Entre dias e
noites nos equilibramos. Um breve passeio, uma fugaz peregrinação, por este
mundo tão belo.
Feito a
leve brisa, tantas e tantas gerações vieram e se foram antes de nós.
Outras
tantas gerações haverão de nos suceder, e igualmente passar, tal qual a leve
brisa.
Todos os
que vieram antes de nós, o que foi que daqui levaram, o que foi que deixaram?
E quando
chegar a nossa hora de partir, o que conosco levaremos, o que para o mundo
deixaremos?
As nuvens
que passam, a montanha que está, o céu que continua...
A cada nova
manhã, renovar o compromisso de acolher, abrigar, e proteger a centelha, a
fagulha, o lampejo que faz arder o dia em nós.
Procurar
ser um elo entre a imanência e a transcendência, entre o efêmero e o eterno.
Buscar a
cada novo dia uma outra versão, a melhor versão de nós mesmos.
As mãos mais
limpas, o olhar mais atento, o coração mais puro.
Procurar
acercar da fonte pura que repousa no íntimo do coração.
A água
limpa capaz de renovar uma vida, de transformar o mundo.
Cuidar do
corpo e acolher o Sopro.
Procurar
ser, tal qual Santo Agostino, um eterno peregrino do Absoluto e do Infinito.
“O ser
humano é capaz do infinito (capax infiniti)...”
“Se
mergulhar no Ser infinito, gozará de uma plenitude inimaginável que o faz
cantar e dançar.” “Fará uma experiência de não-dualidade e de fusão com o Ser.”
(Leonardo Boff)
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