O mestre budista Gyalwang Drukpa, também conhecido por “O Grande
Dragão”, visitou recentemente a América do Sul.
Em uma das palestras que ministrou no Brasil, o mestre budista
afirmou:...
“A Compaixão é profunda como um oceano.”
“A Compaixão é a essência última, a fonte da felicidade.”
“A Compaixão é profunda como um oceano.”
E nós que somos efêmeros passageiros do tempo-espaço, conseguiremos
desvendar algum dia os mistérios da Compaixão?
Haveremos de sondar alguma hora a imensidão do oceano?
Tudo o que sabemos sobre a Compaixão é que ela é profunda como o mar;
E que devemos procurar manifestá-la para alcançar a verdadeira felicidade
neste mundo material.
Neste mundo virado pelo avesso em que nos coube viver, infelizmente
muitos há que vivem as suas vidas completamente alheios à Compaixão.
Muitos há que viraram as costas para a brisa da Compaixão
– que nos convida, que nos convoca a partilharmos os nossos bens e
talentos – materiais e espirituais – com nossos irmãos de jornada.
Muitos há que se contentam com seu pequenino universo (meu trabalho, minha
renda, minha família, minhas férias, minha aposentadoria) e tão raramente, quase
nunca, conjugam o verbo partilhar.
É difícil sair da zona de conforto.
Requer coragem deixar a segurança da areia e mergulhar no mar que
guarda nas suas profundezas o desconhecido.
Quem recusa o mergulho nas águas vivificadoras da Compaixão, corre o
risco de passar a vida inteira à margem de si mesmo.
Quais são os bens e talentos, materiais e espirituais, que a Vida
generosamente nos concedeu, e que temos a incumbência de partilhar com o
próximo?
Inúmeras gerações vieram antes de nós, e outras tantas nos haverão de
suceder.
Vence o jogo da existência terrena aquele que souber mergulhar nas
águas purificadoras da Compaixão.
A Compaixão é profunda como um oceano, nos ensina o mestre budista.
Será uma pena passar por este mundo físico sem sentir o frescor do
mergulho no azul infinito.
Faz-se necessário desenvolver pulmão de mergulhador, caso queiramos
passar da superfície dos dias e das horas para as profundidades que encerram
mistérios.
É preciso coragem para romper a mesquinhez da rotina e arrancar das
profundezas do nosso ser o tesouro
de uma existência plena.
Uma existência plena abarca invariavelmente a Compaixão.
Requer coragem fazer a seguinte pergunta:
“O que a Vida espera de mim?
Qual a minha missão, a minha contribuição, o meu carma, o meu
propósito?”
“Tenho feito bom uso dos dons e talentos– materiais e espirituais –que
a Vida nas minhas mãos depositou?”
Tesouros e pérolas repousam nas profundezas do oceano da Compaixão.
Teremos sabedoria suficiente para buscá-los?
De que terá valido esta breve vida terrena se falharmos em cultivar um
coração compassivo, se ignorarmos as pérolas e os tesouros que o oceano da
Compaixão abriga?
“A Compaixão é profunda como um oceano.”
“A Compaixão é a essência última, a fonte da felicidade.”
Um comentário:
Um belíssimo texto cujas palavras nos dirigem ao fundo de nosso ser interior e nos mostra todo o caminho que ainda deve ser percorrido e quão longe estamos ainda da plenitude.
Um abraço
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