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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A MORTE DE CADA DIA



Num artigo muito interessante, Paulo Angelim, que é arquiteto, pós graduado em Marketing, dizia mais ou menos o seguinte:
“Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas à ausência de vida e isso é um erro. Existem outros tipos de morte e precisamos morrer todo dia. A morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação. Não existe planta sem a morte da semente, não existe embrião sem a morte do óvulo e do esperma, não existe borboleta sem a morte da lagarta, isso é óbvio! A morte nada mais é do que o ponto de partida para o início de algo novo. É a fronteira entre o passado e o futuro.”
Se você quer ser um bom universitário, mate dentro de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente.
Quer ser um bom profissional? Então mate dentro de você o universitário descomprometido que acha que a vida se resume a estudar só suficiente para fazer as provas.
Quer ter um bom relacionamento, então mate dentro de você o jovem inseguro ou ciumento ou o solteiro solto que pensa poder fazer planos sozinho, sem ter que dividir espaços, projetos e tempo com mais ninguém.
Enfim, todo processo de evolução exige que matemos o nosso “eu” passado, inferior.
E qual o risco de não agirmos assim?
O risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o nosso foco, comprometendo nossa produtividade e, por fim, prejudicando nosso sucesso.
Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que eram, não se projetam para o que serão ou desejam ser.
Elas querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam. Acabam se transformando em projetos acabados, híbridos, adultos “infantilizados”.
Precisamos manter as virtudes de criança que também são necessárias a nós, adultos, como: brincadeira, sorriso fácil, vitalidade, criatividade etc.
Então, o que você precisa matar em si ainda hoje para que nasça o ser que você tanto deseja ser?
Pense nisso e morra! Mas, não esqueça de nascer melhor ainda!
“O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.” (Fernando Pessoa)

5 comentários:

Sandra Soares disse...

O seu blog é muito interessante.

AugustoCrowley disse...

Lindo, preciso compartilhar.

Anônimo disse...

El valor de las Cosas no está en el Tiempo que duran, sino en la Intensidad con que se disfrutan.
Maravilloso Post.
Abrazos.

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Querida amiga

O autor
está coberto
de razão.
É preciso
que o dia morra,
para que nasça
o amanhecer.

Que haja sempre
sonhos por sonhar.

sonia disse...

Um texto cheio de verdades. As transformações são pequenas mortes das quais nasce um outro momento que pode ou não ser melhor, depende das nossas escolhas.
Adoro Fernando Pessoa.
Abraço e bom final de semna!
Sonia