Há pessoas que desistem
da felicidade. Renunciam, como quem renuncia a um prêmio não merecido.
Mas essa renúncia não se
faz de forma consciente e clara. Ninguém diz: a partir de agora não quero mais
ser feliz. Não. O que acontece é bem pior, pois a pessoa não se dá conta do
perigo que se instalou dentro dela. Abandonar-se é afastar de si as
probabilidades de momentos que poderiam ser eternos e inesquecíveis.
São tantas as marcas
deixadas pelas decepções, tantas feridas que nunca chegam a cicatrizar, tanta
dor latente, que o que acontece é que perdemos a capacidade de acreditar nas
coisas boas.
Dizemos que amor
verdadeiro não existe, que pessoas com as quais sonhamos não existem, que da vida
não esperamos mais nada. Nos resignamos a viver o dia-a-dia como se não
tivéssemos outra opção.
Não vemos mais a
felicidade como objetivo, mas como oportunidade perdida de maneira
irremediável. Morremos de inveja quando vemos alguém feliz, mas não tomamos a
decisão de na manhã seguinte partirmos para a luta por uma conquista cara ao
coração. Deixamos de dar valor mesmo ao que já faz parte da vida e que
contribui, de maneira ou de outra, a manter a razão da existência.
Mas felicidade não é um
todo e nem tampouco algo de uma vez por todas. Felicidade são gotas de bons
momentos que passamos aqui e ali, são horas agradáveis que desfrutamos com as
pessoas que são importantes pra nós, são coisas que ficam gravadas no nosso
coração pra sempre para manter-nos de pé quando a maré estiver baixa.
Raras são as pessoas que
podem afirmar que nunca tiveram um momento de verdadeira felicidade.
Ricos são os que guardam
esses momentos e os reavivam na hora certa. Tristes são as pessoas que os jogam
fora e deixam que percam de valor empoeirados em um recanto qualquer da vida.
Felicidade não é nenhuma
recompensa, é um direito natural de todo ser humano. Se você já foi feliz um
dia, mesmo que por um momento, isso pode encher seu coração de esperança.
Porque o sol volta, a chuva volta, mesmo as tempestades voltam, mas os bons
momentos voltam também.
2 comentários:
Só pelo fato de estar livre, poder
fazer e falar o que eu quero, já é
uma grande felicidade.
Hoje posso planejar e me programar,
com a certeza que, se não morrer,
poderei executar.
Não espero por ninguém, sou eu quem
faço. Isso me deixa muito feliz.
Amei o texto, abraços carinhosos
Maria Teresa
oi minha amiga,
por mais difícil que pareça,
não desisto jamais da felicidade,
a encontro geralmente em coisas bem simples e que estão bem próximas,de mim...
beijinhos
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