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sábado, 13 de junho de 2009

O MOÇO


Não me perguntem quantos anos tenho, e sim, quantas cartas mandei e recebi.
Se mais jovem, se mais velho... que importa, se ainda sou um fervilhar de sonhos, se não carrego o fardo da esperança morta...
Não me perguntem quantos anos tenho, e sim, quantos beijos troquei – beijos de amor!
Se a juventude em mim ainda é festa, se aproveito de tudo a cada instante, e se bebo da taça gota a gota...
Ora! Então pouco se me dá quanta gota resta!
Não me perguntem quantos anos tenho, mas... queiram saber de mim se criei filhos; queiram saber de mim que obras fiz; queiram saber de mim que amigos tenho; e se alguém pude eu tornar feliz.
Não me perguntem quantos anos tenho, mas... queiram saber de mim que livros li; queiram saber de mim por onde andei; queiram saber de mim quantas histórias, quantos versos ouvi, quantos cantei.
E assim, somente assim, todos vocês, por mais brancos que estejam meus cabelos, por mais rugas que vejam em meu rosto, terão vontade de chamar “O Moço!”.
E ao me verem passar aqui... ali... não saberão ao certo a minha idade, mas saberão, por certo, que eu vivi!

2 comentários:

Teresa Cristina disse...

Olá....
Seja muito bem vinda no meu caminhar
Parabéns pelo espaço especial q vc criou aqui....muito gostoso!!!!
Um fds de muita paz!
Bjss

Maria José Rezende de Lacerda disse...

Teresa Cristina,
Eu é quem agradeço. Prazer em compartilhar com você idéias de renovação. Abraços.