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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

PELO QUE VALE A PENA VIVER?



Nós esperávamos que as pessoas do século XXI fossem alegres, soltas, divertidas, afinal de contas, elas têm tido acesso a uma poderosa indústria do lazer. Mas eis que as pessoas estão estressadas, represadas e tristes.
Esperávamos que o acesso à tecnologia e aos bens materiais fizesse com que as pessoas tivessem mais tempo para si mesmas. Mas, raramente, elas gastam tempo com aquilo que amam.
Vivemos espremidos em sociedades populosas, mas a proximidade física não trouxe a proximidade emocional.
O diálogo está morrendo. A solidão virou rotina. As pessoas aprendem por anos as regras da língua, mas não sabem falar de si mesmas.
Os pais escondem suas emoções dos seus filhos. Os filhos ocultam suas lágrimas dos seus pais.
Os professores se escondem atrás do giz ou dos computadores. Psiquiatras e psicólogos estão tratando, sem sucesso, a solidão, pois ela não se resolve entre quatro paredes de um consultório.
Os seguidores de Jesus perderam todos os valores sociais, não tinham dinheiro, fama, proteção, mas tinham tudo o que todo ser humano sempre desejou. Tinham alegria, paz interior, segurança, amigos, ânimo.
Cada um deles viveu uma grande aventura. Tiveram grandes sonhos e a coragem para correr todos os riscos para transformá-los em realidade.
Raramente se viu pessoas tão realizadas, sociáveis e satisfeitas. Eles não tinham nada, mas tinham tudo. Eram discriminados, mas tinham inumeráveis amigos
Em alguns momentos, parecia que tinham perdido a esperança e a fé, mas cada manhã era um novo começo. Cada derrota era uma oportunidade para começar tudo de novo. Cada coração aliviado dava forças para eles continuarem no caminho.
Sofreram como poucos na história, mas aprenderam a não reclamar. Nos seus lábios, havia um agradecimento diário pelo espetáculo da vida. Não exigiam nada dos outros, mas davam tudo o que tinham.
Foram tolerantes com seus inimigos, mas seus inimigos foram implacáveis com eles. Tornaram-se amantes da paz, foram pacificadores dos aflitos, compreenderam a loucura dos que se achavam lúcidos.
Foram felizes numa sociedade inumana. Na juventude tinham inúmeros traumas, mas o vendedor de sonhos fez algo que deixa boquiaberta a ciência moderna. Ele os transformou na casta mais inteligente e saudável de pessoas.
As cartas que eles escreveram revelam características de personalidade que poucos psiquiatras e psicólogos conquistam. Os sonhos que eles viveram não apenas eram celestiais, mas vão ao encontro dos mais belos sonhos da filosofia, da psicologia, da sociologia, das ciências da educação. Mostraram que vale a pena viver, mesmo quando ceifaram suas vidas.
E hoje, será que nossa vida alçou um grande significado? Jesus demonstrou de muitas formas para que as pessoas compreendessem a grandeza da vida.
Será que compreendemos seu valor?
Quem somos? Somos fagulhas vivas que cintilam durante poucos anos no teatro da vida e depois se apagam tão misteriosamente quanto acenderam.
Nada é tão fantástico quanto a vida, mas nada é tão efêmero, fugaz quanto ela. Hoje estamos aqui, amanhã seremos uma página na história.
Um dia todos nós tombaremos na solidão de um túmulo e ali não haverá aplausos, dinheiro, bens materiais. Estaremos sós.
Se a vida é tão rápida, deveríamos nessa breve história do tempo procurar os mais belos sonhos, as mais ricas aspirações?
Pelo que vale a pena viver? Quais sonhos nos controlam?
Muitos têm depressão, ansiedade, stress, não só por conflitos na sua infância, mas pela angústia existencial, pelo tédio tenso que os abate, pela falta de um sentido sólido em suas vidas.
Muitos têm fortunas, mas mendigam o pão da alegria.
Outros têm cultura, mas falta-lhes o pão da tranquilidade. Muitos têm fama, mas não há colorido na sua emoção.
Há pouco tempo, um dos mais populares cantores desse país disse na mídia que tinha dinheiro e fama, mas não tinha prazer de viver, sua vida se tornara uma fonte de tédio.
