Há certos dias em nossas vidas, que
certamente gostaríamos de apagar a sua passagem, tais foram as dúvidas e dores,
por eles deixados. Relembrá-los é dolorido, mas necessário, por termos ciência
e consciência de seu outro lado, o lado do aprendizado e seu significado no
contexto existencial.
Independentemente de termos anotado o
ano, o mês, o dia e a hora, em um calendário material, a anotação relevante
será em nossa alma, e nela, a memória é permanente e inapagável.
Quando passamos a entender, mesmo que
superficialmente, parte dessas razões pelas quais experimentarmos tais
dissabores e amarguras, nossas dúvidas são diluídas e, até mesmo amenizadas de
nossas mentes e almas.
Os fatos adquirem visualidade como se
iluminados fossem. As dores, agora suavizadas e compreensíveis, tornam-se
lições a serem repassadas aos que não têm o discernimento e a lucidez que a
espiritualidade nos proporcionou conhecer. Não somos melhores por isso, apenas
mais amadurecidos e conhecedores de ‘Causa e Efeito’.
Dias normais em nossas vidas pouco
acrescentam, passam apenas. São como o sol que nasce e tem seu ocaso em
silêncio, mesmo coberto por nuvens densas das tormentas carregadas de sons das
trovoadas e raios, dá-nos a certeza ‘da nossa condição humana’.
Somos todos rotineiros e, em muitas
situações, metódicos nessa contingência. A coerência tem obrigação de ser nossa
companheira e estar atrelada ao nosso senso crítico, para que tenhamos um belo
e proveitoso aprendizado.
Na bagagem dessa escola chamada vida, é
‘obrigatório uma repartição ou gaveta’, onde estarão contidos todos os
dias/lições, pois serão deles que poderemos um dia contar ao Criador de todas
as coisas, quais foram as soluções encontradas por nós e como conseguimos
enfrentá-las com sabedoria, perseverança e fé.
A vida, por si só, é digna de aplausos.
Os dias vividos também. E por pior que eles tenham sido, são importantes, pois
são parte desta grande epopeia denominada ‘Vida e Resgate Espiritual’.
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