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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

INVISÍVEIS, MAS NÃO AUSENTES


Quando morreu, no século XIX, Victor Hugo arrastou nada menos que dois milhões de acompanhantes em seu cortejo fúnebre, em plena Paris.
Lutador das causas sociais, defensor dos oprimidos, divulgador do ensino e da educação.
O genial literato deixou textos inéditos que, por sua vontade, somente foram publicados após a sua morte.
Um deles fala exatamente do homem e da imortalidade e se traduz mais ou menos nas seguintes palavras:
A morte não é o fim de tudo. Ela não é senão o fim de uma coisa e o começo de outra. Na morte o homem acaba, e a alma começa. Que digam esses que atravessam a hora fúnebre, a última alegria, a primeira do luto. Digam se não é verdade que ainda há ali alguém, e que não acabou tudo?
Eu sou uma alma. Bem sinto que o que darei ao túmulo não é o meu eu, o meu ser. O que constitui o meu eu, irá além.
O homem é um prisioneiro. O prisioneiro escala penosamente os muros da sua masmorra. Coloca o pé em todas as saliências e sobe até ao respiradouro. Aí, olha, distingue ao longe a campina, aspira o ar livre, vê a luz.
Assim é o homem. O prisioneiro não duvida que encontrará a claridade do dia, a liberdade. Como pode o homem duvidar se vai encontrar a eternidade à sua saída?
Por que não possuirá ele um corpo sutil, etéreo? De que o nosso corpo humano não pode ser senão um esboço grosseiro?
A alma tem sede do absoluto e o absoluto não é deste mundo. É por demais pesado para esta terra.
O mundo luminoso é o mundo invisível. O mundo do luminoso é o que não vemos. Os nossos olhos carnais só vêem a noite.
A morte é uma mudança de vestimenta. A alma, que estava vestida de sombra, vai ser vestida de luz.
Na morte o homem fica sendo imortal.
A vida é o poder que tem o corpo de manter a alma sobre a terra, pelo peso que faz nela.
A morte é uma continuação. Para além das sombras, estende-se o brilho da eternidade.
As almas passam de uma esfera para outra, tornam-se cada vez mais luz. Aproximam-se cada vez mais e mais de Deus.
O ponto de reunião é no infinito.
Aquele que dorme e desperta, desperta e vê que é homem. Aquele que é vivo e morre, desperta e vê que é Espírito.
Texto enviado por Roy Lacerda do blog
MomentoBrasil e foi aqui postado, por ser pertinente à proposta do Arca.

5 comentários:

Meire Oliveira disse...

Amiga querida, a morte nada mais é do que uma continuação, só que uma continuação leve. Para onde não levaremos o peso da matéria, onde só levaremos os sentimentos e atitudes que tomamos durante a vida e o mais importante: quem amamos estará sempre conosco, pois distância não significa nada.

Onde quer que eu vá vou levar vc no meu coração mesmo que eu te conheça nessa vida pessoalmente ou não!
Te adoro!
bjokitas com imenso afeto.

Isa Martins disse...

Oi amiga, eu acho maravilhoso esse texto do Victor Hugo, recebi ele esses tempos em uma mensagem de Power Point e amei, agora releio aqui essa pérola de sabedoria novamente.
Ahh, abri os "Versos Meus" pra comentários e seguidores, beijos e lindo fim de semana!

Roselia Bezerra disse...

Querida
Aproximar-se mais e mais de Deus é uma graça inexplicável...
Tomara cheguemos lá...
Bjm de paz e ótimo fim de semana.

Cidinha disse...

Olá, Maria. Querida amiga,belissimo texto. Quanta sabedoria! O mundo poderia ser bem melhor se todos tivessem essa conciência de que a matéria é apenas um instrumento e o espirito seguirá por todo o sempre, que é sua verdadeira essencia. Obrigada amiga é um belo presente essa mensagem! Bjos com carinho.

Unknown disse...

Amo Victor Hugo e fico feliz por ele ter usado tais palavras. Obrigada por tNos mostrar o que ele fez.