Não quero viver como uma planta que engasga e não
diz a sua flor. Como um pássaro que mantém os pés atados a um visgo imaginário.
Como um texto que tece centenas de parágrafos sem dar o recado pretendido. Que
eu saiba fazer os meus sonhos frutificarem a sua música. Que eu não me especialize
em desculpas que me desviem dos meus prazeres. Que eu consiga derreter as
grades de cera que me afastam da minha vontade. Que a cada manhã, ao acordar,
eu desperte um pouco mais para o que verdadeiramente me interessa.
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