Páginas

sábado, 20 de junho de 2009

A VIVÊNCIA DO OUTRO


A amizade, embora inteira, para ser completa, deve conhecer limites. Nosso primeiro ímpeto ao ver um amigo sofrendo, quer seja física, moral ou espiritualmente, é oferecer um ombro e querer fazer alguma coisa. É natural. È humano.Jesus também carregou o fardo dos nossos pecados. Aliviou-nos de uma carga que iria nos conduzir à perdição. Mas ainda assim não andou por nós, não decidiu por nós. Se o tivesse feito, teríamos conhecido a total perfeição, mas teríamos deixado de sermos nós.
Mas ele nos deixou a liberdade de escolher. Perfeito, respeitou nossas imperfeições.
Quando alguém que amamos sofre, uma parte de nós sofre também. Assim queremos ajudar, queremos fazer alguma coisa que reconforte, restaure uma pessoa sofrida, nos devolva o outro, tal e qual aprendemos a amá-lo.
Só que nossas ações não podem e não devem ir longe demais. Podemos ajudar uma pessoa a se levantar, a ter uma outra visão da vida, a caminhar mais firme. Podemos dar a mão e até carregá-la no colo. O que não podemos é tentar viver por ela.
Uma pessoa que se torna dependente de uma outra pessoa, de alguma forma ou circunstância é alguém de quem foi amputada a vontade.
E vontade é algo básico e essencial para se alcançar os objetivos. Se tentamos fazer tudo no lugar do outro, não oferecemos benefício algum, muito pelo contrário.
E assim, meu amigo, eu preciso te deixar caminhar com suas próprias pernas, embora eu possa te apoiar nesse longo caminho, me sentar ao seu lado de vez em quando para que você recupere as forças, te dar a mão, um ombro, um pedaço do meu coração.

2 comentários:

Anônimo disse...

Maria José ,estou te enviando um email com uma mensagem bem interessante para vc.segue ...bjs....JR

Maria José Rezende de Lacerda disse...

Obrigada JR. Há um e-mail em resposta de agradecimento a você. Beijos.