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sábado, 21 de julho de 2012

A NATUREZA DO CAMINHO INTERIOR



Dependemos da natureza não só para nossa sobrevivência física. Também necessitamos da natureza para que nos ensine o caminho para “casa”, o caminho de saída da prisão das nossas mentes.
Nós nos perdemos no “fazer”, no “pensar”, no “recordar” e no “antecipar”. Estamos perdidos em um complexo labirinto, em um mundo de problemas.
Temos esquecido daquilo que as rochas, as plantas e os animais já sabem. Nós nos esquecemos de ser: de ser nós mesmos, de estar em silêncio, de estar onde a vida está. Aquí e agora!
Levar a sua atenção a uma pedra, a uma árvore ou a um animal, não significa “pensar neles”, senão simplesmente percebê-los, dar-se conta deles.
Então eles lhe transmitem algo da sua essência. Você sente o quão profundamente descansa no ser, completamente unificado com aquilo que você é e com o lugar onde está.
Ao se dar conta disso, você também entra em um lugar de profundo repouso dentro de si mesmo.
Quando caminhar ou descansar na natureza, honra este reino, permanecendo nele plenamente.
Serene-se. Olhe. Escute. Observa como cada planta e animal são completamente eles mesmos. Diferente dos humanos, eles não estão divididos em dois.
Não vivem através de imagens mentais de si mesmos, e por isso não têm que se preocupar em proteger e potenciar essas imagens.
Todas as coisas naturais, além de estarem unificadas consigo mesmas, estão unificadas com a totalidade.
Não se separaram do entremeado da totalidade, reclamando uma existência separada: “eu”, o grande criador de conflitos.
Você não criou o seu corpo, e tampouco é capaz de controlar suas funções corporais. Em seu corpo atua uma inteligência maior que a mente humana. É a mesma inteligência que sustenta tudo na natureza.
Para se acercar ao máximo a esta inteligência, seja consciente do seu próprio campo energético interno, sente a vida, a presença que anima seu organismo.
Quando percebe a natureza tão só através da mente, através do pensamento, você não pode sentir a sua plenitude de vida, o seu ser.
Unicamente, vê a forma e não é consciente da vida que a anima, do mistério sagrado.
O pensamento reduz a natureza a um bem de consumo, a um meio de conseguir benefícios, conhecimento, ou algum outro propósito prático.
Observe, sente um animal, uma flor, uma árvore, e veja como descansam no ser.
Cada um deles é ele mesmo. Possuem uma enorme dignidade, inocência, santidade.
No momento em que olha mais além dos rótulos mentais, você sente a dimensão inefável da natureza, que não pode ser compreendida pelo pensamento.
É uma harmonia, uma sacralidade que além de compreender a totalidade da natureza, também está dentro de você.
O ar que respira é natural, como o próprio processo de respirar. Dirige a atenção à sua respiração e se dê conta de que não é você quem respira. A respiração é natural.
Conecte-se com a natureza do modo mais íntimo e interno, percebendo a sua própria respiração e aprendendo a manter a sua atenção nela. Esta é uma prática muito curativa e energizante.
Produz uma transformação de consciência que lhe permite passar do mundo conceitual do pensamento ao campo da consciência incondicionada.
Você necessita que a natureza lhe ensine e lhe ajude a se reconectar com seu ser.
Você não está separado da natureza. Todos somos parte da vida única que se manifesta através das incontáveis formas em todo o universo, formas que estão, todas elas, completamente interconectadas.
Quando você reconhece a sacralidade, a beleza, a incrível quietude e dignidade nas quais uma flor ou uma árvore existem, você agrega algo a essa flor ou a essa árvore.
Pensar é uma etapa na evolução da vida.
A natureza existe em uma quietude inocente que é anterior à aparição do pensamento.
Quando os seres humanos se aquietam, vão mais além do pensamento.
A quietude que está mais além do pensamento. Contém uma dimensão ampliada de conhecimento, de consciência.
A natureza pode levá-lo à quietude. Este é o presente dela para você.
Quando você percebe a natureza e se une a ela no campo da quietude, ela se preenche da sua consciência. Este é o seu presente para a natureza.
Através de você a natureza toma consciência de si mesma. É como se a natureza estivesse esperando você durante milhões de anos para fazê-lo.

7 comentários:

Maria Adeladia disse...

Belíssima mensagem!

Tenha umas férias saudáveis com saúde e muito amor!
Beijos minha linda amiga!

Lady Di disse...

Maria Jose
Seu blog é inspirador!!Li sobre sua filha, isto me ajudou a entender a relação com a minha, que é um pouco tumultuada.Adoro os posts e tbem tenho esse livro do Eckart Tole. Um abraço !!!

Cidinha disse...

Olá, amiga. È uma belissima mensagem. Nos ensina a olhar de forma profunda a vida silênciosa que é a natureza e todo retorno de paz e harmonia que ela nos oferece. Obrigada! Nesse corre, corre do dia a dia muito nos passa despercebidos. A paz esteja sempre com vc querida Maria! Bjos.

Anônimo disse...

A natureza tem coisas inexplicáveis e de uma beleza estonteante.

Bom fim de semana!

Leandro Ruiz

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Sandra Portugal disse...

Maria José
Feliz dia do amigo ontem, hoje e sempre!!!
bj Sandra
http://projetandopessoas.blogspot.com.br//

LUCONI MARCIA MARIA disse...

Muito bom Maria, é sábio quando conseguimos nos integrar a natureza, eu acho que aí está a chave de tudo, beijos Luconi

Amara Mourige disse...

Maria José,
Lindíssimo texto!A Natureza nos conecta ao Senhor, e é a nossa fonte de equilíbrio!
Bjs
Amara