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quarta-feira, 27 de março de 2013

MEMÓRIAS DE UM EXILADO DE CAPELA



Em meio ao universo infinito, brilha uma estrela tão bela.
Foi meu lar um dia, minha querida Capela!
Imigrantes companheiros de lá partiram comigo arrastados pelo turbilhão,
Forçados a buscar nos diversos mundos testemunhos de renovação.
Lembro-me ainda de quando aqui chegamos. Havia muito desespero em face ao incompreendido.
Restava apenas a intuição vaga de um paraíso perdido.
Olhos arregalados, observando figuras primitivas da evolução.
Caminhavam entre nós sem nos dar atenção.
Uma dúvida me assombrava:
Não sabia se estava acordado ou se sonhava.
Muitas décadas se passaram entre lágrimas e lamentações.
Pareceram séculos aos nossos corações.
Contudo, eis que, em meio às trevas, a luz se fez.
Uma criatura iluminada dirigiu-nos a palavra com divina altivez.
Ressoando como um trovão,
Sua voz doce e serena fez-se ouvir em toda região.
Meus irmãos, jamais nosso Pai condenará seus filhos ao sofrimento eterno.
É no mundo íntimo de vossas imperfeições que tem se erguido o inferno.
Exilados hoje de um paraíso, cultivai vossa esperança!
Podereis construir outro neste mundo que ainda é uma criança.
Reencarnareis em meios primitivos ajudando o progresso.
Recapitulando vossas lições sob infalível processo.
Estarei sempre convosco; farei com que reencarnem em vossos meios os meus emissários,
Para que nunca vos falte os recursos necessários.
Descerei entre vós na posteridade,
E marcarei roteiro seguro à vossa felicidade.
Depois de ouvir estas palavras, que nos abasteceram de esperanças, fatos ocorridos em Capela, surgiram em minhas lembrança
Há muito, pessoas humildes pregavam o desterro das almas impuras:
Eu debochava - para mim eram pobres criaturas.
Falavam de um Deus de amor, pregavam a caridade e a humildade.
Meu Deus, como não pude ver a verdade?
Agora estávamos ali, como crianças em idade escolar;
Falhamos nos exames e teríamos que recomeçar.
Sinto iminente os dias de idêntica transição.
Seguindo a rota evolutiva perfeita e tão bela,
Aqui irá se repetir a mesma cena de Capela.
Mas algo se modificou: não sinto nenhum temor.
Hoje eu sou a pobre criatura falando de um Deus de amor!
Psicografia de Nelson Moraes

Para quem nunca ouviu falar desse assunto, os Exilados da Capela é um livro de 1949, de autoria de Edgard Armond, que foi secretário-geral da Federação Espírita do Estado de São Paulo.
A obra faz parte de uma trilogia que pretende descrever a "História Espiritual da Humanidade", da qual fazem parte ainda os títulos "Na Cortina do Tempo" e "Almas Afins".
Nos "Exilados" conta-se a história da existência de uma civilização muito desenvolvida, moral e intelectualmente, que habita o quarto planeta em órbita de Capella, estrela da Constelação do Cocheiro..
Um grupo de capelinos não teria correspondido à evolução moral dessa civilização e seus espíritos teriam sido banidos para o Planeta Terra, dando início à jornada civilizacional humana por meio de sucessivas encarnações..
Devido ao alto grau de conhecimentos que possuíam, se destacaram na matemática, astronomia, arquitetura, agricultura e navegação, deixando obras como as pirâmides do Egito, os jardins suspensos da Babilônia e as edificações maias e astecas, entre outras. 

5 comentários:

AugustoCrowley disse...

Muito interessante, não tinha conhecimento desta obra.

Rô... disse...

oi minha amiga,

que bom saber mais,
adoro aprender...
obrigada pela gentileza de partilhar...

beijinhos

Unknown disse...

Boa tarde!

Sou a Rebeca e trabalho na assessoria de imprensa Rojas Comunicação, em São Paulo.

Poderia por gentileza me passar algum contato para que eu pudesse enviar sugestão de pauta?

Obrigada desde já,

Rebeca Hochman
rojas.producao@uol.com.br
Telefone: (11) 3675-4940

Maria Adeladia disse...

Maria José, eu não conhecia esta obra também!Estamos sempre aprendendo!

Amiga, o MIMO que vc presentou-me, já consta publicado na página:
MEUS CARINHOS RECEBIDOS, é o de n0.13.

Feliz Páscoa! Que Deus abençõe sempre a sua vida, pois vc merece!
Te vejo uma mulher espetacular e linda! Beijos amiga!!!

Anyol Blog disse...

No lo conocia.