E o lago era de uma beleza sem par. Suas águas aos raios do sol ou ao clarão do luar, brilhavam e, ao toque suave da brisa, se movimentavam com tanta cadência, obrigando aquele que por ali passasse, a parar, extasiado, ante tanta grandiosidade.
Mas a tempestade se avizinha, um tufão assustador remove tudo por onde passa e das montanhas rolam pedras que, num barulho ensurdecedor, caem ao fundo desse lago. Então ficamos decepcionados com a sua transformação. À penetração violenta de corpos estranhos e ao açoite do vento, aquelas águas cristalinas, brilhantes, convidando-nos a que nelas nos refletíssemos, transformaram-se num amontoado de detritos e lama, vindo à tona o que se ocultava no seu fundo. Dormitavam essas águas tão maravilhosas, sobre um leito de imundícies. Mas a sua superfície era tão bela, tão magnífica...
Que desencanto!...
Assim como esse lago são muitas criaturas; de aparência tão cativante, belas, cultas, serenas, enfim, levando consigo todos os dotes capazes de atrair todos que passarem no seu caminho. Sua fineza, seu requinte convidam a que delas nos acerquemos para desfrutar de sua companhia tão agradável...
Mas, algo acontece que as desgostam, uma nuvem mais escura ensombra o seu céu azul. São convidadas pela vida a uma experiência difícil, então aquela mesma desilusão que tivemos com a transformação do lago, teremos diante de sua reação. Aquele verniz de educação, aquela bondade estampada na sua fisionomia, aquela serenidade se diluem e vemos os desmandos dessas almas, ainda tão superficiais.
Mas assim como um lago pode ser dragado e suas águas ficarem limpas e transparentes desde a sua superfície até o seu leito, assim essas almas poderão, se o desejarem, também se deixarem dragar para que sua presença não seja apenas agradável e bela por fora, mas que o seu interior, seja igualmente límpido e capaz de, mesmo atingido pelas tempestades das circunstâncias da vida, permanecerem serenas.
A beleza física, os dotes intelectuais são acessórios agradáveis, mas não indispensáveis. A verdadeira beleza, aquela que não fenece com o tempo e deixa sempre o suave aroma de sua passagem, é a da alma que se libertou das ilusões do mundo, conservando a serenidade das águas tranquilas de um lago, exterior e sobretudo, interiormente.
Enviado por Jorge do blog Nectan Reflexões
MARIA JOSÉ: Traduzindo de forma bem objetiva, amor: "SEPULCOS CAIADOS"; limpos por fora mas, sujos por dentro. Bjs. Roy Lacerda.
ResponderExcluirOi amiga Maria José, que linda mensagem nosso amigo Jorge do Grupo Noel te enviou.
ResponderExcluirTodos nós ainda temos um pouco de "Lodo" no âmago de nossa alma e basta que alguma contrariedade nos afronte, mostramos nosso lado imperfeito.
Benditas sejam as reencarnações, onde podemos nos renovar e crescer conforme nossa vontade e esforço.
Felicidades querida amiga,
Carlos espírita
Maravilhosa mensagem,muito bom passar por aqui e fazer essa ótima leitura!
ResponderExcluirGd beijo
Maria José.. por mais incrivel que pareça, somos almejados por tufões inesperados.. nosso "lodo escondido nas profundezas da nossa alma" vem a tona.. mas a calmaria chega logo depois e vemos o quao somos mais que esse tufão quer deixar aparentar. Um bjooooo
ResponderExcluirPenso que todos devemos ser assim transparentes como a água do lago, e mesmo quando não o somos, a vida, vai nos ensinando e um dia nos tornamos límpidos,
ResponderExcluirbjs netunianos
Sabe minha amiga, a verdade é que as pessoas vão mostrando quem são aos poucos em cada atitude e vamos descobrindo se elas são realmente tudo o que sentimos de primeiro ou vão demolindo a imagem que fizemos dela. Não importa o quão bela uma pessoa se mostra mais cedo ou mais tarde sua verdadeira face aparece!
ResponderExcluirAdorei o texto como sempre!!!!
:)
bjokitas com imenso carinho pra vc!
Maria José, que texto lindo;
ResponderExcluirBeijos
amei a msgm, valeu a pena passar por aki. parabens minha linda bjusss
ResponderExcluirDevemos cuidar do exterior, do intelecto, por mais que nos saibamos passageiros. É um dever. Mas o que está no íntimo vai sobressair, de qualquer maneira, merecendo atenção especial.
ResponderExcluirBjs.
Maria José, é sempre ótimo revê-la isto mesmo, pois é assim que é eu consigo vê-la através do teu blog, porque és transparente e límpida quando escreve em teu blog.
ResponderExcluirTe admiro muito.
Beijos.
Sonia.
Como sempre nos faz refletir, cada um tenta fazer o seu melhor...beijo Lisette.
ResponderExcluirOiee lindona!!
ResponderExcluirA verdadeira beleza vai além da beleza física...com certeza!!
Lindo dia pra ti.
Bjss♥paz!
senhor eu sei k tu me sondas e tb k me conhesses
ResponderExcluireu me vi neste texto,sei k não sabes de nada mais deus sabe do nosso coraçao......
Muita paz querida irmã e amiga Maria José!
ResponderExcluirReforma íntima...
Certa feita um jovem judeu muito rico e cumpridor de suas “obrigações” religiosas perguntou a Jesus “o que deveria fazer para herdar a vida eterna?”. Jesus perguntou se ele cumpria alguns mandamentos estabelecidos pela Torá (Pentateuco Mosaico) – não perguntou se cumpria os 10 mandamentos, apenas se cumpria alguns, a que o jovem respondeu afirmativamente, acreditando que isso bastaria para que conquistasse o direito à vida eterna e à felicidade no mundo vindouro, mas Jesus instruiu-o de que restava ainda uma coisa e talvez a mais importante no caso dele: desapegar-se à sua riqueza material. Quando ouviu que deveria se desfazer de tudo, dar aos pobres e depois seguir o Mestre o jovem entristeceu-se e foi embora.
Limpar o nosso interior dos detritos que acumulamos ao longo da vida é muito mais difícil do que muitos imaginam, porque depende apenas de nós mesmos. Mesmo que queiramos, não conseguimos nos enganar, nem mascarar o que realmente somos. Nós sabemos quem somos... A reforma íntima muitas vezes são os nossos “tesouros materiais escondidos” que precisam ser lançados fora para que “tesouros espirituais” possam tomar o seu lugar. Com um coração sincero e o firme desejo de mudar, o imenso lago da vida, onde repousam as águas tranquilas do amado Mestre Jesus, podemos encontrar a solução para fazer com que nosso exterior reflita sinceramente o que somos interiormente.
Passamos por momentos muito difíceis nesse primeiro semestre, mas de todos o Senhor nos livrou e agora estamos de volta.
É muito bom ser seu amigo!
Sempre juntos em Jesus.
Ben Baruch