Não sei muita coisa sobre mim porque raríssimas
coisas que me dizem respeito permanecem inalteradas.
Quando acho que sei, eu congelo, e me torno rígida, e resisto à fluidez, e atrapalho o fluxo do mar da vida, e quase morro pelo esforço inútil de tentar amarrar as ondas. É quando menos sei que mais evaporo, e me transformo em nuvens de ricas possibilidades que viram a chuva capaz de fertilizar sementes de mudança nas terras áridas da minha ilusória estagnação.
Quando acho que sei, eu congelo, e me torno rígida, e resisto à fluidez, e atrapalho o fluxo do mar da vida, e quase morro pelo esforço inútil de tentar amarrar as ondas. É quando menos sei que mais evaporo, e me transformo em nuvens de ricas possibilidades que viram a chuva capaz de fertilizar sementes de mudança nas terras áridas da minha ilusória estagnação.
Quando acho que sei, já mudei, mas ainda não sei.
Quando acho que sei, já mudei, mas demoro a perceber.
Fico lá, agarrada ao que já não é, chorando ou me
encantando a partir de emoções que só fazem sentido para o que na maioria das
vezes já deixei de ser. É quando menos sei que eu sinto mais. É quando menos
sei que eu sei mais. É quando menos sei que eu sou com mais liberdade.
Não sei muita coisa sobre mim e já nem faço tanta
questão assim de saber. O que realmente quero é criar espaço para viver a
percepção nítida e inédita da beleza disponível de cada instante. Isso, sim,
até onde eu pouco sei, é presente. E, quando estou alinhada com o tempo do meu
coração, eu sei que é apenas isso, e tudo isso, o que há para ser
desembrulhado. Para ser plenamente vivido. Nada mais.
Um comentário:
Vivemos em eterna mudança, não dá para estagnar.
Ainda bem que temos essa inquietação,que nos possibilita crescer e ser.
Texto lindo, Maria José, obrigada, tenha uma semana maravilhosa,
abraços carinhosos
Maria Teresa
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