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segunda-feira, 17 de maio de 2010

QUANDO O AMOR ACABA


De repente, o que era luz se faz sombra. A época do namoro, as delicadezas e olhares apaixonados dão lugar à amargura, à aridez dos dias.
E muita gente afirma: O amor acabou!
Uma sentença que cai pesada sobre os ombros de quem ouve. O fim do amor talvez seja a mais triste notícia para um ser humano. Afinal, o amor move o mundo e enche a vida de alegria.
Mas será que o amor acaba? Afinal, é um sentimento tão forte que ultrapassa a barreira dos relacionamentos pessoais e deságua nas relações sociais.
Onde há um grupamento humano há a necessidade de amor.
Amor de pais, de filhos, de amigos. Amor entre um homem e uma mulher. Que importa de que tipo é o amor?
Basta que ele exista para que seu perfume imediatamente transforme os ambientes, ilumine os olhos, torne o ar mais leve.
E se é tão essencial o amor, por que o deixamos acabar? Por que permitimos que ele se amesquinhe e seja sufocado?
É que nem sempre sabemos priorizar o que realmente é importante. Nem sempre sabemos cuidar das pessoas que mais amamos.
Por vezes tratamos mal justamente aqueles a quem mais queremos bem. São nossos pais, irmãos, esposos e filhos...
Eles deveriam ser nossa prioridade, mas parecem estar sempre em último lugar. Para eles deveríamos guardar os gestos de delicadeza, os afagos, as palavras gentis.
Pior ainda é quando permitimos que os abismos e silêncios aconteçam em nossa casa.
É como um câncer, que começa devagarzinho, vai se instalando e se torna incontrolável.
E tudo começa porque deixamos de conversar, de trocar experiências, de compartilhar o espaço que chamamos lar. E assim vamo-nos afastando dos seres amados.
E ainda há a negligência. Deixamos de falar, de sorrir, de dar atenção aos de casa.
Concentrados em pessoas com as quais temos contato meramente social, aos poucos substituímos o grupo familiar pelos amigos, colegas de trabalho e até por gente que acabamos de conhecer.
Assim vamos deixando a vida seguir. De repente, quando percebemos, o tempo passou, os filhos estão adultos, os irmãos casaram, os pais morreram.
Ou estão idosos demais sequer para ter uma conversa divertida num fim de tarde. O trem da vida seguiu e nós nem o vimos passar.
É quando chega o arrependimento, a saudade, a vontade de ficar junto mais um pouco.
Nem sempre é preciso esperar: alguém que morre repentinamente, um acidente, uma doença inesperada.
E percebemos, então, que desperdiçamos o tempo que estivemos ao lado daquela pessoa especial; daquele filho divertido; daquela mãe dedicada; daquele pai amoroso; daquele companheiro que estava bem ao lado, caminhando junto.
Não. O amor não morre. Nós o deixamos murchar, apagar-se. É nosso desleixo, desatenção e preguiça que sufocam o amor.
Mas basta regar com cuidado, sorrisos e carinho, para que ele reviva.
Como planta ressequida, o amor bebe as palavras que lhe dirigimos e se reergue.
O amor não morre nunca. Mesmo que acreditemos que ele está morto e enterrado, que desapareceu, ele apenas aguarda que um gesto de amor o faça reviver.
Experimente! Olhe para as pessoas de sua família, para o seu amor, e lembre-se das belas coisas que viveram.
Não deixe que as más lembranças o contaminem. Focalize toda a sua atenção nos momentos mais felizes.
Abrace, afague, sorria junto, diga o quanto os ama.
E se, de repente, seu coração acelerar, seus olhos ficarem úmidos e uma indescritível sensação de felicidade tomar conta de você, não tenha dúvida: são os efeitos contagiantes e deliciosos do amor.

11 comentários:

  1. Tem razão. É preciso se entregar e se doar de verdade nesse comprometimento que é o amor. Precisa de alimento como tudo na vida. Se não o tiver morre de inanição.Viver o hoje como se fosse o último faria de nós pessoas mais amorosas sem dúvida. Montão de bjs e abraços

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  2. MARIA JOSÉ: È necessario personalidade forte e mt coragem para tomar tds estas atitudes. E para tal uma tranformação intima integral. E somente espíritos em verdadeira evolução o conseguem. Abrçs.Roy Lacerda.

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  3. Maria José, querida amiga!
    Este texto é lindo e cheio de razão.
    Eu acredito que o amor não acaba. Acredito, antes, que o amor muda... de tom, de forma, de intensidade, mas não morre, jamais!
    Beijos, flores e muitos sorrisos, minha querida!

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  4. Lindo texto...e muito verdadeiro.Tambem acredito que o amor não acaba, que ele apenas muda...e que as vezes essa mudança assusta e ate mesmo incomoda, mas que tambem é uma mudança nescessaria as vezes...porque assim como mudamos todos os dias um pouquinho, nossos sentimentos e pensamentos tambem mudam, e a ordem natural das coisas...

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  5. Certamente ,que o amor nunca termina e muito menos venha diminuir.
    Muito pelo contrário ele tende sempre a aumentar e quando parece que adormeceu ,está na hora de rever se o remédio do descaso ao outro ,não foi dado em dose muito elevada.
    Daí só nos resta hidratar mais o companheiro com as lagrimas de nossa emoção ,revendo os bons momentos que nos aproximaram e logo ele desperta com mais força.
    Parece complicado ,mas vamos tentar ,quem sabe ainda podemos acordar e continuar do lado deste amor a caminhar.
    abraços carinhosos

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  6. oi é uma grande lição para minha vida

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  7. Maria José minha flor amiga...que texto encantador... realmente o Amor é infinito, nos é quem descuidamos dele... belo alerta, para lembrarmos de cultivá-lo mais e mais em nossas vidas.
    Beijos

    Valéria

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  8. E viva o amor! Tambem acredito que ele exista em abundancia em cada um de nós, precisamos reconhecer ele e compartihar aos demais.

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  9. Muito aconchegante seu blog adorei tudo!
    O post do amor é bem realista, muita vezes esquemeos quem está mais perto de nós...
    Obrigada pela visita e volte sempre!
    Bjs

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  10. Amor que acabou não é amor....amo os textos de Augusto Cury!!
    Não precisa se desculpar....vc sempre será bem vinda....bjss♥

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  11. o amor nunca morre...apenas adormece nos braços da esperança.

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