Se tivesse que abrir meu coração,
eu contaria todos os segredos nele contidos, os que me confesso e os que até a
mim mesma tento negar...
Eu falaria da minha esperança, das
lutas, da briga por uma felicidade que eu nem sei se existe, mas que insisto em
querer buscar, da minha recusa em aceitar estar presa a não ser que essa prisão
seja minha própria escolha...
Eu diria, provavelmente, que essa
fragilidade é apenas aparente ou que até nas horas mais fortes meu coração pede
abrigo e compreensão...
Eu contaria, talvez, do orgulho
que me impediu de viver horas bonitas, mas que quando olhei para trás já era
tarde demais, dos meus arrependimentos, dos perdões que tive que conceder a mim
mesma para continuar a levar uma vida tão normal quanto possível.
E também do meu desejo de ter
filhos, criar e procurar neles meus próprios traços e da minha alegria em
encontrá-los.
Eu mencionaria minha mãe, que
entendi depois, quando me tornei mãe também e confessaria com orgulho o quanto
a admiro e o quanto a amo.
Eu até lembraria minha infância,
minhas dúvidas da adolescência, meu desejo de crescer e de continuar menina,
das vezes que me senti tola e briguei comigo mesma, me fiz inúmeras promessas e
que esqueci quando o coração bateu forte novamente.
Eu não conteria minhas lágrimas se
tivesse que abrir meu coração, eu assumiria, beberia todas elas como bebi na
taça das dores que sofri, dos amores que vi partir e dos que eu mesma abri mão.
Eu sei que há coisas que nunca
aprendi e que provavelmente nunca aprenderei, sei que da vida bebi e ainda
beberei, mas que sairei um dia inteira, cheia de marcas e cicatrizes, mas mais
que nunca me sentirei mais mulher.
Uma mulher nunca diz tudo, há
segredos que ela guarda só pra ela, que não confessa nem para a melhor amiga e
é isso que a torna um ser assim tão cheio de mistérios, tão precioso, tão
humano e tão excepcional.
4 comentários:
E como mulher, como mãe, com filha, como pessoa diria tudo isso também. Olho para trás e me arrependo do que não vivi, do que não soube fazer, do que errei; mas também recordo com orgulho e muita saudade da menina que fui, dos miminhos que tive, das brincadeiras de criança, dos sonhos de adolescente. Hoje tnho que viver o aqui e o agora da melhor maneira que consigo e sei. Continuo a errar, continuo a chorar, a rir, a lamentar e a orgulhar-me. Foi assim...é assim e assim será até ao fim da caminhada. Faz parte da vida esta complexidade de emoções, esta alma umas vezes quieta outras cheia de inquietudes. Adorei! Muito obrigada por este belo momento, Maria José. Um beijinho carinhoso
Emíli
oi minha amiga,
é esse mistério que encanta,
que torna a mulher diferente,especial
e sensível...
esse mar de emoções,
por vezes uma tranquila marola,
e em outras ondas enormes e arrasadoras...
beijinhos
MARIA JOSÈ,
"Uma mulher nunca diz tudo, há segredos que ela guarda só pra ela, que não confessa nem para a melhor sistema de atendimento online amiga e é isso que a torna um ser assim tão cheio de mistérios, tão precioso, tão humano e tão excepcional."
O texto acima, faltou a autora dizer que a mulher não confessa tudo por ter muitas vezes a consciencia PESADA. Bjs. Roy Lacerda.
MARIA JOSÈ,
"Uma mulher nunca diz tudo, há segredos que ela guarda só pra ela, que não confessa nem para a melhor sistema de atendimento online amiga e é isso que a torna um ser assim tão cheio de mistérios, tão precioso, tão humano e tão excepcional."
O texto acima, faltou a autora dizer que a mulher não confessa tudo por ter muitas vezes a consciencia PESADA. Bjs. Roy Lacerda.
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