O que a tribo Ubuntu pode nos ensinar?
A jornalista e filósofa argentina Lia Diskin, que reside no Brasil há
30 anos, contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo
Ubuntu e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o
levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, então, propôs
uma brincadeira para as crianças, que achou ser inofensiva. Comprou uma porção
de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de
fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e
combinou que quando ele dissesse “já!”, elas deveriam sair correndo até o
cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no
chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse “Já!”, instantaneamente
todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore.
Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e os comeram, felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou por que elas tinham ido
todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim,
ganhar muito mais doces. Elas simplesmente responderam: “Ubuntu, tio. Como uma
de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?”
Ele ficou desconcertado. Meses e meses trabalhando nisso, estudando a
tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo. Ou
jamais teria proposta uma competição, certo?
Ubutun significa “Sou quem sou, porque somos todos nós!”
Um comentário:
É muito lindo: "UBUNTU"
Obrigada, abraços carinhosos
Maria Teresa
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