Às vezes, na estranha tentativa de nos defendermos da suposta visita da dor, soltamos os cães. Apagamos as luzes. Fechamos as
cortinas. Trancamos as portas com chaves, cadeados e medos. Ficamos quietinhos,
poucos movimentos, nesse lugar escuro e pouco arejado, pra vida não desconfiar
que estamos em casa. A encrenca é que, ao nos protegermos tanto da
possibilidade da dor, acabamos nos protegendo também da possibilidade de lindas
alegrias. Impossível saber o que a vida pode nos trazer a qualquer instante,
não há como adivinhar se fugirmos do contato com ela, se não abrirmos a porta.
Não há como adivinhar e, se é isso que nos assusta tanto, é isso também que nos
dá esperança.
2 comentários:
oi minha amiga,
a atitude de proteção é o mais comum,
costumo ficar bem quietinha também,dependendo da situação...
beijinhos
As vezes a gente precisa se desconectar para podermos nós encontrar.
bjokas =)
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