Ao estudar medicina constato que vivemos na iminência de morrer, que nosso corpo é na verdade um arsenal de
armadilhas e falhas que poderiam facilmente nos levar à morte em poucos segundos, parecem apenas esperar determinado gatilho (estresse, má-alimentação, sedentarismo) para nos nocautear com um AVC. A morte nos espreita o tempo todo.
Digo isso porque todos nós certamente temos inúmeras variações anatômicas predisponentes às doenças mais diversas, somos invadidos constantemente por incontáveis tipos de microorganismos ávidos por colonizar nossos tecidos mais variados, sofremos quedas e machucados, ingerimos tóxicos, gorduras, e outras substâncias nocivas, sobrecarregamos nosso coração, rins, cérebro, fígado, isso sem falar em tantas outras mazelas que QUASE se instalam em nós a cada momento. E, apesar disso tudo, estamos todos aqui, vivos.
Porque será?
Eu não saberia responder com exatidão, alguns falam a respeito da eterna luta pela sobrevivência, pulsão de vida, instinto, energia vital, natureza, Deus... Seja o nome que for, penso que algo move cada célula do nosso corpo a lutar pela vida, a prosseguir, vibrar, defender, lutar, vencer, e isso nos mantém vivo dia-a-dia, mesmo que não queiramos, mesmo que não pensemos nisso, é algo inerente à nossa vontade, é automático, autônomo, uma energia que não nos pede permissão pra seguir adiante, apenas segue e nos mantém vivos.
Diante disso tudo, dessas micro-batalhas travadas a cada segundo dentro de nós, muitas vezes ignoradas, quase sempre impossíveis de se observar, muitas pessoas fazem pouco caso da vida que têm, reclamam, abaixam a cabeça, desistem, se entregam, têm medo de enfrentar o mundo. Eles não sabem a enorme força que têm dentro de si, não sabem o poder que cada célula tem e que cada célula exerce todo o tempo pra se manter, pra renovar, pra expulsar qualquer entidade que perturbe a ordem da vida e que possa prejudicá-lo.
Uma pessoa que não luta pela própria vida não sabe o valor que tem, mas precisa saber.
Quando estiver desanimado com as circunstâncias, lembre-se que seu organismo luta a cada instante pra mantê-lo vivo, que nenhuma célula se entrega, e que a batalha nunca acaba enquanto há vida. Pense que cada célula sua grita, seja um macrófago ou uma célula epitelial, ela se renova, mata invasores, se divide, e sacrifica a própria ‘vida’ por você, o tempo todo.
Então pense, o que você faz com o produto dessa luta?
Fonte: http://mente-hiperativa2.blogspot.com.br/2012/03/luta-nossa-de-cada-dia.html?showComment=1333517292603#c827191555955408373
Recebido de Jorge do blog Nectan Reflexões e foi aqui postado, por ser pertinente à proposta do Arca.
5 comentários:
Excelente esse texto...já me peguei refletindo nesse aspecto...q abordagem interessante e muito verdadeira...
Amiga, um beijão e obrigada SEMPRE!
Se pensarmos que todas as nossas células tem esse comportamento - lutar até a exaustão para manterem-se vivas e por nós, é alentador e pode nos impulsionar para a frente.
Belo texto!
Abraço!
Sonia
Maravilloso símil que realmente es cierto y que es suficiente para luchar por nuestro Existir, sin decaer ni desánimo.
Muy buen Post.
Un abrazo.
Esse assunto me dá medo, não sei de onde vem essa aversão pela palavra morte. Mas é uma realidade que ninguém escapa. Concordo quando falas que tantas pessoas se lamentam em vez de viver e quando o tempo está se esgotando vem a terrível constatação que perderam muito tempo com bobagens.
Ótimo texto, sempre nos faz refletir nosso comportamento.
Tenha uma ótima semana.
Maria José, bom dia!
Excelente postagem! - Fica uma curiosidade, e quando estamos meio que desanimado. Não seria alguma parte de nosso organismo responsável por tal situação!
Polemico, porém te falo, a vida é uma benção de Deus, que somente ele dá, e pode tirar.
Grande abraço. Visite-me!
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