Diante do horizonte mais amplo de
nossas vidas, face sua eternidade, se nos conscientizarmos mais do quão a
existência física é curta, efêmera, certamente pensaremos melhor antes de jogar
fora as oportunidades que nos são dadas para sermos felizes, e de também nos
dedicarmos a promover a felicidade dos outros.
Não sabemos por quanto tempo,
sejam anos ou dia, poderemos desfrutar da convivência com nossos familiares,
amigos, colegas de trabalho, enfim, todas as pessoas que fazem parte de nosso
círculo de relacionamento. Afinal, muitos de nós são “chamados” por Deus ainda
muito cedo, inesperadamente... E não podemos prever como e nem quando isso
ocorrerá a cada um de nós...
Alguns sequer chegam a nascer...
vendo interromper sua efêmera jornada na matéria ainda no ventre materno.
Alguns “nos deixam” antes mesmo de atingir a maturidade... Outros, um pouco
mais tarde...
Dentre todos, felizmente, há os
que conseguem bem aproveitar sua existência, acumulando em sua “bagagem”
experiências enriquecedoras que os acompanharão no seu retorno à “Pátria
Celeste”.
De fato, não sabemos por quanto
tempo ainda faremos parte do mundo visível, nem quando será chegada a “nossa
hora da partida”, e tampouco o momento da despedida de ninguém.
Em decorrência dessa nossa
verdadeira “alienação” de consciência relativa a valorização que devemos
conferir à esta nossa vida, aos seus objetivos maiores, e de nossa
responsabilidade perante o Pai, nos despreocupamos e negligenciamos com os esforços
e com a cuidadosa atenção que devemos ter. Para conosco mesmo... E para com
todos que nos cercam.
Nos deixamos influenciar pelo
nosso “orgulho ferido”, nos desequilibramos e permitimos ser emocionalmente
afetados pela supervalorização que damos à insignificâncias, naturais do
cotidiano e do convívio entre as pessoas. E acabamos por nos aborrecer
desnecessariamente.
Muitas vezes nos calamos quando
deveríamos falar e falamos além do necessário quando o recomendável seria
permanecer em silêncio. Exigimos “compreensão” para com nossas “pequenas falhas”,
mas nem sempre agimos amorosamente com o que pré-julgamos se constituir nos “grandes
erros” dos outros. Julgamos com a severidade que não queremos nos seja aplicada
e exigimos total complacência para conosco. Infelizmente, essa é a “justiça”
aceita pelo nosso atual nível de evolução.
Diante dessa realidade a pautar
nossos passo, desperdiçamos tempo por demais precioso. Às vezes, nos permitimos
a anos de desencontros e de “desamor”. Evitamos o contato, não oferecemos o
aconchego, o carinho e o abraço fraterno que tanto nossa alma pede e que
confessamos à intimidade de nosso travesseiro, tudo porque nosso orgulho e
insensatez impedem essa aproximação. Não damos um beijo amoroso porque nossa
altivez o impede murmurando que não estamos habituados a essas “demonstrações”
e tampouco manifestamos nosso querer bem, nosso amor, porque achamos que “o
outro” já deve saber o que nós sentimos. Perdemos a maravilhosa oportunidade de
amar e “bloqueamos” o amor que tanto clamamos e que nos seria destinado,
impedindo que ele chegue até nós.
E assim, deixamos transcorrer o
tempo permanecendo taciturnos e “fechados” em nosso orgulho, enraizando na alma
– cada vez mais – a nossa intransigência, nossa amargura para com os outros e,
sem nos darmos conta, para conosco mesmo.
No “mundo consumista” em que
vivemos atualmente, reclamamos daquilo que não temos ou então achamos que não
temos o suficiente. Cobramos muito... dos outros... da vida... e de nós mesmos.
Nos desgastamos com frustrações e angústias... Costumamos comparar nossas vidas
com as daqueles que materialmente possuem mais do que nós. E se
experimentássemos nos comparar com aqueles que possuem menos? Seguramente, essa
nova avaliação nos surpreenderia, fazendo uma enorme diferença.
E com isso o tempo vai
passando... Passamos pela vida sem ter aproveitado a “oportunidade” do
aprendizado e da prática da Lei do Amor que Jesus nos ensinou. Substituímos,
sofrendo e nos “arrastando” porque não “ousamos contrariar” nosso amor próprio...
Até que, finalmente, “acordamos” e olhamos para trás; muitas vezes tarde demais
para a presente vida material... E então, nos perguntamos: E agora?
Agora... já... hoje! Ainda é
tempo de reconstruir, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de
agradecer a Deus por nossa vida, por tudo aquilo que nos cerca e pelo que a
Misericórdia Divina nos disponibiliza para desfrutarmos material e espiritualmente.
Nunca se é velho demais, ou jovem
demais, para se rever posições, para perdoar, para sermos perdoados e para
amar; dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.
Não se permita ficar preso aos “tropeços”
do passado... O que passou, passou, e já produziu suficientes “danos”. Impeça
que permaneça indefinidamente a causar estragos em sua vida. As experiências
vividas serviram para nosso aprendizado.
Agora é o momento de pensarmos no
“daqui para frente”, em nosso futuro... E ele poderá ser do tamanho de nossos
sonhos!
Não tarde em buscar a
reconciliação com seus “companheiros de jornada”, e principalmente para com sua
própria essência, e aproveite...
Ainda há tempo para exalar o amor
fraterno ao seu derredor, harmonizar sua alma e voltar a sorrir. Ainda há tempo
de voltar-se para nosso Pai, o Deus de Amor que nos criou e agradecer pela
vida, rogando pelas forças que nos faltam para fazermos, o quanto antes, a “reforma
íntima” necessária à nossa vida, desde já e para toda a eternidade!
Reflita... E não perca mais
tempo!
6 comentários:
OLÁ,MARIA JOSE
Sou seu seguidor e andei meio sumido, mas volto para valer e coma corda toda.
Isto por aqui, só melhorou.
Que postagem lindíssima e parabéns pela escolha de transcrição.
Estou lhe convidando para conhecer meus novos blogues.
Um abração carioca e estarei agora sempre por aqui.
Grande verdade!!
Una maravilla de Post para abrir la meditación y reflexión.
Abraços e beijos.
Olá, Maria. Que bela reflexção! Um grande chamado a reforma íntima. Perfeito! Obrigada por partilhar. È para por em prática todo dia! Beijos e ótima semana.
oi minha amiga,
lindo,
sempre bom refletir e meditar sobre o que ainda podemos fazer para nos tornarmos melhores...
olhar pra dentro de nós e agir...
beijinhos
Nossa, minha querida! Que post excelente e cheio de ensinamentos... já estamos cansados de saber de tudo isso, né?! Mas o que vale a gente sempre reler textos assim é porque na prática é muito difícil de aplicar tudo isso e é aí que entramos como meros seres humanos e não espíritos já evoluídos... estamos aprendendo... o importante é ter a consciência de que é realmente importante aprender. ;)
Adorei!
Beijo, beijo
She
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