Uma das etapas mais marcantes do desenvolvimento
infantil é a fase da percepção da autoconsciência corporal.
A auto-referência consciente, a consciência dos
movimentos do corpo, – a criança se percebe como sujeito, e não mais como uma
extensão da mãe que a gerou.
A percepção do Eu corporal, o reconhecimento de si
e dos movimentos e sensações do seu corpo, movido por quereres e vontades.
Para a criança pequenina a percepção e o domínio dos
movimentos corporais são motivo de comemoração e alegria.
Ela ainda terá um longo caminho pela frente até que
consiga se equilibrar e andar, mas cada conquista é motivo de alegria e
encantamento.
São apenas os primeiros movimentos de uma longa
caminhada que, assim como todas as demais crianças, haverá de empreender. Os
primeiros movimentos, mas nem por isso menos importantes.
Quantas vezes haverá de cair e se levantar até
adquirir o equilíbrio necessário para empreender sua jornada, sua caminhada, pelo
mundo?
Se refrescará em rios de água cristalina? Passeará
por praias, deleitando-se com a vista do mar infinito?
Estes pés pequeninos, que por ora esboçam os
primeiros movimentos, haverão de embelezar a vida com passos da nobre arte da
dança? Um livro aberto, um mar de possibilidades é a vida terrena. O rio da
existência corre fluente, enquanto passeamos por este mundo tão belo.
Quantas gerações vieram e se foram antes da nossa? Se
banharam no mar do tempo por um breve intervalo, e partiram, tal qual nós
partiremos.
As nuvens e as pessoas passam; o céu e o mar continuam.
Da mesma forma como a autoconsciência corporal possibilita à criança pequenina
trilhar sua jornada pelos caminhos do mundo,.é preciso cultivar a
autoconsciência espiritual, de modo que a nossa jornada existencial seja
banhada de sabor e sentido, e venha a nos conduzir à plenitude da experiência
terrena.
“O verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que
lançamos pela primeira vez um olhar inteligente sobre nós mesmos”, diziam os
povos antigos.
O verdadeiro dia de nascimento talvez seja aquele
em que manifestamos pela primeira vez a autoconsciência espiritual.
Como usar o tempo a nosso favor? Como fortalecer as
nossas asas espirituais?
Cuidar dos olhos e do olhar, cuidar do coração, do
sentir e do pensar. “Bem-aventurados os que buscam com mãos puras”, “Bem-aventurados
os que buscam a Luz”, “Bem-aventurados os puros de coração”, ensinou-nos o
amado Mestre.
“Tua vista te é por Mim confiada; não permitas que o
pó dos desejos vãos lhe anuvie o brilho.” “Teu coração é Meu tesouro; não
permitas que a mão traiçoeira do ego te roube as pérolas que nele entesourei”, nos
aconselham as Escrituras.
“Ó Amigo! No jardim de teu coração, nada plantes
salvo a rosa do amor...” Bahá’u’lláh
Fonte: um_peregrino@hotmail.com
3 comentários:
Olá, querida Maria José
O equilíbrio nos é concedido pelos sucessivos tombos e levantes...
Bjm festivo de paz e bem
Tudo de bom passar por aqui....e ainda finalizar um texto lindo, tudo de bom! beijos e boa noite!
oi minha amiga,
como é bom passar por aqui,
sempre aprendo muito nessa arca amorosa...
beijinhos
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