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terça-feira, 30 de abril de 2013

CARIDADE



Para o faminto – é o prato de sopa.
Para o triste – é a palavra consoladora.
Para o mau – é a paciência com que nos compete auxiliá-lo.
Para o desesperado – é o auxílio do coração.
Para o ignorante – é o ensino despretensioso.
Para o ingrato – é o esquecimento.
Para o enfermo – é a visita pessoal.
Para o estudante – é o concurso no aprendizado.
Para a criança – é a proteção construtiva.
Para o velho – é o braço irmão.
Para o inimigo – é o silêncio.
Para o amigo – é o estímulo.
Para o transviado – é o entendimento.
Para o orgulhoso – é a humildade.
Para o colérico – é a calma.
Para o preguiçoso – é o trabalho.
Para o impulsivo – é a serenidade.
Para o leviano – é a tolerância.
Para o deserdado da Terra – é a expressão de carinho.
Caridade é o amor, em manifestação incessante e crescente. É o sol de mil faces, brilhando para todos, e o gênio de mil mãos, amparando, indistintamente, na obra do bem, onde quer que se encontre, entre justos e injustos, bons e maus, felizes e infelizes, porque, onde estiver o Espírito do Senhor, aí se derrama a claridade constante dele, a benefício do mundo inteiro.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

CARÊNCIA AFETIVA



A carência afetiva é um mal que atinge todas as faixas etárias, culturas e classes sociais. É pior que a gripe, que vem e vai embora, ou uma doença que mata de vez. É um mal que consome as pessoas devagarinho.
A indiferença da sociedade atual face aos problemas do mundo, faz com que as pessoas sintam-se sozinhas e carentes. Preferimos fechar os olhos ao que se passa ao nosso redor (e mesmo fora dele!) do que enfrentar a realidade da vida dos outros, dos seus problemas. Há cada vez mais pessoas solitárias enquanto a população cresce.
As pessoas têm sede de amor. O problema é que raramente querem ser fonte. E nessa engrenagem há muita gente infeliz. Então, corre-se de um lado para o outro, alguns tentam achar compensação a nível profissional, outros em religiões, crenças e seitas.
A internet também faz parte desse mundo. Fecha-se aqui, procura-se amores, amizades e certezas de que alguma coisa ainda existe capaz de compensar a falta de afeto. E enganam-se. Enganam-se os outros e a si mesmo.
Quando Jesus andou na terra, tenho certeza que não precisava de nada. Ele era auto-suficiente. Apesar disso, viveu tudo: Ele andou, trabalhou, se entristeceu, chorou, sentiu fome, angústia, dor, morreu e ressurgiu. E vivendo tudo isso, amou. Amou até o fim, até pedir perdão para os que o crucificaram. E tudo o que Ele viveu, foi para nos mostrar o exemplo. De nada serviria se Ele tivesse pregado e não vivido as próprias palavras. Como nós. Mais que falar, precisamos viver.
O dia que as pessoas compreenderem que a solução está dentro delas mesmas, então o mundo terá uma chance de sair desse caos. Se você quer ser amado, ame! Quer receber um sorriso? Sorria! Quer receber e-mails? Mande! Quer carinho? Dê ternura até não aguentar mais. Quer atenção? Seja atencioso!
Talvez não funcione imediatamente. É um remédio que precisa de um tempo para começar a fazer efeito. Mas, quando você estiver curado interiormente, vai ser outra pessoa, de maneira tal que será impossível não receber de volta a felicidade que espalhou. Temos a mania de querer comprar tudo. Mas, muitas coisas da vida precisamos plantar, cuidar e colher com nossas próprias mãos. Nem tudo se vende e se compra e afeto faz parte dessas raras coisas.
Não amamos a Deus por que Ele nos amou primeiro? Então, vivamos de maneira que possamos ser os primeiros a dar afeto, amor, atenção. Sejamos os antídotos do ódio e da indiferença. Tudo o que virá após, será compensação. Estaremos contribuindo assim para uma sociedade mais humana, mais justa e mais equilibrada.

domingo, 28 de abril de 2013

CAMINHOS DA VIDA



Em nossa caminhada pela vida, muitas vezes chegamos a uma encruzilhada, uma bifurcação. E, aí então, paramos indecisos, temerosos, sem saber qual rumo seguir.
Não podemos deixar que o acaso decida e nos indique o caminho certo. Devemos sim, ponderar, usas nossa intuição, nossa compreensão e nosso livre arbítrio, para seguir aquele que entendermos seja de segurança e aprimoramento de nosso aprendizado de vida.

Se o sol estiver brilhando, dourando os trigais que margeiam a estrada, use seu protetor solar, e caminhe a passos firmes... é seu caminho!

Se a chuva estiver caindo, regando os campos, os trigais, os jardins que margeiam a estrada, abra o guarda-chuva, e caminhe a passos mais lentos para não escorregar, e siga adiante. Este é o seu caminho!

Tire sempre bom proveito dos momentos que se apresentarem, seja eles favoráveis ou não, pois cada um trará uma lição. Uma lição de vida, de coragem, de perseverança e de aprendizado.

Estamos caminhando nesta estrada que se chama Intervalo. Sim, intervalo entre a chegada e a partida, portanto, não deixe que seus passos percam a cadência de um bom caminhar. Se tropeçar, acerte novamente o compasso. Se cair, erga-se corajosamente, tire a poeira, levante o olhar, eleve os pensamentos e recomece a caminhada.

Procure semear boas sementes, às margens de seus caminhos, para que desabrochem lindas flores, que contará aos que vierem que seu coração foi generoso, mesmo quando enfrentava os percalços da vida.

Deixe nítidas suas pegadas nas trilhas do bem, pois outros o seguirão. Pise firme, pise forte nos caminhos da solidariedade, irmãos precisarão.

Cante, assovie, sorria... os pássaros cantarão juntos. Seja amoroso para com a natureza, ela retribuirá com abundância.

Ame os animais e preserve seu habitat, Deus lhe sorrirá. Abra seus braços em abraços fraternos, e sentirá o abraço de Jesus!

Faça de sua caminhada pela vida a melhor das caminhadas!

sábado, 27 de abril de 2013

CANÇÃO DE UMA CAMPONESA MADAGASCAR



Senhor!
Dono das panelas e marmitas!

Não posso ser a santa que medita aos vossos pés.

Não posso bordar toalhas para o vosso altar.

Então, que eu seja santa ao pé do meu fogão.

Que o vosso amor esquente a chama que eu acendi e faça calar minha vontade de gemer a minha miséria.

Eu tenho as mãos de Marta.

Mas quero também ter a alma de Maria.

Quando eu lavar o chão, lavai, Senhor, os meus pecados.

Quando eu puser na mesa a comida, comei também, Senhor, junto conosco.

É ao meu Senhor que eu sirvo, servindo minha família.

Registrada pelo frei dominicano Raimundo Cintra que reuniu as mais belas orações de diversas culturas.