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terça-feira, 28 de junho de 2016

FORJANDO A ARMADURA





Nego-me a me submeter ao medo
que me tira a alegria de minha liberdade,
que não me deixa arriscar nada,
que me toma pequeno e mesquinho,
que me amarra,
que não me deixa ser direto e franco,
que me persegue,que ocupa negativamente minha imaginação,
que sempre pinta visões sombrias.
No entanto não quero levantar barricadas por medo
do medo. Eu quero viver, e não quero encerrar-me.
Não quero ser amigável por ter medo de ser sincero.
Quero pisar firme porque estou seguro e não
para encobrir meu medo.
 
E, quando me calo, quero
fazê-lo por amor
e não por temer as
consequências de minhas
palavras.
 
Não quero acreditar em algo
só pelo medo de
não acreditar. 
Não quero filosofar por medo
que algo possa
atingir-me de perto. 
Não quero dobrar-me só
porque tenho medo
de não ser amável.
Não quero impor algo aos
outros pelo medo
de que possam impor algo a mim;
por medo de errar, não quero
tomar-me inativo.
Não quero fugir de volta para
o velho, o inaceitável,
por medo de não me sentir
seguro no novo.
Não quero fazer-me de
importante porque tenho medo
de que senão poderia ser ignorado.
Por convicção e amor, quero
fazer o que faço e
deixar de fazer o que deixo de fazer.
 
Do medo quero arrancar o
domínio e dá-lo ao amor.
E quero crer no reino que
existe em mim.

2 comentários:

  1. Oi, Maria José, um texto contundente e assertivo...acho difícil de distinguir as limitações causadas pelo medo.Penso que quando muito grande o medo paralisa ou arremete para atos de agressão. Acho que a causa deve ser observada porque às vezes a passividade é apenas aparente, longe de ser medo é apenas covardia.
    Um abraço

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  2. Nego-me a me submeter ao medo,que já tirou muitos anos de minha vida.
    Por convicção e amor quero fazer o que faço e deixar de fazer o que deixo de fazer!
    Lindo texto, Maria José, amei...
    Obrigada, abraços carinhosos
    Maria Teresa

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