Quando nos dedicamos, com o coração, à busca do
autoconhecimento, é inevitável que chegue um instante em que algumas mentiras
que contávamos para nós mesmos passem a não funcionar mais. Os disfarces até
então utilizados para fortalecer o nosso autoengano já não nos servem. Inábeis
com a paisagem aos poucos revelada, às vezes ainda tentamos nos apegar a alguma
coisa que possa encobrir a nossa lucidez, embaraçados que costumamos ser com as
novidades, por mais libertadoras que sejam. É em vão. Impossível devolver a
linha ao novelo depois que a consciência já teceu novos caminhos. Existem
portas que se desmancham após serem atravessadas, como sonhos que se dissolvem
ao acordarmos. Não há como retornar ao lugar onde a nossa vida dormia antes de
cruzá-las. Da estreiteza à expansão. Da semente à flor. Do casulo às asas, nos
ensinam as borboletas.
Um comentário:
oi minha amiga,
depois que usamos a linha,realmente ela não pode voltar ao novelo...
essa Ana escreve lindamente...
beijinhos
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