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quinta-feira, 17 de junho de 2010

APRENDIZADO


Pequenos olhos que se abrem para o mundo.
Tanta coisa para ser descoberta.
As sete cores do arco-íris, e as vinte e tantas letras do alfabeto.
A diferença entre o azul, o vermelho e o amarelo.
O salgado, o amargo, o côncavo, o áspero e o liso.
Os rostos, os mapas, os animais e os astros.
O vago perfume de flores de laranjeira.
A vida é um eterno aprendizado.
A vida é um eterno encanto.
“As flores desabrocham para continuar a viver, pois reter é perecer.” (Khalil Gibran)
Vivemos num mundo de aromas, cores e sabores, que alimentam os nossos sentidos.
O crispar do fogo, a manteiga derretida, os vários tons do amarelo...
Chegamos a este mundo físico por uma vontade da Vida e do destino, sem que tenhamos sido consultados.
Passeamos pelos caminhos e alamedas da existência terrena, cercados por mistérios...
Dez dias de vida. O mistério que envolve todo recém-nascido.
Que obras realizarão estas pequeninas mãos?
Plantarão jardins, comporão canções, escreverão livros?
O milagre da vida, tão envolta em mistérios... A caminhada terrena. Passos deixados nas areias do tempo. O infinito e o amor, a arte e a fé.
A vida é feita de mistérios. Os segredos que envolvem a morte física, o maior dos mistérios.
O suave beijo de um anjo. Como são acolhidos os recém-ingressos nos mundos eternos? A resposta provavelmente dependerá da vida que tiverem levado neste plano físico. A colheita eterna depende da sementeira terrena.
“Um funeral entre os homens talvez seja uma festa entre os anjos.” (Khalil Gibran)
O espírito sempre necessitou mais cuidados que o corpo. Quão frequentemente nos recordamos disso?
“A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver.” (José Saramago)
Procurar entrelaçar o cotidiano com o surpreendente, a beleza da matéria, com a transcendência radiosa do espírito.
Contemplar o sagrado local onde as emanações do Mistério se fazem sentir.
O sagrado espaço na profundidade do nosso coração onde o sutil se materializa, e a matéria se sutiliza.
A fusão do tempo místico com o tempo absoluto.
A supressão de todos os tempos.
Eternidade, eterna idade, onde a vida é terna.
“A alma iluminada não bebe senão o vinho da luz.” (Antigo ditado oriental)


Enviado por Roy Lacerda do blog MomentoBrasil 

11 comentários:

  1. Que maravilhosa,intensa e profunda verdade nessa bela mensagem de vida!Amei te visitar!Bjs,

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  2. Aqui que venho para me fortalecer meu espirito, lindo texto, a emoção me toma nesse momento. Como sempre digo, Deus sempre envia seus anjos disfarçados para nos ensinar a voar novamente quando nossas asas estão machucadas, voce querida é um deles aqui na Terra.

    beijos,

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  3. Adoro passar por aqui...saio com energias renovadas...
    Adoro seus textos!

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  4. Bellisimo. Bellisimo. Voila la vie. Gracias mi amiga. Muchas gracias por estar alli.

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  5. Maria José
    Muita reflexão neste texto.
    Me perdi em alguns pensamentos. Algumas respostas não vieram, mas sei que tenho que viver e passar por todas as experiênicas, para depois entender.
    Paciência - a ciência da Paz.
    Um final de semana de muita luz e paz.
    Beijinhos

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  6. Minha amiga profundo e verdadeiros pensamentos de Khalil Gibran. Grande pensador, analítico de sensibilidade única.
    Esses passageiros viajantes, que chegam abraçados a suas missões. Recompondo-se de viagens d'outras eras, reavendo o que ficou pra trás. Refazendo-se de suas mazelas, reparando erros tais. esse passageiros viajantes almas aparentemente puras que males terão? Anjos e afins, outros com seus entraves mundanos outros mais ainda com seus nobres perfumes a ultrapasar barreiras das loucuras e desenganos. Mas todos com suas essências, algo por ensinar, tanto por aprender. Como nós todos de passagem neste mundo ainda de teperatura oscilante.
    É preciso acreditar, abraçar, deixar que venham ao mundo, sem impedi-los da oportunidade concebida pelo nosso pai maior.

    Maravilhosos texto minha querida amiga.

    Lindo fim de semana pra ti e os teus

    Bjs

    Livinha

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  7. Lindo em busca do conhecer...paz.
    Beijo Lisette

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  8. Que belíssima postagem.
    Mas penso que conseguimos sim, com certo esforço e um olhar diferente, ver mística até na caneca de chá - porque tem sim. A mística dos elementos sobre a erva do chá, a da fervura da água, a de segurar a caneca e perceber o aroma, o gosto.
    Há mística não misteriosa em tudo - sim.
    Obrigada.

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  9. Uma mistura de poesia e reflexão, com uma pitada de nostalgia...
    Muito bom, gostei!
    Beijos pra você amiga!

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  10. Lindo...lindo...lindo...lindíssimo...
    Ainda bem que tenho teu blog...assim me encanto e aprendo e me embalo com tuas belezuras!

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  11. Lindo texto amiga...às vezes fico a pensar, que fomos muito corajosos de aqui nesta vida terrena regressar...começar bebeinho tendo que aprender tanto a trilhar um novo caminho...mas é maravilhosa esta bendita oportunidade de tentarmos fazer melhor desta vez... aproveitemos então!

    Beijo na alma
    Valéria

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