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segunda-feira, 30 de junho de 2014

DEUS NÃO SE ENVERGONHA DE MIM




Falamos abertamente das nossas paixões, mesmo com orgulho em certas ocasiões. O time de futebol preferido, um artista, uma pessoa importante. São coisas que nos dão satisfações inexplicáveis e que defendemos muitas vezes como se fossem parte de nós. Não nos envergonhamos, mesmo se as outras pessoas não possuem os mesmos gostos ou mesmas preferências.
E me pergunto por que há pessoas que possuem tanta dificuldade para falar de Deus, de Jesus, se são Eles a razão mesmo da nossa existência e o único meio de salvar nossa alma para a eternidade.
Nosso time ignora nossa existência e nosso artista preferido frequentemente também. Somos, para essas paixões, apenas um rosto a mais numa multidão.
E quando as dificuldades nos assaltam, para onde dirigimos nossos olhos, nossas lágrimas, nosso coração sofrido? Para onde se dirigem nossas súplicas?
Nesses momentos, as paixões do mundo tornam-se mínimas, insignificantes, até esquecidas. Nos dirigimos para Aquele que acreditamos ter a solução para nós e que possui um coração grande o bastante para se inclinar e nos ouvir. Aquele que é capaz de perdoar bem mais que setenta vezes sete e nos aceita cada vez que, arrependidos, acabamos voltando. Aquele que nos perdoa até o último minuto da nossa vida.
Nos momentos de desespero é fácil chorar, pedir, suplicar, sem que a gente se preocupe com o que vão pensar de nós. É muito fácil receber, aceitar.
Mas quando a tempestade passa e que o sol volta a brilhar, não é assim tão fácil abrir a boca e falar dAquele que nos segurou a mão nas horas difíceis. Pensamos no que vão pensar de nós, se vão nos julgar. Acabamos seguindo a maré, porque é mais fácil ser como todo mundo.
Mas quem disse que precisamos ser como todo mundo, fazer como todo mundo? Convicções são convicções, pouco importa a situação.
Não digo aqui que devemos entrar em discussões intermináveis sobre religiões. Fanatismo também é pecado e vemos diariamente nas notícias onde ele tem conduzido muitos povos. Não precisamos ser fanáticos para sermos quem somos, com toda honestidade.
Negamos diariamente a Deus. Negamos quando nos omitimos, nos calamos ante certas circunstâncias que pediriam de nós uma atitude; negamos quando não dizemos às pessoas que necessitam que Ele é a solução. Negamos com nosso silêncio.
E Deus se entristece. Porque Ele não se envergonha de nós, mesmo sendo quem somos. Jesus não se envergonhou da humilhação da morte de cruz, mas preferiu perdoar dizendo que as pessoas não sabiam o que estavam fazendo.
Talvez quem negue não tenha ainda tido um verdadeiro encontro com Ele. Porque se Deus está em nós e nós nEle, brilhamos por onde passamos, como pedaços de luz numa noite escura. Somos livres e libertos. Vamos a Ele também na nossa alegria e não somente quando nossa alma chora e carece de ajuda.
É preciso pensar sobre isso. Pedro chorou amargamente depois de ter negado a Jesus e foi perdoado. Mas podemos viver sem ter que passar por esse caminho. Podemos trazer muito mais alegrias que tristezas ao coração de Deus, que nos ama acima e apesar de tudo.

domingo, 29 de junho de 2014

O QUE PREVALECE AGORA




O que prevalece agora é essa maneira nova de sentir a vida. Essa perspectiva que me faz admirar, incansáveis vezes, antigas preciosidades. Essa vontade de bendizer tantas maravilhas. Esse sentimento de gratidão pelas coisas mais simples que existem. Esse jeito mais amigo de ouvir meu coração.
O que prevalece agora é essa apreciação mais desperta, que me permite reinaugurar flores e céus e pessoas no meu olhar. Essa graça que encontro, de graça, nos detalhes mais singelos.
O que prevalece agora é a confortável suposição de que, por trás de tantas e habituais nuvens, esse contentamento faz parte da nossa natureza.
Os problemas, os desafios, as limitações, não deixaram de existir. Deixaram apenas de ocupar o espaço todo
Parece milagre, mas as sementes de cura começam a florescer nos mesmos jardins onde parecia que nenhuma outra flor brotaria.
A alma é sábia: enquanto achamos que só existe dor, ela trabalha, em silêncio, para tecer o momento novo. E ele chega.

sábado, 28 de junho de 2014

ACOMODADOS



Não se acostume com a dor,
nem se acomode com a miséria,
não entre para o círculo dos acomodados.
Lembre-se, a Terra é redonda, e nas muitas voltas que ela dá,
você pode mudar de lugar, ganhar ou perder,
vai começar e terminar muita coisa,
então é importante, eu diria fundamental,
manter o espírito de luta,
com a certeza de que sempre se pode fazer melhor,
não importando o que você resolveu fazer.
Sempre é possível melhorar alguma coisa,
seja ela física ou espiritual,
é possível melhorar o seu relacionamento familiar,
a amizade, o seu trabalho, as suas notas na escola,
o seu salário, a sua autoestima...
Não se limite, não fique de braços cruzados olhando o navio de cruzeiro levando pessoas como você para a sua viagem de sonho. Lute, lute mais um pouco, esforce-se mais.
Concentre-se no seu ideal e esqueça os problemas,
as barreiras, se não você não vence.
Se disserem impossível,
responda que simplesmente é porque ninguém fez ainda.
Se disserem que não é para você, responda que agora será!
Se disserem que você não é capaz, não acredite, mire-se no exemplo de quem fez e faz a diferença.
Se disserem desista, resista!
Se disserem chega, avance!
Se perguntarem como é que você conseguiu,
é sinal que você venceu o seu pior
inimigo: o desânimo.
Você é uma pessoa vitoriosa,
chegou até este dia com capacidade de começar, ou recomeçar.
Viva você!
Que este dia seja iluminado para seus sonhos mais antigos...
Eu acredito em você.
Autoria de Paulo Roberto Gaefke

www.meuanjo.com.br

sexta-feira, 27 de junho de 2014

FIZERAM A GENTE ACREDITAR


Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não nos contaram que amor não é acionado nem chega com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um", duas pessoas pensando igual, agindo igual, que isso era que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, nem contaram que ninguém vai contar. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz se apaixonar por alguém.