão, mas receberei um hóspede importante esta noite e planejava servir isso a Ele.
- Sim, bom, sim senhora, entendo. De qualquer maneira, obrigado, -respondeu o homem.
O pobre homem colocou o braço em volta dos ombros da mulher, e os dois se dirigiram para a saída.
Ao vê-los saindo, Ruth sentiu um forte pulsar em seu coração.
- Senhor, espere!
O casal parou e voltou a medida que Ruth corria para eles e os alcançava na rua.
- Olhem, querem aceitar este lanche? Conseguirei algo para servir ao meu convidado, dizia Ruth, enquanto estendia a mão, com o pacote do lanche.
- Obrigado, senhora, muito obrigado.
- Obrigada, disse a mulher.
Foi aí que Ruth pôde perceber que a mulher tremia de frio.
- Sabe, tenho outro casaco em minha casa, tome este - ofereceu Ruth.
Ela desabotoou o próprio casaco e o colocou sobre os ombros da mulher. Sorrindo, voltou a caminho de casa, sem casaco e sem nada para servir ao seu convidado.
- Obrigado, senhora, muito obrigado - despediu-se, agradecido, o casal.
Ruth estava tremendo de frio quando chegou à porta de casa. Agora não tinha nada para oferecer ao Senhor.
Procurou a chave rapidamente na bolsa, enquanto notava outra carta na caixa de correio.
“Que raro, o carteiro nunca vem duas vezes em um dia" - pensou.
Ela então apanhou a carta e abriu-a: Querida Ruth. Foi bom vê-la novamente. Obrigado pelo delicioso lanche e pelo esplêndido casaco. Com amor, Jesus."
O ar estava frio, porém, ainda sem se agasalhar, Ruth nem percebeu.
Enviado por Roy Lacerda do blog
MomentoBrasil e foi aqui postado, por ser pertinente à proposta do Arca.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

REVERENCIE-SE COM A CONSERVAÇÃO




Acho que foi minha avó que me fez acreditar que eu precisava ficar o tempo todo ocupada.
A inatividade, ela afirmava, era sinal de preguiça, e a preguiça, era pecado. Quando fui descobrir, já adulta, que isso não é verdade, meu ritmo de vida se tornara frenético. Aos 25 anos, já estava exausta. Eu não sabia relaxar. Não sabia conservar minha energia.
O relaxamento é a melhor forma de conservar energia e de viver mais e melhor. A primeira coisa a fazer é repensar e mudar nossos padrões de comportamento. É você quem se levanta primeiro para limpar a mesa? É você quem diz primeiro “Deixa que eu ajudo!” ou “Deixa comigo?”. A gente ganhava pontos por esse tipo de coisa na primeira série do primário. Lembra quando você levantava a mão e implorava à professora para apagar o quadro negro?
Fomos premiados por nos dispormos a fazer mais do que precisávamos. Fomos encorajados a nos manter ocupados. Depois, aprendemos a medir nossa importância na vida pelo número de coisas que fazíamos. Quando não temos coisa alguma para fazer, nos sentimos inúteis. Nos casos mais graves, acreditamos mesmo que somos inúteis. Como resultado, aprendemos a nos impor deveres que, em última instância, levam à exaustão mental, física e espiritual.
A conservação exige disposição de ficarmos inteiramente parados, correndo o risco de demonstrar preguiça. Ela inclui não só a quietude mental e emocional para conservar corpo, mente e espírito. Você merece descansar. Tem o direito de proceder num ritmo que lhe for confortável. Precisa de tempo para você, por você e com você, se quiser manter sua mente sã.
Da mesma maneira que não nos ensinaram a nos conservar, não aprendemos a conservar nossos recursos. Tempo, dinheiro e conhecimento são todos recursos dignos de serem preservados. Gastar o seu tempo fazendo coisas que não trazem a você ou a qualquer pessoa prazer ou alegria é um desperdício de recursos valiosos. Gastar o seu dinheiro de maneira e com coisas que não trazem benefícios a você ou a qualquer outra pessoa é outro desperdício de recursos. Tentar convencer uma pessoa de algo que ela se recusa a ouvir, é um desperdício de recursos valiosos.
Procure passar seu tempo num estado de relaxamento mental, emocional e espiritual. Mesmo quando tiver um impulso de extrema generosidade, conserve alguns de seus recursos para você. Minha avó costumava dizer: “Não gaste tudo no mesmo lugar”.
A Bíblia nos adverte: “Não atire pérola aos porcos. Não dê o sagrado aos cães.” Evite, a todo custo, dar o seu conhecimento, seu tempo e sua energia a causas e pessoas que não as merecem.
Como saber que não merecem? Se você precisar brigar com uma pessoa para que ela aceite o que você está oferecendo como um ato de amor, ela não merece sua doação.
A vida quer que você dure muito, muito tempo. A vida quer que você esteja bem enquanto você estiver por aqui. Você não serve para a vida quando está sem ânimo. Aprender a relaxar e a conservar sua energia natural é um dos maiores presentes que você pode dar à vida.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

