O coração anda no compasso que pode. Amores não sabem esperar o dia
amanhecer. O exemplo é simples. O filho que chora tem a certeza de que a mãe
velará seu sono.
A vida é pequena, mas tão grande nestes espaços que aos cuidados
pertencem. Joelhos esfolados são representações das dores do mundo. A mãe sabe
disso. O filho, não.
Aprenderá mais tarde, quando pela força do tempo que nos leva, ele
precisará cuidar dos joelhos dos seus pequenos. O ciclo da história nos
direciona para que não nos percamos das funções. São as regras da vida. E o
melhor é obedecê-las.
Tenho pensado muito no valor dos pequenos gestos e suas repercussões.
Não há mágica que possa nos salvar do absurdo. O jeito é descobrir esta migalha
de vida que sob as realidades insiste em permanecer. São exercícios simples...
Retire a poeira de um móvel e o mundo ficará mais limpo por causa de
você. É sensato pensar assim. Destrua o poder de uma calúnia, vedando a boca
que tem ânsia de dizer o que a cabeça ainda não sabe, e alguém deixará de
sofrer por causa de seu silêncio.
Nestas estradas de tantos rostos desconhecidos é sempre bom que
deixemos um espaço reservado para a calma. Preconceitos são filhos de nossos
olhares apressados. O melhor é ir devagar.
Que cada um cuide do que vê. Que cada um cuide do que diz. A razão é
simples: o Reino de Deus pode começar ou terminar, na palavra que escolhemos
dizer. É simples...
Um comentário:
Belo texto, cara amiga Maria Lacerda. O Fabio de Melo é um sábio. Gostei muito dos livros dele "Quem me roubou de mim" e "Tempo de esperas". Sou espírita, mas não tenho preconceito em relação a nenhuma seita, apesar de o espiritismo, como é do seu conhecimento,não ser religião, mas filosofia, princípio, conduta.
Um abração. Tenhas um ótimo fim de semana.
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