Sempre que os tropeços do coração te levarem
ao chão, não contenha as lágrimas, elas lavam a alma e arejam a mente; pois
apesar do peso no peito, aos poucos, elas vão refazendo o ânimo, e entre
suspiros cortados, o coração e a razão conversam a dois, e juntos, vão te
mostrando como fazer a junção dos cacos. E talvez até te façam descobrir que, o
que achavas ser a parte que te fazia inteiro, faltava nele a pureza no que
dizia. Por isso, não se veja vencido; recolha-se, e ouça este coração fendido,
ele necessita segredar sussurros que escapam com seu lagrimar. Não lhe permita
que se esvazie destes sentimentos, pois sem eles o peito seca, e seco, não pode
germinar novos desejos. Tente convencê-lo de que as quedas de um aprendiz
machucam, mas cicatrizam, e servem para amadurecer o equilíbrio no desviar dos
espinhos. Diga-lhe que nos entremeios dos momentos insípidos, surgem essências
capazes de regenerar e reerguer o que se esfacelou. Diga-lhe que, aquele que
sofre por um desejar quebrado, também é capaz de remontar os pedaços e se
irrigar para um novo desabrochar. Não deixe o seu mundo desabar por quem, a
quem o teu olhar tanto falou com a linguagem do coração, e ele não sentiu,
apenas ouviu... se ouviu.
As lágrimas lavam e nos deixam leves, são gotinhas preciosas, parecem cristais.
ResponderExcluirAbraço Maria José.
Lindo texto!
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