SAIBA SAIR DE CENA


Uma das coisas que aprendi com pessoas de grande sabedoria é saber sair de cena, deixar o palco, sair da roda, mudar de assunto. Saber o momento exato de fazer com que os holofotes fiquem sobre os outros e não sobre você. No mundo competitivo em que vivemos, a sua presença "marcante" pode marcar demais. A sua ideia "brilhante" pode brilhar demais.
A forma "inovadora" de pensar pode inovar demais. E nem sempre as pessoas estão dispostas a deixar você brilhar impunemente.
É hora de sair de cena. Nem que seja por um tempo. É preciso fazer os outros pensarem que você desistiu. É preciso dar a chance das pessoas acharem que você não quer mais estar no palco. Mas saber sair de cena é uma arte tão importante quanto saber entrar em cena.
Todo ator sabe disso.
Assim, é preciso sair de cena com classe. É preciso sair de cena com a discrição de um lorde inglês. Quando as pessoas sentem-se ameaçadas por você e começam a ter respostas agressivas desproporcionais, talvez seja a hora de sair de cena. Quando você, sem ter desejado ou planejado, começa a aparecer muito na sua área de atuação ou no seu setor de trabalho, talvez seja a hora de sair de cena por um tempo.
Saber sair de cena é também saber mudar de assunto. Quando as pessoas vêm lhe perguntar e comentar sobre o seu sucesso, sobre seus bens materiais, seu possível enriquecimento, etc., querendo fazer você falar sobre você - é hora de mudar de assunto.
É hora de sair de cena. Os sábios sabem que você nada ganhará falando de você mesmo para os outros. Nem bem, nem mal. Mude de assunto. Saia de cena.
Não caia nessa armadilha. Quando o embate se dará com poderosos e você conhece o poder destrutivo desses poderosos, pense bem antes de entrar no combate.
Talvez você ganhe mais saindo de cena.
Deixe a briga de cachorro grande para grandes cães. Saiba sair de cena.
Você terá outras oportunidades. Você ganhará outras batalhas com menos stresse, com menores esforços. É preciso fazer um grande esforço de sabedoria para saber quando sair de cena. É preciso ter uma grande capacidade artística para saber como sair de cena.
Será que temos tido a sabedoria e a arte de sair de cena, deixar o palco, mudar de assunto, na hora certa, no momento exato?

terça-feira, 1 de maio de 2012

O AVESSO




O que você enxerga como avesso,
pode ser a frente para outra pessoa,
assim como o que você vê a sua direita,
está a esquerda para a pessoa do outro lado,
e o que parece uma situação irreversível,
pode ser o inicio da solução,
pode ser a mudança te chamando,
despertando em você o que existe de melhor,
a sua capacidade de lutar,
pois o que você chama de "problema",
o Universo chama de "tarefa",
e cada um tem a sua cada dia.

Por isso, no parente que bebe demais,
enxergue alguém que pede ajuda,
no vizinho nervoso que grita demais,
enxergue alguém que precisa de oração,
no trânsito complicado da cidade,
enxergue a oportunidade de refletir,
no filho problema que te deixa estressado,
a oportunidade de aprender e ensinar.
Talvez a situação peça apenas a aproximar-se...

Onde o mal, persistir, veja a ausência do bem,
e faça a sua parte, seja luz,
não seja mais um a criticar,
experimente compartilhar, dividir,
ser solidário na alma e no coração.

Difícil é manter os bons olhos,
enxergar o bem onde os outros não veem,
por isso, Jesus Cristo disse certo dia:
"A candeia do corpo são os olhos; de sorte que,
se teus olhos forem bons todo teu corpo terás luz".

Seja hoje e para todo sempre,
o dia de abrir os olhos de ver,
os olhos do bem na sua vida,
em Cristo, por Cristo e com Cristo,
Assim fica mais fácil viver.