Crise existencial, vazio interior, solidão, palavras que não faziam parte do dicionário da personalidade dos discípulos do Mestre dos mestres.
Quando o corpo de Jesus tremulava na cruz, ele disse frases inesquecíveis que inspiraram o centurião romano, encarregado do seu martírio. Seu carrasco reconheceu sua grandeza e começou a sonhar.
Quando os seus discípulos morriam, o mesmo fenômeno continuou a ocorrer. A dignidade, segurança e sensibilidade nos últimos momentos deles fizeram com que alguns torturadores se curvassem. Que fenômeno interior é esse que deixa extasiada a sociologia e a psicologia?
Se Nietzche, Carl Marx e Jean Paul Sartre tivessem a oportunidade de analisar a personalidade de Jesus e a sua atuação nos bastidores da mente dos seus discípulos, como eu o fiz, provavelmente não estariam entre os maiores ateus que pisaram nesta terra. É possível que estivessem entre os seus mais apaixonados seguidores.
As sociedades ainda não despertaram para a grandeza da personalidade de Jesus. E impossível alguém fazer o que ele fez e ser tão somente um ser humano. Sua vida era tão simples, mas cercada de mistérios. Milhões de pessoas disseram que ele era o filho de Deus.
Seus comportamentos surpreendentes e não apenas seus milagres confirmam isso. Mas nunca alguém tão grande foi tão humano.
Muitos homens querem ser deus, estar acima dos sentimentos comuns, mas ele se apaixonou tanto pela humanidade que quis ser um ser humano.
Amou e desejou ser igual a mim e a sua personalidade não apenas revela que Ele atingiu o topo da saúde psíquica, mas que foi mais longe do que isso.
Ele foi o maior educador, psicoterapeuta, sócio-terapeuta, pensador, pacifista, orador, vendedor de sonhos, construtor de amigos de todos os tempos. Muitos dos líderes religiosos da atualidade que dizem segui-lo, desconhecem essas magníficas áreas da sua personalidade.
Eu analisei a inteligência de Cristo criticando, duvidando e investigando as quatro biografias de Jesus, os evangelhos, em várias versões. Estudei as intenções conscientes e inconscientes dos autores das suas quatro biografias. Talvez tenha sido um dos raros cientistas que investigou a sua personalidade.
O primeiro resultado é que descobri que o homem que dividiu a história não poderia ser fruto de uma ficção humana. Ele não cabe no imaginário humano.
Ele andou e respirou nesta terra. O segundo resultado é que a grandeza da sua personalidade expôs as falhas da minha personalidade. Fui ajudado a compreender as minhas limitações e a minha pequenez.
O terceiro resultado me surpreendeu. Ao analisar o vendedor de sonhos, fui contagiado por ele. Comecei a sonhar os seus mais belos sonhos.
Que a sua vida também se transforme num jardim de sonhos. Mesmo quando os pesadelos vierem, jamais deixe de sonhar.
Enviado por Carlos Varoli do Blog
Carlos Espírita e foi aqui postado, por ser pertinente à proposta do Arca.

4 comentários:

Anônimo disse...

Muy buenas Reflexiones para estos tiempos que corren y para un siglo que, se supone, tenia otras expectativas.
Un abrazo.

Cidinha disse...

Olá, Maria. Uma bela reflexção nesse nosso tempo de tantas incompreenções, se tem tudo, morre de solidão. Impera o materialismo, o consumismo e muito mais. A reflexção é perfeita! È importante parar e pensar realmente no valor da fé. Lembrar daquele que era e é só amor. Obrigada amiga! Bons sonhos e ótimo dia. Beijos!

Denise Carreiro disse...

A causa de tanto estresse, depressão, solidão e outros é a falta de um objetivo que não seja ligado ao material, para a vida. Vivemos para os bens materiais, que não nos trás alegria de viver. E é por isso que os discípulos de Jesus tinham essa alegria, pois cultivavam os bens espirituais. Muita paz!

Dilmar Gomes disse...

Pois é amiga Maria, acho que se o homem moderno adotasse a arte da partilha, um dos importantes ensinamentos do Cristo, certamente, teria uma vida mais feliz. Realmente, precisamos nos espelhar na trajetória de Jesus para que vermos a vida com outros olhos. Um abração. Tenhas uma boa noite.