A mente do ser humano está em constante movimento e oscila como quando
jogamos pedregulhos num lago de águas calmas e tranquilas. Se olharmos o lago
conturbado, não conseguiremos ver com nitidez nossa própria imagem. Mas, se olharmos
nosso rosto refletido nas águas calmas e tranquilas, aí, sim, veremos a
realidade do nosso ser. Na verdade, nossa mente parece um macaquinho
ensandecido pulando de galho em galho. Milhões de pensamentos se acavalam
incessantemente, acionados pelas memórias de ações e vivências passadas
armazenadas dentro de nós. São esses turbilhões de pensamentos que muitas vezes
nos fazem sofrer à toa, como pressupor o que as outras pessoas pensam sobre
nós.
Achamos que os outros fizeram ou deixaram de fazer algo por ene motivos,
sem termos a certeza do que estamos achando. Assumimos por inteiro que nossa
opinião está correta, sem ao menos questionar ou analisar. Quantos
mal-entendidos e desentendimentos são gerados com base nessa atitude! Sofremos
por antecedência e sem necessidade, simplesmente porque mergulhamos em
suposições. Ficamos à mercê dos pressupostos.
Recentemente, uma de minhas alunas deu um depoimento pertinente a este
assunto. Segundo ela, assim que chegou ao trabalho certa vez, o chefe a chamou
para uma conversa no final do dia. Ela automaticamente entrou em pânico, com
medo de ser despedida, tendo em vista a crise de demissões que assola nosso
país. O coração disparou, e os batimentos cardíacos soaram como trovões. Numa
situação assim, o corpo costuma responder com uma inevitável cascata de enzimas
e peptídios “do mal”, que envelhecem e enfraquecem o sistema imunológico ao
invadir nossa corrente sanguínea. Ela passou o dia inteiro com uma sensação de
abandono, de insegurança, tamanha a ansiedade. Finalmente chegou a hora da
conversa com o chefe. Ela foi para a sala de reuniões com o coração apertado e
a respiração ofegante. O chefe entrou com uma expressão leve e tranquila. E
disse que a chamou simplesmente para parabenizá-la pelo excelente trabalho que
ela tinha executado referente a um projeto específico.
Pois é, quanto sofrimento desnecessário, não é mesmo? Quantas centenas de
pensamentos surgiram com esse chamado e sobrecarregaram o sistema nervoso dela.
Por isso digo a você: vamos, a partir de agora, aprender a não pressupor
absolutamente nada. Não temos nenhuma lâmpada mágica de adivinhação a nosso
dispor. Precisamos aprender a manter a calma, a respirar fundo, a confiar em
nossas capacidades, a aceitar cada momento como ele se apresenta e a ter a
certeza de que, quando andamos no caminho da verdade e da integridade, o
universo nos protege e conspira a nosso favor. Lembre-se também do já conhecido
espelho dos relacionamentos. Projetamos no outro aquilo que somos e temos e não
queremos reconhecer, não é mesmo? Antes de pressupor qualquer coisa em relação
aos outros ou a nós mesmos, vamos aprender a usar nosso intelecto para
analisar, para indagar, e assumir o que quer que seja somente após termos a
certeza do que realmente é. Assim, você verá como a vida fica muito mais leve e
fácil.
MARIA JOSÉ,
ResponderExcluirSofrer por antecipação, É MASTURBAÇÃO MENTAL e MASOQUISMO.
PORTANTO...
" Antes de pressupor qualquer coisa em relação aos outros ou a nós mesmos, vamos aprender a usar nosso intelecto para analisar, para indagar, e assumir o que quer que seja somente após termos a certeza do que realmente é. Assim, você verá como a vida fica muito mais leve e fácil". Bjs. Roy Lacerda.
Bom dia Maria! Linda reflexção. O texto nos remete a ver a vida de forma leve e não sofrer por antecipação. A ansiedade e o mêdo pode e leva a tal situação. gostei da expressão do cerèbro como o macaquinho, somos progamados a situações assim. Obrigada por partilhar! bjos e um bom domingo.
ResponderExcluirConcordo com o Roy Lacerda!A vida fica bem mais leve, quando olhamos com mais clareza os fatos.Bjs amiga Maria José!
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